Texto Chines de Amor
Sunshine....
Minha alma sente a ausência da tua e chora, te quer... e como ela quer você sempre quis!" ou "a saudade é um paradoxo, é a dor de quem não está perto" e você em minha vida, minha estrelinha, reflete a intensidade desse sentimento, que é o maior, e o melhor que já senti.
Pequena não posso te abraçar, nem posso ver você de perto, e nem posso passar uma tarde perto de ti, mas saiba que cada sorriso que eu dou por aqui, é pensando em você aí. Pois em sua ausência, até mesmo de sua linda voz falando comigo já me deixa como um cacto seco , e morrendo...murcho, chocho, capengo.
E quando o dia de poder te ver de perto chega, então, meu sorriso vai estar completo junto do seu que é maravilhoso.
Sabe Pequena, é difícil tentar dizer tudo quando só o seu olhar já me deixa sem palavras.
Sinto sua falta como quem sente falta de ar...... então minha Jujubinha doce, imagina como me sinto contigo, pois você me tira o AR, me tira o chão!
Sei que nada é fácil ou simples como gostaríamos.
Mas quero que saiba que você me basta, o resto eu corro atras. Sou feliz contigo, com sua presença, com sua voz, com seu cheiro. E mesmo você não me enxergando, eu nunca deixei de vê-la.
Tranquerinha.............. vc é meu único e grande amor ! S2
hoje pensei em você
ontem pensei em você
amanhã pensarei em você
se eu escrevesse um livro, ele seria sobre você
em qualquer história de amor me lembro de você
se eu tiver um filho ele se parecerá com você
quando eu estiver velha, meus últimos pensamentos serão sobre você
todos que me conhecem também conhecem você
as histórias mais malucas que contarei aos meus netos vão envolver você
quando alguém pensa em mim, também há de pensar em você
o número 7 me lembra você
felicidade me lembra você
toda hora eu sinto saudades de você
esse é meu décimo segundo verso sobre você
eu conseguiria falar muito mais sobre você
eu passaria tardes apenas apreciando você
mas também não preciso escrever muito para perceberem o quanto aprecio você
tenho inveja da primeira pessoa que pôde apreciar toda a beleza que há em você
nenhum dia é bom se não houver você
talvez eu seja uma boa poeta, mas eu nunca direi nenhuma palavra tão bonita quanto as que se referem a você
então, terminarei esse poema sem dizer explicitamente quem é você
para: você
Ser fiel a si mesmo é o primeiro passo para não se perder no outro. Quando quem amamos não está, percebemos o quanto a vida é dura — e curta. Esperar finais felizes parece ingênuo diante da realidade que insiste em nos quebrar.
Mas há força na dor. As partes que se quebram revelam quem realmente somos. A ausência do outro escancara a necessidade de presença de si. E quando dizemos “nunca mais”, talvez estejamos, enfim, dizendo “agora, sim” — para nós mesmos.
Me pego rindo sozinho
Porque tô lembrando de você
É que o teu jeito me atravessa
E tudo em mim começa a aquecer
Se deixar, eu vou mais fundo
Desvendo os teus segredos,
um por um
Sem pressa,
sem pressão
Só com o compasso do meu coração
Eu te vejo até de olhos fechados
E te sinto sem nem precisar tocar
É que tem coisa que vem do astral
E você é meu ponto vital
Casa de Versos
Escrevo pra poucos.
Poesia escolhe os seus.
Vem mansa, mas não mente,
toca onde o barulho não chega,
acende o canto dos olhos,
sussurra o que o peito calou.
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Não escrevo pra multidões,
nem pra mãos apressadas.
Escrevo pra quem cultiva silêncios,
pra quem sente o mundo em segredo
e se emociona com o que não se diz.
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Poesia não bate à porta —
chega como brisa de fim de tarde,
se aninha sem alarde,
faz morada sem pedir.
