Tédio
A segunda existe
Mas é quase sempre um tédio
Viver de segunda a quinta é chato
A sexta sempre é meu remédio
Morar no brasil, é ter a garantia de que nunca morreremos de tédio feito um europeu qualquer. Você pode morrer de bala perdida, por um caminhoneiro com rebite vencido, de naufrágio numa embarcação irregular, tomando uma cerveja artesanal num botequim qualquer, por infecção hospitalar, por um novo vírus, um incêndio em ambiente fechado ou ate mesmo por uma enchente tropical num bairro suburbano...Mas jamais de tédio.
Talvez por conta disso, os europeus invejem tanto nossa gente...
Mudei-me na quinta-feira passada, às cinco da tarde, entre névoa e tédio. Fechei tantas malas em minha vida, passei tantas horas preparando bagagens que não levavam a parte nenhuma, que aquela quinta-feira foi um dia cheio de sombras e correias, porque quando vejo as correias das malas é como se visse sombras, partes de um látego que me açoita indiretamente, da maneira mais sutil e mais horrível.
#Embora #queira #minha #alma...
Tomar o tédio...
Ao meu jardim...
Em doce labor...
Retorno...
De pequena semente...
À mãe terra lançada...
Cuido com esmero...
A flor desabrochada...
Raízes deitando na terra...
Ramos que se abraçam...
Flores que sobem aos céus...
Perfumes variados...
Pequeno mundo por mim criado...
Que por Deus é abençoado...
Anjos caminham pelo pátio...
Sempre é uma grande satisfação...
Visitantes receber...
Abrir com sorriso o portão...
Para quem traz a paz no coração...
Mundo encantado...
No coração da cidade...
Junto às pedras azuis...
E ao seresteiro que canta a saudade...
Em madrugada a dama da noite...
Que no céu bela e fria vagueia...
Arrasta junto a si as estrelas...
E minha casa...e flores...prateia...
E tão longe o violão chora...
Em suave melodia...
Quando vem a aurora...
Tímidos raios de sol lançados...
Acorda o preguiçoso sereno...
Buscando o horizonte...
Pássaros voam com seus trinados...
E assim seguem os dias...
Em minutos e horas presentes...
Aguardando a chegada...
Aguardando todos que vem a #Conservatória...
Ouvir a serenata...
Sandro Paschoal Nogueira
— em Conservatória, Rio De Janeiro, Brazil.
Estes Domingos -
E estes domingos
que a gente quese morre:
de tédio,
de cansaço da inércia,
de saudades?
Mas são,
exatamente,
estes domingos que alguma
luz superior me
alcança.
Talvez
pelo o tédio do dia
que nos traz a necessidade
de algo a ser preenchido.
Talvez
pela inércia do corpo
que movimenta
a mente, os sentidos.
Ou talvez
pela tristeza da alma de poeta
que se alimenta de dias cinzas, lembranças nostálgicas... saudades.
Se tu não sentes,
ouças-me:
A essência do poeta
é a beleza escondida nas
coisas tristes.
Eu sempre tento achar um escape de tédio pra não pensar na gente, mas quando esse pensamento vem, ele vem atona.
Em tempo de tédio
Abriu o caixão
Pegou os discos
E as fitas
Ligou a vitrola
E ressuscitou os mortos.
Na sala da aula...
Conversa pra lá,
Conversa pra cá,
O que me resta e estudar,
Estudar o tédio,
Não sei por que vim pro colégio,
Será que e para ficar ouvindo música?
Quem sabe, até fazer algum amigo.
Cheguei a uma fase da minha vida, aonde o desânimo me anima, o tédio me contagia e a solidão me conquista.
O tédio surge quando não podemos fazer o que queremos, quando temos que fazer o que não queremos ou, ainda, quando não temos ideia do que queremos fazer.
A mera repetição...
O vai e vem da vida
O tédio e a solidão
De quem está sempre aqui
Sempre no mesmo lugar ...
#EXPLICANDO
Também a verdade nos cansa...
Quando quase morre a esperança...
Um tédio infinito...
Na loucura silenciosa...
Algumas recompensas...
De não estar conforme se devia...
Convecer a mim mesmo...
Disfarçar uma fantasia...
Minha fé é a minha vacina...
É a minha única garantia...
Simplesmente vou vivendo...
Zelando pela minha vida...
Não ponho Deus à prova...
Não desafio, dos homens, a lei...
Mas de mim mesmo...
Só eu que sei...
Não sou nenhum vagabundo...
Que anda perdido no mundo...
Trabalho e sou honrado...
Ninguém pode me contestar...
Isso é um fato...
Há males que eu evito...
Há bens que eu venero...
As vezes sou um pouco grosso...
Tolo...
Mas sempre falo o que penso...
Sandro Paschoal Nogueira