Tag tormento
Pedaço Meu
Dos muitos sonhos tidos,
e muitos foram, alimentei o meu âmago
de todos eles.
Quando quis sair desse tormento, já de há
muito era presa do teu amor, que percorria
pelo meu corpo, cercando todos os espaços,
e presente estando, em todos os momentos.
Cercado, preso, fui me tornando um ser que
só sabia viver do teu calor, se não te via,
procurava-te, eras a fonte que saciava a sede
de querer que eu tinha.
Pedaço meu, que tanta falta faz, sem ti é viver
no nada, é passar pela vida em branco, sem dela
sentir o que de melhor existe, o gosto doce
diferente, do amor.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Mrmbto da U.B.E
Coração e pensamento
O amor envolve coração e
pensamento.
Toma conta dos dois por
inteiro, faz deles presas fáceis,
depois , vai-se.
De tudo, resta o tormento.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista.-RJ
Membro Honorário da A.L.B.-S.J.do Rio Preto.-SP
Membro Honorário da A.L.B.-Votuporanga.-SP
Membro da U.B.E
A vida é uma pergunta interna, a morte é uma resposta externa! Pois a vida efêmera leva até a morte e a morte leva a vida ou ao tormento eterno!
TORMENTO
As horas passam,
Só não passa essa vontade,
Que permanece em mim.
O tempo passa,
Só não passa esse desejo,
Que insiste em ficar aqui.
Horas e tempo passam,
Vontades e desejos existem,
Cada vez maiores dentro de mim.
Horas e tempo,
Vontades e desejos,
Que me tormentam assim!
TORMENTO NO SONETO
O fado, comigo, não teve deleite
Tem um gosto agridoce meu dia
Devoluto, e sem lisonja fugidia
Na ventura me sinto um enjeite
Lembranças, só são de nostalgia
Um poetar desnudo, sem enfeite
Inspiração desmaiada como leite
E a lágrima de tão pouca alegria
As doces palavras sem onde deite
O ânimo com nuance sem ousadia
O coração desprezado, quem aceite
E mesmo, num tal tormento, quereria
Um olhar de afogo, sorriso que afeite
Onde minha sorte, pudesse ter alforria
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Novembro, 2016
Cerrado goiano
Poucas esperanças
Só há de haver lamentos,
Em noites escuras o medo nos atormenta
E deixamos esperanças de lado e ficamos cegos,
Cegos, cegos, cego
É o que eu queria ser, para não ver as coisas,
Aquelas coisas que nos atormentam quando não temos fé
Só havia nós dois. Só havia o instante da emoção da entrega, da explosão de sentimentos que bombardeia nossas veias, à espera de algo grandioso. Como a areia que é arrastada pela onda mais tormentosa de uma maré. Você apenas aguarda o momento em que vai acontecer a quebra e a espuma do mar vai se espalhar.
(A)mar
Lá no alto o luar tudo a clarear.
O brilho brilhante das estrelas a ofuscar.
E cá embaixo estou eu a te esperar.
Enquanto não vens o vem e vai das ondas do mar estou a acompanhar.
Vem... e a areia da praia a água salgada a encharcar...
Vai... a onda de volta pro mar o abraçar.
Assim tu longes de mim...
Quem vou eu amar?
Amor de praia...
Falta de ar...
Eu eternamente a te esperar...
Sentimento a me atormentar.
(A)mar... mar... quem vou amar?
TORMENTO ANÔNIMO
Há amores não correspondidos, há enganos
mais negros que a noite muito mais escura
suspiros loucos, e o coração com amargura
as horas, segundos mais longos que os anos
E nestes doridos, loucos e alanceados danos
que leva o fado para as bandas da desventura
em um coral de gemido e de uma sorte dura
atraindo aos sentimentos só os rumos tiranos
E, as dores da solidão, sim, ela tão somente
que se cala nos braços deste amor cruento
dói, tal como ferir-se com gladio lentamente
Ah! que penar, esse que só traz tormento
lamentos e, nos ruminando inteiramente
tendo os dias de sofrência como alimento
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
Setembro, 02/ 2020 – Triângulo Mineiro
TORMENTO
Em enturvados cruéis, tal a dor
Num ritmo triste, que não alivia
Chamar a inspiração da poesia
Fria: - é qualquer ode de amor
E ver o choro do penar que for
Ali presente, na rima. Se fazia
Em um vagar d’alma cativa, ia
Crendo neste causar pecador
A quem não fará crer a culpa?