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Quem habita meus versos
ouve música como quem respira,
sente o vinho como memória,
dança com a própria sombra
e descansa na solitude,
como quem voltou pra casa.
Jonatas Evangelista
Segundo - Feira
segunda-feira chega fria sendo calor cada hora é um século, até te ver de novo.A semana começa mas o meu coração permanece parado no tempo aguardando ansioso nosso próximo encontro, o relógio marca segunda-feira mas o meu tempo só começa quando estou contigo , a distância pesa e a saudade dói.A segunda-feira pinta o céu de cinza refletindo a melancolia de um coração que te espera. Segunda-Feira sem você é como inverno sem sol ,sempre me lembra o quanto eu te amo e o quanto a distância nos separa.
Junto com a segunda-feira vem sempre a saudade imensa de ter você por perto.
Ecos da desolação
em um vale de sombras onde o sol não brilha caminhos perdidos a dor é minha filha as árvores murmuram segredos antigos sussurros de alma que não tem abrigo ecos da desolação gritos no vento a vida se arrasta eu sinto o tormento cada lágrima caída
é um peso a mais na estrada sombria não a paz
o tempo se arrasta como espectro sombrio memórias amargas em um sonho frio à noite eterna
o céu é de chumbo e cada passo dado sinto o profundo
a vida se arrasta eu sinto tormento cada lágrima caída é um peso a mais na estrada sombria não é uma paz e quando a tempestade vier me abraçar sem querer sua força me consumir devagar no abismo da mente a esperança
Se esvai
na escuridão eterna sou só apenas um cais então aceito a dor como minha amiga fiel na melodia triste que ecoa no céu enquanto a última chama se apaga em meu ser nos ecos da desolação vão renascer.
A Eterna Thamar
Thamar, teu nome ecoa em minha alma,
Teu rosto, memória que nunca se apaga,
Menina de sonhos, ainda a descobrir,
Eu, maduro, em teu olhar quis me consumir.
Nosso amor foi chama, ardente e pura,
Cada instante, marcado pela ternura,
Entregaste a mim tua alma e teu ser,
E juntos aprendemos o verbo viver.
Mas o mundo, cruel e voraz,
Trouxe adversidades, nos separou em paz,
Roubou-te de meus braços, sem compaixão,
Deixou-me apenas a dor e a solidão.
Treze anos se passaram, e em meu peito,
Ainda pulsa o amor, tão perfeito,
Intenso, eterno, como a primeira vez,
Lembrança viva de um amor cortês.
E sei que em teu coração, guardado assim,
Resta um pedacinho imortal de mim,
Thamar, amor que o tempo não desfaz,
És minha história, meu sonho, minha paz.
A última luz
Na neblina densa o tempo se arrasta, caminhando sozinho a esperança é escassa, as sombras do passado sussurram em vão nos meus ouvidos que eu carrego o peso da eterna aflição, a última luz se apaga no horizonte . As trevas se alongam, são minhas eternas amantes, em cada passo o abismo me chama, no silêncio profundo a dor me inflama,as correntes do destino prendem meu ser, em um mundo sombrio que não quer ceder , sinto o frio cortante da solidão a melodia triste da condenação,a última luz se apaga no horizonte ,as trevas se alongam minhas eternas amantes em cada passo o abismo me chama no silêncio profundo a dor sem inflama enquanto a noite cai sobre a terra deserta o lamento da alma em agonia se aperta as lembranças dançam em um vale macabro ,enquanto eu busco por um sonho que é frágil ,então aceito o fardo meu triste destino, na escuridão eterna eu acho o caminho ,com a última luz que se apaga em você vou encontrar a paz que eu nunca pude ter.
"Lá pelos anos 60, os finais de semana eram sempre ansiosamente aguardados e o almoço de domingo, ah, este sim, era sempre um acontecimento!
O cardápio era escolhido a dedo durante a semana e, na sexta-feira começavam os seus preparativos, com idas ao mercado e visitas à horta caseira para a seleção de saladas e temperos. Importante também era o trato nas roupas que seriam usadas pela família no culto ou na missa do domingo de manhã.
