Tempo frio
Numa tarde fria, as gotas de chuva lambiam as lágrimas de um pequeno filhote solitário. Esperançoso pelo afeto de sua mãe que já não acariciava mais seu pequenino sorriso. Mal sabia que neste momento de confiança não encontraria mais o acalento de sua maior protetora. Pois havia sido alimentada pelo veneno da maldade humana, que destruiu a única esperança da sobrevivência daquele pequeno felino. Antes de qualquer desumanidade proferida ao seu próximo, mesmo que seja para seu semelhante humano ou de outra espécime, é da sua livre escolha, a única oportunidade de semear a fraternidade. Não maltrate, não mate os animais, pois quão felino não proferira injúria a alguém... Mas te digo que, se existe o mal, lembro-te que você é o seu maior inimigo. Não se esqueça disso quando você estiver no lado de lá!🖤
Frio de Outono
Está uma tarde fria
sinto pelos pés
termômetro infalível
Já é hora para um longo banho quente
repudiar os edredons e cobertores
que abrigam a cama
esquecer o pijama de flanela
e sem lamentos
o corpo agasalhar
calçar as botas e luvas
e sair pra labuta.
Será que um dia,
Depois de uma tarde fria,
Vai deitar na sua cama,
E perceber que já não ama, essa vida,
de regar com farra e cachaça a ferida
Será que um dia vai lembrar?
de um alguém que passou, te entendeu e que quis ficar!
Porém na sua confusão,
preferiu fechar o coração, e simplicidade deixar ir,
e respeitando seu momento, mesmo tendo sentimento, ele resolveu seguir!
E se um dia, nessa tarde fria, procurando você entender,
que o sentimento demonstrado, quando esteve do seu lado,
já não pertencerá mais a você?
Porém esse poema, é só um conto!
Verdadeiro ou não,
que fala sobre um dilema,
de uma tarde fria e um coração.
Era apenas um anjo
Era uma tarde fria de maio,
O sol tímido aparecia por entre as nuvens;
E uma brisa suave tocava minha pele...
Enquanto em meu corpo um turbilhão de emoções,
Perguntas vagas...
Como será seu olhar?
Tem o brilho de um céu de verão.
Isso eu já tinha certeza.
E o sorriso?
Terá bom humor?
Fiquei sem nenhuma resposta...
Apenas os minutos desacreditados da tua presença...
Apareceria um anjo naquele café ?
Aquela hora da tarde ?
Apenas para tornar real um olhar...
Um sorriso...
Uma poesia...
Um poema...
Os minutos agora eram segundos;
E as emoções viravam curiosidade;
Misturadas aos desejos já contidos de nossas
mensagens trocadas...
E o anjo apareceu;
Como se contasse cada passo meu...
Um olhar inebriante...
Um sorriso maroto...
Um humor delicioso!
Ah! isso era a verdadeira mistura,
para uma explosão de adrenalina;
O medo misturado ao desejo louco
de nem perguntar de onde saístes;
E me deixar levar por aquele toque suave,
E acreditar que eramos únicos...
E sentir você encostado em minha pele;
Como seria fácil deixar me levar pelo desejo
incontrolável que senti naquele instante...
Como poderia um desconhecido desnudar - me
a alma daquela forma?
Como senti inveja daquela xícara que
tocava teus lábios antes de mim.
Enquanto falava de você, da sua vida,
dos seus projetos... eu desenhava teus lábios
com os meus e imaginava o gosto dos beijos teus.
Com um medo enorme que você fosse mesmo um anjo
E acabasse por ler meus pensamentos...
Embora também descobrisse minha timidez
que me dominava naquele momento.
E teu sorriso encantador me convidava
as delícias dos seus mistérios,
Numa vontade louca de ser tua, sem saber a razão e o porque.
E sem saber a razão; eu senti você; senti teu calor;
tuas mãos suaves que, momentos depois tocavam meu rosto...