De tais os versos no tormento
Bem sei, minha, sem desculpa!
Pois, até lástima na poética tem
E vem o versar meu, sem alento
Com suspiros na prosa também.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
08/11/2020 – Triângulo Mineiro
#OLHARES
Quando o dia tornar-se negro...
Saberei eu que, o brilho de meus olhos se apagaram, na medida que você se afastou...
Seria uma estrela sem palco, um artista sem fã, uma nota muda...
Um outro que não existe sem um...
Sonhando não mais estarei...
E eu em clausura mofada...
Sem vontades, sem emoções,
Sem ti...
Não mais serei...
Então vem...
É hora de pertencer...
De se entregar sem pensar.
Acordar e viver...
Quem há de aguentar tanto sofrimento?...
Uma ausência...
Cálice de tormento...
Quero ser promessa da paixão além do tempo...
De um amor puro e intenso...
Quero ser simplesmente...
Um olhar de todo instante...
Sandro Paschoal Nogueira
Um belo quadro é formado
pela riqueza dos detalhes
e cada momento nosso
pode resultar em belos quadros,
Independentemente se são
quadros grandes ou pequenos,
ficarão expostos nas nossas mentes
numa grande Exposição de pensamentos
que pode passar Algum Conforto
nos instantes de tormentos.
Insônia
Mais uma noite que falou para mim....
Tormentos de pensamentos
Virar e revirar sem fim
Estou só com estes apoquentamentos
Ânsia pela paz que não me quer,
pelo sono que não me abençoa.
Liberdade nem que seja de aluguer
Porque me prendem estás correntes?
Tudo está além do que sentes.
O sol não chega e a noite vai longa
Fria, me envolve, me abraça, me atormenta!
Sorria enquanto lesam sua língua, já que logo logo privarão seu pensamento, pois na era das palavras que machucam, a terra é chamada de ar e a folha chamada de vento... e quem ousar falar "verdade" cairá num num terrível fosso de duvidas, as quais segarão tormento.
Palavras
Senti na pele amargas dores,
E vi as minhas palavras
Como um refúgio…
Não sei se a minha
Vida será lembrada,
Ou se serei uma passagem
Na escrita. Sinto o tormento,
E em mim um vazio,
O chão que fino sinto.
Um falso chão, e palavras
Que não aprecem serem
Vistas. Quero gritar, e a minha
Voz se esgana, e sai sopro
De minhas dores… Sei que
Fui poeta, poeta perdido no
Nada, poeta sem destino,
Poeta que a vida jamais
Soube preservar, não sei
Se viverei a anos, e se serei
Aplaudido pelas minhas palavras.
Um poema não está no espaço
Por está, eles são muito mais
Que uma pessoa, mas
Que custa os sentimentos
Objetivos, e subjetivos
De uma poeta.
Vaidade vai e vem
Da vaidade nada se tem.
Não se conquista o amor de ninguém, se na vaidade quer ser alguém.
Colecionando pérolas ao vento
Na vaidade de um tormento
No momento...
Adriana C. Benedito
Em, 27.12.2021
Eu não entendo os sentimentos que atormenta minha alma
Eles são barulhentos, dolorosos e agonizantes
Pelo menos, ainda tenho café...
Um sentimento verdadeiro e profundo
que nunca será esquecido
pode tornar-se um amargo tormento
ou um necessário alívio.
#DOMA
Me abraça detrás do muro...
Silencia meus lábios com um beijo mudo...
Me tome e possua...
Me deixe a desesperar...
Já não mais sei o que pensar...
É meu destino a essa hora da tarde...
Revirar os olhos e me perder...
Enquanto meu corpo arde...
Quando o que quero é só seu nome dizer...
O ouvido no seu peito...
Pra escutar o que bate...
Tira de mim o ar desnudo...
Sim, só eu que sei...
O que está a acontecer...
Entre nossos corpos há vários esmagamentos...
Estranhos sentimentos...
Sussuros longos...
Tremo enquanto suspiro...
No nunca e a toda hora...
Estranho sentido me deflora...
Espero o fim do meu doce tormento...
Me embebedo em seu delicioso veneno...
Somos um...
Feitos de amor e desejos...
Condenado estou a lhe amar
nos meus limites...
Em tudo que existe...
Sandro Paschoal Nogueira
facebook.com/conservatoria.poemas