Depois, após o alimento preparado e algumas reinações infantis, vinha o melhor do dia e de todo o fim de semana: o almoço que era um verdadeiro banquete, mesmo que com pouca coisa, mas sempre muito caprichado. Dependia das posses dos donos da casa, mas sempre especial porque era o "almoço de domingo"!
Naquela hora mágica se conversava de tudo, com pais, filhos, tios, avós e quem mais estivesse ali colocando as novidades em dia, num interminável zum-zum feliz se sobrepondo ao barulho dos copos, pratos e talheres em uso.
Era dia que casal não brigava e criança não apanhava.
Olhando de fora, lembravam passarinhos contentes, reunidos em delicioso alvoroço no ninho.
Após o almoço vinha a sobremesa aguardada igualmente com ansiedade por todos. Eram pudins, pavês, tortas e cassatas deliciosamente caseiras, feitas pelas mulheres da casa e sempre dignas de muitos elogios!
Também compareciam no pós almoço o sagu e a compota. Sagu cozido no vinho feito das parreiras próprias, e compotas com as frutas do quintal, pêssego, pera, maçã e outras. O que tivesse.
O que vinha depois?
Ah, a sensação de fim de semana bem usufruído, de descanso regado a boa comida e atenção. Isso sem falar nas brincadeiras infantis que iam até o anoitecer, na conversa dos adultos e nos assuntos colocados em dia.
Problemas? Haviam sim, muitos até, já naquele tempo futebol, política e fofoca geravam confusão, mas o domingo era a trégua, o dia de relaxar e aproveitar, dia de esquecer as diferenças e ser feliz.
Não tive vida fácil, a vida familiar enfrentou turbulências, escassez, brigas, vícios, separações e problemas inúmeros, mas a lembrança boa daqueles domingos é e será sempre maior que tudo. Acima de qualquer tristeza ou desconforto, era o dia em que a família se reunia mais estreitamente para celebrar o maior e mais belo motivo de estarem todos ali: o amor.
Hoje vejo pais e filhos perambulando pelos shoppings, sérios e indiferentes uns aos outros, comendo qualquer coisa, fazendo compras aleatórias e, quando param um pouco, se separam, mesmo juntos, mergulhando cada um em seus exigentes celulares.
Fico me perguntando então, entre tristeza e decepção, onde foi que erramos, em que ponto da estrada deixamos para lá os doces rituais do fim de semana da infância.
Por que o domingo, com suas missas e cultos, com os seus almoços deliciosos e a reunião familiar barulhenta e encantadora, deixou de ser importante?
O trabalho fora das mães? A correria de hoje? A falta de tempo? A ausência de motivos para um almoço especial? Cansaço?
Seja lá o que for, eu lamento. Lamento principalmente pelas crianças, que não terão, assim como eu tive, e acima de todos os problemas, um domingo para levar na memória, comprovando que sim, sempre há um dia feliz para se recordar na vida, um dia mágico onde boa comida e beijo e abraço de mãe e pai, de vô e vó, são coisas que o coração, aconteça o que acontecer, jamais esquecerá."
(Instituto André Luiz, "Relato de uma idosa", autoria Lori Damm)
Brasileiro de fato, é aquele que sabe
levar sempre o Brasil no coração,
e não aquele que só pensa em corrupção...
Ósculos e amplexos,
Marcial
PARA BEM VIVER COM O BRASIL NO CORAÇÃO
Marcial Salaverry
Uma verdade que precisa ser dita, é afirmar que só quem viveu em terra estrangeira, dá o devido valor ao nosso torrão e sabe levar o Brasil no coração, pois viver nesta terra brasileira, é o que alegra o coração... Sonha-se com a vida lá fora, mas quando vamos embora, e começa a bater a tristeza, é que vemos quanta beleza deixamos pra trás, e quanta saudade isso nos traz... Foi durante a revolução, quis tentar nova situação, e embarquei na aventura, para tentar a vida lá fora, e fui tentar a sorte no Congo... Só que depois achei besteira, e voltei para consertar a asneira, e poder sentir de novo a emoção de estar de volta ao meu rincão... Quando estávamos chegando, fiquei olhando pela janela do avião, e não nego que chorei de emoção...
