Texto Chines de Amor

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⁠SETEMBRO

Do pôr do sol neste horizonte rubente
Eu perco-me, é tarde cálida no cerrado
O pensamento ao vento e tão passado
Numa contemplação remota e ausente

A sensação se encole, e o vazio espora
Ergue ao longe uma solidão perturbada
E da saudade se ouve uma voz chorada
Sussurrando ao ouvido agrura que cora

Num segundo o céu tornou-se agreste
E as minhas sofreguidões tão sozinhas
Se espalhando por todo canto celeste

Setembro. Sua rima nas prosas minhas
É! ... falam de amor, como se me deste
De novo a flor, que pro amor avinhas...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
2021, setembro, 11, 18’27” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠UM POEMA

Tu, que este versejar, o teu nome chama
Que deixa a saudade suspirar pelos versos
Arqueja na alma em sentimentos diversos
Sussurrando nostálgica rima, denso drama

Nesta prosa poética onde o amor derrama
Diante da inspiração os sonhos submersos
O olhar, de olha-los, são desejos imersos
Em cada trova, sensação daquele que ama

Todo o amor qual andei sempre embebido
Pulsa no peito ao dizer-te em verso terno
O que sempre no meu amar teve contido

É a sedutora teimosia do encanto interno
Dum coração repleto, e pleno de sentido
Esperança, à espera do encontro eterno...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
13 setembro, 2021, 21’12” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠POESIA ETERNA

Poesia és dona de mim, prosa me pertence
E, nesse poético cativeiro, deliro por inteiro
Cá nos versos sinto sussurrar tão verdadeiro
Que nada me cabe no pensar, ou algo pense

Cada trovar meu, o versejar me convence
Que cada canto no seu canto é passageiro
E que num piscar o devaneio é tão ligeiro
E o destino, uma ilusão na arena circense

Mas, então, se tem sensação, então tem aba
Do desejo, a velha afeição, emoção sentida
Que em uma poesia, o poeta, então se gaba

Sonhos, as lágrimas, a chegada e a partida
Ah! se existe no coração fusão, nada acaba!
Pois, o amor que eterniza a poesia da vida...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
17 setembro, 2021, 15’18” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠DISTANTE

Tu, que estás remoto, ó tu, que estás distante
Pera, e, num gesto pouco, muito é o carinho
Não fui amado, e como amador, sou sozinho
E na condição sozinho, vagueio pelo instante

Meu coração, desocupado, do amor perante
Tem na poética o seu refúgio, doce caminho
Então, diga nada, e cá te digo bem baixinho
O que a exigência quer: uma história dante!

E, no alvorecer, quando a luz doirar radiosa
Uma sensação outra, se com emoção possa
Intuirás o quão fundamental foi aquela rosa

Ah! o sentimento não mais tão só, tão asinha
O tenho numa saudade, numa saudade nossa
E terás contigo uma qualquer saudade minha

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
18 setembro, 2021, 06’18” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SONETO DO SILÊNCIO

Ah soneto! Porque do silêncio és um desvario
distendendo as noites cá pros lados do cerrado
dando ao poema o poder dum suspiro sombrio
quieto, maniatado, num ostracismo perturbado

Se a ausência e inação me provocam arrepio
o vento um chiado frio, impassível e agitado
se nada do que inspiro a efeito vale, é vazio
então, que eu não fale, sinta, e fique calado!

E, assim, nestes meus sentimentos impuros
sem perfeição, e no coração tão inseguros
tal uma prece, que oferece, pra atingir-te-á

Faço súplica, compadecido de fé e de fervor
ó solidão, vai-te, assim, de partida com a dor
e a paz voltará e sobre mim de novo descerá... (o amor!)

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
19 de setembro, 2021 – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠A ESTE POEMA

A este poema padece a ternura
A este poema ranzinza a chorar
Tão triste, e aflitiva desventura
Suspira na prosa infeliz a poetar

Rima árdua, fria e a murmurar
Olhar em vão, amarga doçura
Que arde n’alma a despedaçar
Numa trova lastimosa e escura

Diz-me a onde estará este amor
Que tenho saudade e faz sofrer
Distante dos beijos, e teu fulgor

Esse vazio me faz solidão sentir
Diz-me onde está! Pra lhe falar
Do meu amor pro seu amor vir!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
20/09/2021, 16’58” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Dizer Adeus

