Coleção pessoal de isabella_bergamin

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⁠Explosão Estelar.

Que os átomos não existam
Para impossibilitar o meu toque
Na tua pele
E quando tocar, virá o choque
Para depois vir a explosão
De duas estrelas enfoque
Que nos deixarão
Atrelados
Ao redor de galáxias
E de vácuos

Perder para ganhar.



⁠Sorria
Que as vitrines estejam a vista
Pois nunca será que nem a pessoa
Que anda saltitante e toda boba
Sem saber quando virá o triste dia
Do seu jardim
Que estará com poça de lama
E talvez não haja mais vitrines que a deixe fama

Sem saber
A pessoa voa
Não contando com os outros pássaros
Com asas quebradas
Que a olham, ofensivos
Com almas encarceradas

Se alguém pisar na asa dela
Não fará mal
Pois mesmo com a dor
Ela não deixará tal
Olhares tiranos
Decidir o seu futuro
Que beira o instante
De acender a vela

Por isso
Ela voa, voa tão bela
Mas virá o dia da poça
Sábia uma vez ficará
E nunca esquecerá
Dos estragos que fizeram no seu jardim
De flores de laranjeira

Órbita em mim.


Oi, tudo bem?
Espero que não seja só um resquício
Da sua mente espaçosa
Não quero histórias de mil ladrões
Nem crise ansiosa

Quero o seu amor que vale milhões
Da sua risada contagiosa
Que me fez te amar mil bilhões

Odeio essa viciosa
Doença
Fez me cegar
E agora não vejo mais
Te vejo em visões
Mas nunca será reais

Agora o céu está próximo
Desejo te encontrar com o seu ânimo
Para além do espaço
Te encontrar na sua alma
Retalhos da minha

⁠Me dê o mapa
Que encontrarei o tesouro
Mesmo que a terra seja vasta
Eu acharei o ouro

Para: Meu Pai.

⁠Espero que Tu me permita
Me deixar levitar
Com as palavras lidas
Eu te vivo mais que florestas e jardins
Pois Tu salvou vidas
Para que nós construíssemos nosso
Amor e aflições
para que nós tornassemos
Livres e sem privações

O livre arbítrio de amar
Distanciar
Odiar
Desacredtar
Pois eu acreditei, e creio
Tu vencestes o mundo
E eu venci também
Pois Tu estás em mim
Desde da primeira batida
Até o eterno fim

Universal.


⁠Hoje cantei
Uma música para o céu
O céu estava profundo
Um breu
Não dava a vista para as estrelas
Mas eu cantei
Mais forte pulsando as minhas veias
E logo o céu se olhou pra mim
Eu entendi

Eu vi a alma dele, não tinha fim
Pois o céu tinha ficado triste
Com tantas tristezas em nós
Aquilo me feriste
Da ponta do dedo ao cabelo
Percebi que quando tudo se tornava vazio
Coincidentemente as nuvens se enchiam de Rios

Talvez o universo sinta
Ou nós conspiramos para ele sentir
Sinto agora minha empatia
Não só pelo céu, mas por mim

Apenas uma fatia
De várias que viria
Depois de saber
Que o universo sentia
As nossas dores

⁠Puts...

Esse "trem"
Virou coisa
E essa coisa virou nossa
"Capaz" de terminar tristes
Depois de tantas "joças"
Mesmo com muitos "manos"
Ainda falamos "oxi"
Em rolês insanos
"Caô" seria levar em nada
Me deixaria "bolada"
Um "piá" sem o dedo arrancado
Ainda vivemos num mundo
Cheio de cacetinhos e de chimas
E que isso tudo
Dure em idas e vindas

Purgatório.


Garota criança
Você pode tocar o céu
Pode até ter esperança
Mas você esqueceu
De uma coisa
Que não há em livros
Só há na alma que habita em nós
Disso eu falo com direito
Para chegar no céu
Tu precisas chegar no estreito caminho
Para o inferno
Lá não terá amiguinho
Nem alguém fiel por perto
Porém, assim que chegar
Você verá o que é certo
Além de enfrentar o seu ego
Suas raízes ficaram fortes
E você terá chegado
No infinito céu azulado

⁠Dúvidas Eternas.