Brasil tem seus defeitos, nem poderia ser perfeito, mas vive no coração de quem aqui nasceu, ou de quem aqui viveu...“Imita na grandeza a terra em que nasceste”... Sábias palavras, que sempre mexem com a emoção de quem ama nosso Brasil, e apenas lamenta quem só pensa em corrupção, prejudicando quem quer viver pela Nação, em quem quer acreditar em antigos bordões como estes: "Brasil, o País do Futuro"... "Brasil, o Gigante Adormecido..." Até quando vamos acreditar apenas nesses bordões? Quando o Brasil poderá ser o País do Presente? Quando será que o Gigante vai acordar? Para que aconteça esse despertar, VAMOS GRITAR EM CONJUNTO: ACORDA BRASIL, PÔ...
Acorda Brasil, para vencer a corrupção, e acabar com esta triste situação... Para saber quem age com corrupção, basta saber analisar, para ver estarrecido a "cultura do suborno e da propina", entendendo que quem é subornado, é tão corrupto quanto aquele que o subornou, e vemos que em todas as esferas existem subornantes e subornados... Quem se aproveita de uma situação, ou que age por omissão, alegando de nada saber, quando bastaria abrir os olhos para ver, é ainda mais culpado... Quem simplesmente ignora de onde vem o que entra em sua conta, é aquele safado para quem a Justiça aponta, mas a parte triste, é quando a tal da justiça falha, e "inocenta" quem sempre foi culpado reconhecido por todos, ou seja, quem, apesar de inculto, diz "viver de palestras..." Ora... Só se for para ensinar a "técnica da propina"...
Enfim, fica claro que tanto o que oferece certas vantagens, como aquele que as recebe, ambos são corruptos... E nessa corrupção desenfreada, a população se sente abandonada... É mais corrupto o que fecha os olhos e diz nada saber, do que aquele que seu bolso, sua mala, ou sua cueca quer encher... Ser ou não ser corrupto, eis a questão, e o que impera, infelizmente, é a corrupção... E para acabar com este estado de coisas, é preciso mudar as coisas deste Estado... É preciso colocar a mão na consciencia na hora de votar, para não ter que mais tarde, vir apenas de tudo lamentar...
Vamos saber analisar, antes de na urna depositar o voto naqueles que nos vão governar... Bem votar para o Governador, Presidente, Prefeito, e tentar o perfeito eleger, e para ver quem nas Câmaras, Senado e Assembleias vamos meter... ACORDA BRASIL, MAS ACORDA, PÔ!!!!
Será que já não basta de patrocinar tanta viagem? Será que não é hora de acabar com a sacanagem? Ao certas cenas assistir, dá vontade de sumir, ao ver que, quem foi colocado por lá, são discípulos de Ali Babá, ou seus mestres em ladroagem...
Enfim crianças, vamos bem analisar o uso da democracia para bem votar, e não permitir a volta da demo...cracia, e para que assim, possamos desfrutar de UM LINDO DIA neste porvir que está por vir...
Era uma melodia lenta...
Eu estava lá, dançando, bailando, flutuando...
Sentia um calor diferente, braços que me envolviam.
Um rosto colado ao meu.
Estava lá, de um canto a outro do ambiente.
Frenesi, encantamento, imensidão, acolhimento.
Tinha o toque daquelas mãos.
Nunca senti tanto amor devotado a mim.
Absorta em braços amorosos, me encontrei, me perdi, me encontrei, me perdi...
Eu estava inteira, entregue naquele momento de alegria e vida.
Era eu ali, nos braços do meu próprio ser, completa, por me amar, por me acolher, por me ter.