Existem momentos em que sabemos
Que não temos palavras para dizer
Tudo cala, emudece o que tivemos
Silencia o olhar e nos faz sofrer
Buscamos em reduzir no até breve
Nas justificativas de sobreviver
Onde o espírito só queria estar leve
Mas o peso das lembranças faz doer
Uma música, palavras soltas no papel
Tudo motiva lágrimas n’alma a verter
É a sombra da vida no seu carrossel
Nos enigmas que tentamos esquecer
Nestes retalhos nada é definitivo
Questão de tempo, vontade de Deus
Nosso alento, razão, nosso lenitivo
Quando a emoção tem que dizer adeus...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
14 de mai. de 2015 – Cerrado Goiano

Inserida por LucianoSpagnol

MELANCOLIA

E passa o tempo, cabelos embranquecidos
Diversas outras, e mais diversa sensação
São como desejos sem vida e carcomidos
Nuns suspiros do destino soltos pelo chão

O dia se faz segundo, e a rapidez pousada
Enrijando as quimeras dos pobres mortais
Nem mesmo a tal imaginação é iluminada
E capaz de parar as frustrações enfermais

E o tempo implacável baila sem paragens
Enquanto o caimento avança impiedoso
E a ilusão, então, deita sobre as miragens

Passou, vai passando: do amor a poesia
Triste amador que não foi ser amoroso
Pois, lhe restará devaneios e melancolia...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
23 setembro, 2021 – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠GUARDADO

Há um agrado contido e que me encanta
Um sentimento profundo tão apaixonado
Onde mora uma sensação tão boa e tanta
Da poética de um amor singular e amado

Por tua causa senti o sabor de ter prazer
Entreguei-me a teus beijos tão amorosos
A ternura de um abraço, dum doce viver
Me perdi na sedução de olhares zelosos

Diga-me quão mais devo haver na poesia
Do que ser um amador pleno no coração
Guardado na satisfação, com tanta valia

Pois, tenho reservado o cuidado todo seu
Dum toque suave, suplicante de tua mão
Na divisão da recordação do amor meu...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
25 setembro, 2021, 16’09” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠TALVEZ

Se no agrado do fado não puder te sentir
E se na prosa não acontecer aquele laço
Aquela emoção afável não mais existir
No amor, no afeto, no calor do abraço

E se não estiver junto aquele doce olhar
Sentir o desejo das magias enamoradas
E dos tão ardentes beijos a nos acalorar
Então, seremos recordações imaculadas

E, que seja breve se não puder me levar
Que leve minha poética na tua sensação
Suspirada da minha emoção, pra lhe dar...

E, se assim não puder, que seja singular
E me leve na nostalgia de o teu coração
Cá te terei na saudade, que quis te amar!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
26 setembro, 2021, 12’47” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠A MINHA SAUDADE

A minha saudade tem lembrança tua
Que já não tem a poética como antes
Tem a tristura no peito que não recua
E silêncios tão ruidosos e constantes

Não sei pra onde ir, nem aonde vou
Só sei que dói, corrói o meu coração
Minha emoção, tua sedução roubou
Carregou e me deixou na vã solidão

A minha saudade tem muita saudade
Tem insônia, loucura, é sentimental
A minha saudade ao sossego invade

Saudade, meu aperto, por ser amador
Em um tempo muito, duro e integral
É saudade minha, por ti, ó meu amor!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
27/09/2021, 04’55’ – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠ROTA

Há tanto desejo, há tanta poesia lá fora
E de que serve, ah paixão, tanta riqueza
Se aqui ao meu lado não te possuo agora
E na solidão: distância, aflição e rudeza

Na lembrança a dura saudade do carinho
De grudar-me nos teus beijos molhados
Atar-me ao teu cheiro suave e mansinho
E juntos, em um só suspiro, enamorados

Os dias vão, e vai cada segundo embora
No alvoroço palpitam as emoções vazias
Tudo se arrasta, e a aurora tanto demora

Mas, de que presta essa sensação remota
A incitar o doce afeto com cruéis utopias
Quando o nosso amor está em outra rota

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
27/09/2021, 19’27’ – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠A MINHA DOR

O que é isto que rasga meu soneto em sofrência
E de onde está poética que sussurra em alta voz
Versos frios, que tortura, dum amor na ausência
Que me devora por inteiro, num sentimento atroz

Triste sensação, desilusão em riste, rima triste
Há um tormento no peito que sufoca e agiganta
Tudo tão cinza, e uma prosa penosa que insiste
Numa dolorosa poesia que resiste e desencanta

Aonde estão as trovas tão cantadas com alegria
Aquela doce poesia, não o silêncio que me resta
A solidão, pensamento amargo e a paixão vazia

Cadê os versos, aqueles com ventura ao dispor
Com estória e histórias não essas que molesta
Pois cá neste versar penalizado só a minha dor...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
29 setembro, 2021, 14’25” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠MINHA POESIA

A minha poesia já não é mais triste
Que chorava as agruras de outrora
Pois no meu verso a ventura existe
E o agrado, mora na estrofe, agora

Cada versar de dor, outro arrojado
Apagando as sensações sangradas
Não mais quero verso abandonado
Que sejam as emoções iluminadas

Em muitas prosas sozinho versei
Numa cena em vão, triste cenário
Porém, outra poética ao verso dei

E deste modo rompe nova fantasia
E todo o amor de antes, necessário
Aqui se encontra na minha poesia...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
Setembro 30/2021, 13’50” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠RECOMEÇO

Pensava eu, não mais versejar o amar
E a poesia vazia de tão doce melodia
Pensava eu, a viver com a poética fria
Mas a prosa, ousou novo prazer brotar

Cada verso, agora, o afeto é impresso
Após tantas as sensações fracassadas
Vejo o versar em prosas apaixonadas
É poética de uma paixão eu confesso

Ó poema tão repleto de tanta ternura
Trazendo agrado a quem já foi sofrido
Dum remoto tempo de ilusão e agrura

Que dizer eu, deste canto de sensatez
Que na inspiração adiante tem sentido
Ao enrabichado que ama mais uma vez...

© Luciano Spagnol poeta do cerrado
01, outubro, 2021, 18’00” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠DESPEDAÇADO

Vejo os cacos de mim, cá derramado no cerrado
Enrabichado, me perdi, nem mais sei quem sou
Na poesia, o pesar é vivo, e se vivo ainda estou
Me restou o sentimento no pedaço despedaçado

É o desejo quebrado, e uma solidão tão gigante
O meu sussurrar de paixão não pode ser ouvido
São tantos suspiros que no coração foi perdido
Que a inspiração emudece numa aflição falante

Oh, sedutor amor, custoso, se acaso você existe
Dá-me a paciência e a tranquilidade dum aporte
Pois, cá na emoção me esgotei de estar tão triste

E do viver, a melancolia é o meu pesado motivo
Frágil, manso, suxo e duma ilusão não tão forte
Sou só um poeta sonhador que do amor é cativo

© Luciano Spagnol poeta do cerrado
02 outubro, 2021, 05’27” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠DEVOLVA-ME

Devolva-me a direção, por favor
Que tu roubaste do meu coração
Preciso me ter, ter o meu dispor
Pois tu deixaste no peito um vão

Devolva-me o que levou do olhar
Arrancando o sentido do encanto
Restando a desilusão a questionar
A sangrar, e a sofrer, tanto, tanto

Dói, pois a quietude foi-se embora
Tudo é ser apenas, por apenas ser
Só há o meu desprazer aqui agora

Devolva-me a meu ardor, faz favor
Já não aquento mais, assim, sofrer
Afligi saber que ainda és um amor...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
02 outubro, 2021, 14’30” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠TOMO

Tão longe me leva a poesia
Alevanta a alma e o desejo
Só emoção, donde me vejo
Inspirando agrado e alegria

Vezes me perco na porfia
Da ilusão, outras me rejo
E sempre afeto eu almejo
Criando na prosa fantasia

Vós, poesia, cá no cerrado
Meu alento, minha fiança
Do coração o meu assento

Se haveis, amor postulado
Dar-lhe-á para a confiança
Pra assim, eu ser sentimento...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
03 outubro, 2021, 17’17” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠"Valse Oubliee"

Certa saudade perdida
Nas estrofes tão vivas
Pulsa e dói ao ser lida
E vivas quanto cativas

Tal exato, exato fato
Chora duma dolência
Pleno de existência
E tão cheio de olfato

Certas cenas, acena
E sussurra baixinho
Nos ataca sem pena
Ao coração sozinho

Nessa “valse oubliee”
Ferido por um punhal
A sofrência à mercê
O amor, sentimental...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
08, outubro, 2021, 13’09” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠FIM DA PRIMAVERA

Foi num alvor assim. Sussurrava o vento
E o meu coração apático sentia a aragem
No céu carmesim, do raiar em nascimento
O sol lumiava a manhã, tão bela imagem

Desfolhava o odor do jardim, doce alento
A derradeira rosa, aparatava a paisagem
Na aurora do cerrado, lustroso momento
E o meu pensamento em ilusória tiragem

E eu, sonhando, ali sonhava pela metade
Duma saudade sentida, o sentir saudade
E tendo junto de mim o amor em espera

E as flores derradeiras, no espaço solto
Num murmurar, tu disseste: vou e volto
E não voltaste! Foste com a primavera!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
09/10/2021, 06’01” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

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