Por que não consigo respirar?
Essa borboleta em minha barriga
Me faz te desejar
Mais e mais

Tenho uma briga
Entre meu coração e a razão
Que me intriga
Desde do início
Do brilho nos sorrisos teus
Até o apedrejar do seu olhar ao meu

Quero um dia esquecer
Esse sentimento
Que meu coração se fez derrotado
Quando aquela única dúvida ficou
Não queria ter me lembrado
Quando a realidade me atormentou
Mesmo assim, nunca saberei
Do "não" ou do "sim"

Apenas alguém.


⁠Ela é daquele jeito
Desastrosa até embaralhada
Mas ela não tem medo de não ser
Amada

Ela continua sendo ela
Mesmo entre tantos bate e bocas
Tem-se uma grande pessoa
De doidas e loucas
Coragens.

Rosas.

Por que você está aqui?
Vim para ter uma prosa
E que prosa poderíamos ter?
Talvez sobre o que são rosas
Rosas não são para você ver?
Sim, mas rosas são preciosas. Precisamos de um significado
Como nós também precisamos de um?
Não, rosas são lindas, e eu, complicado
Rosas não tem espinhos?
A beleza delas sobrepõem todos os defeitos que nela tenha
E todos os significados precisam ser justos?
Precisam, todos que contenham algum cativo, necessita justificativa

E se eu te disser que por você, eu já me cativei. Você me amaria?
Não sei.
E se eu fosse uma rosa, tu se apaixonaria?
Não sei.
E se eu tivesse a rosa mais bela de todas as rosas, você com ela ficaria?
Há coisas que precisam ficar como estão, pois se essa rosa for retirada, eu me machucaria pelos espinhos, como também ela morreria pela ausência do solo. As rosas só vão ser belas à distância, enquanto elas tem a terra, não terá mudança, não serão mortas por causa de ladrões apaixonados, mas terão a beleza eterna através de olhos fissurados.

⁠Soulmate

Num olhar singelo, eu vi
aquilo que os olhos jamais podem ver.
E nunca mais me esqueci
a forma que meu coração começou a bater.
Meus pulmões respiravam por ti,
o meu corpo queria te ter.
Impressionantemente, a mulher que só uma vez a vi
veio com meu coração mexer.
Talvez um amor à primeira vista,
que na minha vida não estava na lista,
só que hoje você, astuciosamente, veio a me obter;
Tal mulher que eu queria colocar numa revista,
para eu contemplar essa beleza jamais prevista,
essa que seria a mais bela arte: minha amabilíssima soulmate.

Derrota.



Talvez sempre me falta ciscos
Pois tenho medo de correr riscos

Desde o momento de soltar meus sentimentos
Para não me envolver cem por cento
Então nem sou 8 ou 80
Estou na casa dos 40
Acho justo me equilibrar
Mesmo correndo o risco de desaproximar

Me falta tudo
Principalmente ações que fazem de pessoas
Heróicas
Não vilãs
Talvez eu seja uma pessoa que não concorde com tudo
Neste mundo

Sêneca, meu conhecido
Queria correr o risco de amar e não ser correspondida
Correr o risco de defender meus sonhos em meio a multidão
Com minhas mãos vazias
E ainda me arriscar a perder pessoas de vista

Correr o risco de confiar
Sabendo que um dia eu posso ser traída
Correr o risco de tentar mesmo sabendo que eu vou errar

Talvez não seja livre ainda
Pois só quem corre riscos
Tem sua vida liberta
Mas por um triz
Eu não corro o risco
De largar tudo
E viver como você realmente diz


⁠Não escrevo para mim, mas sim para o mundo. Todo mundo um dia irá partir, por isso que temos o dever de imortalizar a nossa existência, "morrer é ser esquecido".

Então, deixe de viver na mediocridade, deixe de ter uma vida banal. "Tudo que eu escrevi: meus pensamentos, minhas reflexões, minhas obras literárias, e minha biografia, a internet e o Google irá imortalizar para sempre, alias, isso não estará defasado".