Eu deveria ter tentado.
Insistido mais, nominar o inominável.
Eu deveria ter tentado.
Quem sabe, domá-la, aquela mulher, indomável.
Eu deveria ter tentado.
Quando não tivesse mais seu amor, só ali ter ficado.
O amor é doença, letal, incurável.
Eu deveria ter tentado.
Minha boca clama pelas águas da sua pele, minha sede é insaciável.
Eu deveria ter tentado.
Fazê-la minha, controlar uma tormenta, incontrolável.
Eu deveria ter tentado.
Eu duvido de muitas coisas, duvidei mil vezes de mim, mas essa paixão é incontestável.
Eu deveria ter tentado.
Eu tento me encontrar em obtusas palavras, pois me perdi naquele seu olhar, inefável.
Eu deveria ter tentado.
Controlar o incontrolável, amar o odiável, narrar o inenarrável.
Quem saberá? Só sei que eu deveria ter tentado..."
"Eu coloquei gelo na ferida, pra tentar amenizar a dor.
A dor continua, percebi que não funcionou.
Whisky e gelo, ainda sinto na boca o amargor.
A ferida no peito não cicatrizou.
E minh'alma ainda está com dor.
É dor de amar, é dor de amor.
Minha dor é mar, meu amor ofurô.
Meu corpo estremece quando lembro do seu olhar, aquele frugor.
Talvez não seja crível o que narro ao meu leitor.
Mas crivado de mágoas, eu sou um todo de ódio e rancor.
Meu corpo roga pela sua tez, implora aquele fervor.
No vento sinto seu cheiro, e na boca, daquele último beijo, o sabor.
Minha paixão é destrutiva, meu amor construtor.
Conquista-la já perdeu o prazer, agora só existe o labor.
Lembro-me que das minhas cicatrizes, eu sou o causador.
E tentando cura-las, eu coloquei gelo na ferida, pra tentar amenizar a dor..."
Sorvete de sol
Olha o sorvete! A orla começando a caminhar...
Vento leve da brisa, pés no chão... ah! como é tão, tão...
Olha o sorvete!; ...devaneios, delírios-delirantes...
Como pode existir um sorvete de sol?!..
Agora?! Ainda com este frio?! Sorvete, sol, intrigantes!..
Com quem eu reclamo?!.. Como pode? Aqui é praia!..
Como se lá' não pudesse frio estar!
Louco, loucura, a quem contestar?!..
Tudo que peço 'e um pouco de SOL, tão, tão...
Olha o ônibus!...
Preciso ir ao trabalho! Seco os pés, mas não esqueço!..
Compromisso comigo mesmo; a praia, sol, sorvete...
Compartilhar sentimentos.
Mesmo que terceiros
Te faça por inteiro
Com ações em junção
De fato nunca sabemos se tem boas intenções.
Cria duvida !
Acabamos dependendo dos sentimentos
As interrogações vira acido em pensamentos
Fazendo duvidar esquecer do seu próprio amor.
No fim, mesmo se perdendo
Seu próprio amor
Único que te traz certezas
Mesmo sentindo dor
Depois de se perder
Com tantas incertezas.
Bastando-se com o viver
o diferente é o diferencial tão necessário quando o tudo igual só aponta um mesmo caminho para o qual não nos sentimos fazer parte
o emergir em novidade de vida se dá a partir do mergulhar mais profundo que podemos ir, aquele adentra e ultrapassa as correntezas do tudo igual que nos levam sempre pelo mesmo caminho
que nos inundam e abundam do sentir que não concebemos poder suportar mas uma vez neste inundar transbordamos e quando percebemos num passe de mágica como se fossemos cuspidos de dentro para fora nos damos a margem tocandoa grama, sentindo as flores e contemplando as correntezas desde as mais profundas às mais rasas que circulam e circundam nosso ser
os pés firmes na areia úmida dando a certeza dos rastros que nossos passos haverão de deixar e quais o vento e as águas irão apagar
aromática solidão trazida pelo vento, olha-mo-nos de fora para dentro, despidos de alma enfim, reconhece-mo-nos
poderemos sobreviver sem as águas que nas correntezas profundas nos fazem transbordar?
