Tédio

"A solitude é a arte de estar em paz consigo mesmo, sem solidão, sem tédio, apenas em um momento de reflexão, autoconhecimento e contemplação."

⁠Tudo tão igual. Todas as ações tão ensaiadas e repetitivas... o tédio das promessas feitas em momentos de alegria... palavras... palavras... palavras vazias, sorrisos vazios. Lágrimas cansadas dos mesmos motivos não servem mais para lavar os olhos, que já viram como tudo isso acaba. Lágrimas cansadas não servem mais para lavar a alma. Nada surpreende, nem mesmo a gestação do canguru. Nada é mais feliz de fato. Agora são só tentativas de faíscas alegres, com fotos e vídeos para as redes sociais. Quando não poder falar, quando suas lágrimas sua alma não poder lavar, sorria e se cale.

⁠Tédio mesmo é querer tua boca, teu mel, tua pele e não poder...
É querer ouvir tua voz denovo e nem uma desculpa eu tenho...
É querer estar perto, querer estar junto, querer estar amando você e o máximo que eu tenho de ti é um oi, um olá... você não me nota.. e eu aqui apaixonada, suspirando, te amando demais da conta e você nem sabe...

⁠"O tédio não é apenas fruto de uma mente vazia, é também a ausência do prazer de uma paz não contemplada."

O tédio é a única tragédia real para um escritor; tudo o resto é material.

O frio veio sem eu pedir e, junto com ele, o atrevido do meu tédio... Dias frios, coração batendo e a cabeça em mil lugares que levam a um só caminho...

⁠"Onde o amor escassa o tédio abunda".

⁠"O contrário do tédio não é a distração, mas a atenção".

⁠"A bondade não conhece o tédio".

Algumas vezes sinto uma energia que me leva a querer sair do tédio e viver a decadência de uma maneira mais intensa, daí me percebo um rei sem coroa , um jovem problemático , uma criança solitária. Por mais que eu queria me tornar puro , uma corrente criada em minha própria cabeça me mostra claramente que eu nasci para viver na escuridão.

⁠O apogeu e a decadência humana estão relacionados ao desejo e tédio.

grito

O ócio desagrada
O tédio se agrava
A mente já não grava
Meu tempo é grave
É nó de gravata apertado
É graveto encravado
Nem frase, nem prosa
Nem rosa, nem cravo
Tão só gravidade
Meu tempo é grave.

Não era amor, era tédio.

Meu Deus que tédio!
O tédio tomou conta de mim.
Há alguém pra me indicar um remédio?
Juro, não quero ficar assim.

O tédio encheu minha cabeça e coração...
sitiou...bloqueou...cercou...
não há mais nem um cantinho sequer,
não há nenhum espaço, nada livre.
Como faço se ele sair não quer não?

Tédio... tudo culpa do tédio
veio e tomou conta...
Será que posso acusá-lo de assédio?
Irei pra prisão se matar o tédio?

Procuram um remédio para a dor, para o tédio ..
tempos perigosos, donde o corpo manda embora a alma.

Grita-se de saudade, ouve-se o som ao longe de um louco
despertado de um sonho abandonado, esquecido por momentos.

Desafios a viver cada minuto, calafrios de mil outonos
enganos pendurados num armário de mofo, cheiro a cânfora

Amores vividos em primaveras fugidas das regras fingidas
pontes velhas do amanhecer que nos consome a querer viver.!!!

⁠⁠Anti-Soneto da Fidelidade

De nada, ao meu tédio serei atento –
Antes, e sem zelo, e nunca, e tão pouco,
Que mesmo em seu abraço, em seu fogo louco,
Me farei cinza dispersa no vento.

E quando, enfim, me for (resto de resto),
Cuspindo à paz alheia minha náusea,
É porque o amor nunca existiu – e a fome
De nada me devora, cruel e ácida.

Tudo, o peso podre da memória,
Me dissolverá. Farei meu corpo escombro.
E então a entregarei à minha queda,
Que será, em segundos, esquecimento.

Sempre, ao nada, sempre e em fim: o que não tem.

(Inspirado no "Soneto da Fidelidade" de Vinícius de Moraes)

⁠A ansiedade de querer ter e o tédio de possuir.
Quando você quer muito algo, você fica ansioso, nervoso e muito inquieto querendo esse algo, mas quando você possui, você fica "E agora, o que eu faço? Agora que eu tenho o que eu tanto quis, e agora, o que vem depois?" Não sei se é só comigo, mas é assim que eu penso. Quando isso acontece comigo, eu não sei o que eu faço depois que eu consigo esse algo, parece que, mesmo assim, ainda falta algo.

⁠Não pode haver cansaço ou tédio onde surge o riso e o silêncio.

⁠Ler é baixar o ritmo, é lidar com o tédio em alguns momentos.

⁠A disciplina é brutal — exige repetição consciente, resiliência, suportar o tédio, o desconforto, o cansaço, e continuar, mesmo quando tudo em você grita para desistir. É assim que se constrói, em silêncio e suor, o que ninguém no mundo pode tirar de você.