Mesmo depois da minha partida, as futuras gerações saberam da minha existência, e irão usufruir dos meus pensamentos em quatro cantos do universo.

Elohim
Deus meu
Tu me deste a vida
E eu te honrarei
Além da terra

Pois tu entregaste teu filho
E assim se fez sacrifício
Para que eu, pecadora
Desvencilha-se de mim
E Cristo vivesse
Dentro do meu ser

Se alegra.


Durante tempos intermináveis
Apenas queria ver passar
Tudo que já foi de ruim
E por mim
Jurei certeza

Mas hoje
Só quero escrever no chão de giz
O quanto eu fui feliz
Não só por ter mais felicidades
Do que ruindades

Mas nos dias de interminável caos
Eu vi o sorriso de pessoas cansadas
Vi o sorriso de pessoas agitadas
Observei um senhor dar uma flor
Para o seu amor

Olhei e vi
Uma criança se acabando de rir
Vi dois irmãos se abraçando
Vi dois apaixonados chorando apertados
Um ao outro
...
Todo o caos
Foi embora
E a última coisa foi a que ficou
Para recomeçar de novo
E traçar o meu norte
Realmente
Esperança é a última que morre

⁠Últimas palavras

Eu não podia saber como é duro e cruel
Pronunciar a palavra Adeus;
Hoje no entanto volto como suplicante,
Para juntar às orações do coração a voz dos lábios.

A colina deserta e o inverno matinal,
Bem como a árvore de séculos nodosos,
Podem despertar o desprezo da tua alma:
Acharei para eles um desdém semelhante.

Tenho o direito de esquecer teus olhos negros,
Suas sombras,
E o encanto fascinante de teus lábios pérfidos.
Não renegaste as promessas sagradas
Que outrora formularam os teus lábios sem fé?

Se basta ordenar para forçar o teu amor,
Se ele se deixar deter pela razão das paredes,
Não saberei obrigar uma alma a se afligir
Com semelhantes traições e friezas desta espécie.

Pois sei que existe mais de um coração
Que, ligando-se ao meu,
Por uma longa prova assegurou este laço.
E sei de um olhar cujo brilho passageiro
Durante muito tempo dividiu comigo o seu calor bendito.

Estes olhos serão para mim o Tempo e a Luz.
Minha alma com seu auxílio enfim se evadirá.
Eles expulsarão de mim os sonhos insensatos,
E as sombrias litanias onde a memória se aconchega.

Mudanças.

Hoje você é uma estrela cadente, mas antes era uma estrela que ficou, eu pensei que era para sempre, mas quando fui ver, naturalmente se afastou

Ingênua

⁠Um mundo que não é o meu
Finalmente saí da bolha e descobri coisas que não queria enxergar
Talvez eu só seja ingênua demais para acreditar
Tento me encaixar, mas não pertenço a tudo isso.
Medo
Medo de não conseguir encontrar o que eu procuro.
Triste
Triste em ver tanta coisa fora do lugar.
E agora essa ansiedade que consome
toda a minha mente.
Me deixa aflita.
Então tiro do peito o coração.
Mas ele fica pulsando em minha mão.
Será mesmo que fiz o que é certo?
É normal isso?
Melhor é deixar a razão se sobrepor.

Morro dos Ventos Uivantes


⁠Esse amor
Tanto árduo
Quanto ardor
Nem chega a beirar humano
Apenas monstro
Que se tem em seu ser
Uma terra incultivada
Em meio à arbustos
Achado pelo beco
E que veio sem medo
Ter uma família
Mesmo assim
Fora malcriado
Com seu ego acima
Se desvencilha de todos


Porém uma chave o prende
Que se chama Cathy
Talvez o amor da sua vida
E o fantasma de toda noite
Nem quando teve seu filho
Foi capaz de dissipar
Todo seu Monopólio
Ego e monstruosidade


Foi corajoso o bastante
Para abrir a cova de sua amada
E ali ver sua figura desejada
E ao lado, se abriu um buraco
Para que seu futuro
Já esteja destinado
A ficar ao lado dela
Entre o acender do Sol
E o apagar da vela