Como senti vontade de ser beijada por você naquele momento,para deixar gravado em minha existência
que a chama forte do amor, pode estar a qualquer distância...
Pode estar num sonho desejado
que podemos tornar realidade...
Pode estar num poema que decifra nossa alma,
ou numa poesia que encanta nosso coração...
Sonho em um dia, numa tarde fria de domingo, apenas eu e você debaixo do cobertor, assistindo a um filme e falando sobre coisas idiotas, em meio a carinhos, beijos e guerras com a pipoca, enquanto cada momento, cada toque e cada palavra, ficam gravados em nossas memórias, fazendo cada momento se tornar único e inesquecível. Parece meio bobo né? Até pode parecer, mas é apenas um simples sonho adolescente.
Tarde boa,
Tarde Fria,
Tarde acolhedora, o repouso, o cheiro de vida, a tranquilidade ao respirar,
Pensamentos, lembranças melhores ainda,
Um lar irresistível, um canto quente,
Tarde fria, chuvosa, um chocolate.
Uma programação agradável,
E o mais importante, estar bem consigo mesmo,
Se derreta, e sinta o prazer, dessa tarde boa.
Em uma tarde fria de um dia qualquer, vou tentando me reerguer… entre lembranças que insistem em doer e a esperança que, mesmo frágil, ainda teima em permanecer. Cada passo é lento, mas carrega em si o peso da coragem de não desistir.
TANKA 003
Folhas espalhadas
dançam soltas no terreiro
numa tarde fria.
E o céu se fecha em silêncio
Na alma dessa poesia
E numa tarde fria, debaixo do cobertor,
Com você no meu pensamento
Imaginando aquele momento,
Em que talvez conheceria o meu amor!
Em uma bela tarde fria de outono
Seus olhares se cruzaram pela primeira vez
Na estação de trem
E a neve caia nos trilhos
Ele e ela caminhando sozinhos
Numa praça vazia
Naquele dia chuvoso
Na tarde fria
Ele e ela em baixo guarda chuva
Ela sorrindo e ele nervoso
Ele e ela sentados na estação esperando o trem
Ele dizia lindas palavras
Enquanto ela segurava sua mão
Ela olhava para ele emocionada
Uma lagrima escorria em seu rosto
O coração acelerado podia sentir
Dois jovens apaixonados
Vendo a chuva cair
"QUE EU PARTA NUMA TARDE FRIA DE INVERNO PARA QUE QUANDO O CINZA VOLTAR NA PRÓXIMA ESTAÇÃO, MINHA LEMBRANÇA VENHA COM A BRISA GELADA, BEIJANDO A ALMA DAS PESSOAS QUE AMEI."
Era uma tarde fria em tons gris quando ela saiu para ver o mar. Não era o tipo de clima comum naquela cidade, desperdiçá-lo era como rejeitar uma dádiva. Despiu-se dos saltos, pôs uma rasteira nos pés e um óculos escuro no rosto - em dias comuns, ele à protegeria do sol, naquele dia, da solidão. Não sentiu vergonha de sair com óculos de sol numa tarde tão inexpressiva. Sentia mais vergonha em admitir que seu coração fosse talvez, mais intangível que a tarde; Todos os lugares onde passou lembravam ele, embora nunca estiveram juntos ali. Como ela queria mostrá-lo aquele mar tranqüilo e sereno. Ainda que ele não gostasse de mar, talvez gostasse do tom azul-acinzentado que reluzia o céu. Do alto daquele cais viam-se navios cargueiros, alguns transatlânticos atracados no porto, barquinhos com pescadores. Um sol ausente e uma ameaça de tempestade com a cor dos olhos dele. Olhos castanhos que palavra nenhuma descreveria. Ela nunca entendeu as coisas con
traditórias, como aqueles olhos que transpareciam castos e voluptuosos num mesmo momento. Enxergava o rosto dele em todos os cantos, não conseguia pensar em nada além daquela pele alva, tão branca quanto o dia, mais macia que o veludo. Como doía pensar nele. Mesmo assim, todas as esquinas estampavam o seu sorriso plácido de menino do interior envolvido sempre numa aura de simplicidade e mistério. Olhou para o celular que não tocou e sussurrou “ele não é tão importante”. Estampou um sorriso no rosto e fingiu não esperar uma ligação que não receberia. Do seu lugar, o mar observava uma menina de cabelos pretos, que pensava que tinha o mundo nas mãos, nesse instante tão insegura. Esboçava um sorriso triste que só os apaixonados possuem e reconhecem. Os dois se entreolharam: a menina e o mar. Os barcos, os pescadores, o cais, o coração da menina e até o mar permaneceriam ali para sempre. Ainda assim, despediram-se como se algo fosse deixar de existir. O lugar permaneceria igual, mas nenhum dos dois seria o mesmo.