quais rastros nossos pés suportarão que os ventos da solidão e as correntes nas ondas de águas rasas apaguem pegadas?
nos bastará em infinita beleza e profunda dor o entender?
eis que
um olhar para dentro, inevitável
e inevitavelmente o mar nos sopra canções do sentir onde e quando nada se entendia e sentindo-se com vida, não importava-se com o entender, bastando-se com o viver..
Te desafio a Amar
um dejavu assalta-me enquanto concluo que um sonho ao acordar é apenas mais um avistar pela primeira vez
o perder-se em horizontes inertes é um chamado necessário ao despetalar das flores medrosas que urgem um renovar de essências
que a febre de sentimentos gerada onde mais aquece o sol possui uma senda para o descobrir de uma brecha na noite suave e estrelada que salva as almas de morrerem profundamente
de quando em meio a tanta beleza finalmente sucumbem as lágrimas ao esmigalhar das solidões que nos fazem morrer de ternura um no outro e renascer em coreografias onde um é a dança secreta do e no outro que repele e abandona os de outrora passos de sofrimento e os harmoniza melodicamente à alegria e felicidade
de quando no apagar das luzes se ilumina o chamado das estrelas para que ante o negar do toque, aceite-se um desafio
um ir além do verso, do refrão, da poesia
um convite à reconstrução
dança de mãos dadas, ritmos
passos de pés dados, em frente apesar de pausas
canções de ouvidos dados, ainda nos desafinos
nos desafinos reconhecer e aceitar o maior desafio
de nos sorrisos e choros desafiar-se a Amar..
Ouça o chamado
permitir-se à loucura é o dar asas onde a razão nos condiciona à um arrastar-se pesado em um chão aparentemente seguro, mas que logo tal peso no arrastar de cada passo fará com que os pés sangrem
neste chão "seguro", o choro evitado, a dor que não chega, a tristeza que se mantém ao longe, são apenas abreviadas
não há viver e sentir no Amor que tenha chego ao nosso conhecimento que não tenha nascido através da loucura de desprendendo-se de toda a razão dar asas a si mesmo quando tudo que se vê é a impossibilidade de voar
e mesmo neste céu imenso contemplando nuvens que não deveriam ali estar, nuvens de chumbo que não caberiam em nosso céu, que se nos chocarmos com elas inevitavelmente cairemos abatidos, no entanto, na loucura a que nos permitimos se nos faz acreditar que o bater de nossas asas a seu tempo afastará para longe tais nuvens de chumbo não permitindo que nos toquem, e por acreditar tão fidedignamente, assim acontece
sentimos, ouvimos nossas asas batendo...
tememos, imaginamos um choque nas nuvens de chumbo...
há um chamado ào céu da liberdade através da loucura do sentir
há um chamado à permanência do chão da segurança através da racionalidade do medo..
Deixe-se encontrar-se
esta procura que por vezes nos consome, nos desanima ao mesmo tempo que ansiamos encontrar fada-se ao fracasso devido a nossa ânsia de encontrar, esta ânsia que nos domina enquanto procuramos nos faz durante a busca demorada e cheia de obstáculos começar a imaginar como será, quando será, de que forma será
sonhamos tanto que não nos apercebemos que começamos a idealizar alguem que caiba em nossos ideais, enquanto a busca só termina ao encontramos quem nos faça perder nossos ideais
as vezes o melhor é parar de procurar e deixar-se encontrar
está em ti, sempre esteve, sempre estará, talvez os acontecimentos na caminhada em tal busca acabou ocultando em partes de ti que não queiras tocar, revirar, mudar de lugar, jogar fora
olhe para dentro, essa é a procura que deves fazer, deixando-se encontrar-se..