Quando o sofrimento vem
Irrompe nos convencendo de sua eternidade.
E numa tarde fria, sem mais,
O tempo o destrona, e eis a felicidade.
Era eu ali...
quando você se despedia,
numa tarde fria de inverno,
de quem não te ouvia,
nem te via sorrindo.
Era eu ali...
Que vi a tristeza chegando
e levando seu sorriso embora.
Fiquei ali te chamando,
mas você não me ouvia.
Eu não queria que fosse,
mas era eu ali...
o tempo todo, te olhando,
através do vidro embaçado
da minha janela.
E você se foi!
Segredos entrelaçados!
Tarde fria…ventosa
A chuva fininha
Fez lembrar a tua partida
Foste aquela menina
Que deixaste algo
No nosso dia a dia
Eras adotiva…
Mas eras filha…nesta e quem sabe
Foste um pequeno presente
Passageira nesta vida
Necessitaste mais carinho
Mais cuidados, mas vivestes intensa
E totalmente cada dia
A cada nova aventura, vivestes
Cruzaste os mares do mundo
Subiste montanhas
Aproveitaste o tempo
Pra marcar a caminhada de todos
Vilfredo, Heloisa…
Pierre e Wilhem
Foram e serão eternamente amigos
Pais…irmãos…filhos
Kat…deixaste para nós
Infinitos aprendizados…lições
Dentre tantas ainda a superação
E a esperança que a vida
É feita de momentos
Não importando o tempo
Nem mesmo a permanência na Terra!
(23/09/2014)
Nada como uma tarde fria pra tomar um café, e ver um filme... Bem como uma tarde quente pra tomar um sorvete, e ir ao cinema...
A satisfação, é um atributo raro.
A TARDE CAI (soneto)
A tarde fria, ressequida, no cerrado poente
Escorrega no horizonte escarlate de junho
Em brumas desmaiadas e tão lentamente
Deixando os suspiros como testemunho
Manso, e de uma realidade inteiramente
O entardecer tão árido e sem rascunho
Vai descendo pela noite tão impaciente
Silenciosamente na escureza antrelunho
E a tarde vai caindo, pelo céu vai fugindo
Presa na imensidão do anoitecer infindo
Esvaindo o sertão indolente e acetinado
Nesta tarde fugidia, as estrelas já luzindo
Cobrindo de melancolia, o sossego vindo
É a tarde que cai, lânguida, pelo cerrado...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano
OUTRO PAULO, O LEMINSKI
Na tarde fria me jogava
Em gelo frio e quente
Dentro de mim vindo
Na liberdade escorregadia
Tu me ensinaste a ser
Liberto de mim
Pra ser você:
deus de poema
Comece a andar...
A tarde, você toma seu café
Em uma tarde fria
Olha pra janela com imensa fé
Imaginando nós, alegria.
Não basta isso…
Imaginar.
Prenda seu cabelo.
Coloque suas botas e comece a andar.
Quando estiver ao meu lado
Olhe nos meus olhos
Sinta minha respiração
Já sei que é meu o seu coração.
