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A Roda.
A roda que roda, roda a roda
que acompanha a roda.
São polias, engrenagens
de um mecanismo complicado
que ninguém sabe a que serve.
É milenar.
Sabe-se ter que funcionar.
A roda não pode parar.
Nem pensar.
E, assim sem saber,
Cremos a roda ser,
O que nos faz viver. Será?
Extensa organização,
do diretor ao aldeão,
guardam esta função.
Mas um menino atrevido,
foi lá e num peteleco,
deu-se um treco.
A roda parou. Ninguém notou.
A não ser o mecânico chefe,
que lá a deixou.
Quantas vezes entrei nesta roda sorrindo para agradecer..
Poucas vezes me manifestei pedindo algo... se fiz foi pelo outro, pela cura do planeta, pela manifestação do Divino, pois a vida me dá sempre o melhor dela!
Minha intenção sempre foi a de celebrar, de caminhar dando passos lentos com respeito e amor!
O que importa? se sorrir ou chorar, se agradecer ou pedir.
Se chorar sempre usarei minhas lágrimas para lavar a alma, de gratidão...se sorrir será para iluminar ainda mais a conexão com Mãe Natureza; se pedir será sempre com boa intenção, se agradecer será de coração!
Enfim... o que importa?
Para mim: É estar em paz em passos... sempre um de cada vez 💙
Termino meu dia com a mesma gratidão que iniciei 🦋
Não seja a pessoa que trava a "roda da gentileza", onde tudo para em você. Quando chegar em você, dê o impulso e devolva.
Vida é roda viva.
A gente perde
ganha
ri
chora
bate
apanha.
Importante é fazer
a roda continuar a girar...
Sabe aqueles momentos que estamos em êxtase de felicidade e parece que o mundo é puro deleite e a felicidade nunca acabará? Nada mais é que o topo da roda da vida...para equilibrar, com certeza em breve descerá, e quanto mais alto, mais baixo, então... só nos resta aproveitar e extrair tudo de mais valioso de cada uma das experiências.
A vida é uma roda gigante , e não importa se gira bastante. O que há de mais interessante é que sempre vamos viver de forma contagiante .
A roda não para, em um compasso justo; um dia se vai, logo o outro vem. Assim, o tempo segue, e nós precisamos também, assim como o tempo, acontecer. Ou apenas ficamos olhando ele passar. VIVER É PRECISO! URGENTE.
Evite entrar na roda dos pecadores e participar da mesa dos escarnecedores, pois nelas todos invocam a presença do diabo como professor para se tornarem cada vez mais inimigos e transgressores da sociedade civilizada.
A roda do tempo só para quando o tempo acaba e como não sabemos o tempo certo, vivemos o hoje com sabedoria.
Roda da Vida
"Nas voltas que o mundo dá
Faça ciranda das horas
Importe-se
Com o lado em que não está...
Pois o que está embaixo, para cima gira
O que está em cima, pra baixo estará
De acordo com Deus é a sina
Há leis que o Universo ensina...
Pense bem no que fez, no que faz ou fará!
Pois ninguém pode esquivar-se das voltas
Nas voltas que o mundo dá!" Marilia Hoffmeister
Numa ciranda de amigos é necessário dançar no ritmo que a maioria está tocando, caso contrário ficamos de fora da roda.
No giro da roda
gigante esplendor
conspira a vida
com suas cambalhotas
girando seu tempo sem guarida
na circularidade dos ciclos
contemplar o alto
com o medo do embaixo ficar
nas suas voltas da vida
adrenalina no elevado da sua adoração
ninguém olha debaixo
pelo simples prazer da emoção
lindas cenas, logo vai descer
seu movimento dubitável
revelam novel caminho
apreciar o belo das alturas
resistir o frio da descida
e o tempo a roda gira
e vem a certeza vivida
o centro segura o movimento
e nunca fica parada
se desceu logo sobe
sob um controle no cerne
segura esperança viva
para seus passageiros aventureiros.
Vou dizer a você, vale a pena
oferecer o seu melhor, um bom exemplo
não revidar e resistir, segue em frente
A melhor resposta é uma consciência tranquila
Roda e não para, mudando a vida
sintonia, vivência outra perspectiva
sentimento em meu peito que não para de pulsar
Arregaço minhas mangas enfim ação vou tomar.
Nunca se esqueça: assim como a roda gigante, assim como o mundo, a roda da vida também gira.
#pensenisso
OUTRA CANTIGA DE CIRANDAR
Fui à Espanha
Buscar meu chapéu
Azul e branco
Da cor daquele céu.
Mas na Espanha
Não encontrei ninguém
Que dissesse onde estava
O chapéu do meu neném.
Olha palma, palma, palma.
Olha pé, pé, pé.
Olha roda, roda, roda,
Caranguejo peixe é.
Bati palma, palma, palma,
Finquei pé, pé, pé.
Dancei roda, fiz ciranda,
Para ver meu bem me quer.
Samba, crioula,
Que vem da Bahia,
Pega a criança
E joga na bacia.
Mas tem cuidado
E carinho com meu bem.
Ele é o meu amado
E outro igual ele não tem.
Nara Minervino
O GIRO DA RODA
Rodei a roda que roda,
No caminho da roda que roda.
Vesti a roupa da moda,
Na estação que me alegra e me molda.
Como o trem que chegou na estação,
Veio a chuva entoando a canção.
Como a moda que marcou geração,
Veio a praia no calor do verão.
A roda que roda é paixão,
Como a trava do medo é razão.
A mini saia de uma gaveta qualquer,
Traz com o verão mais beleza à mulher.
Desce redondo o liquido sagrado,
Melhor ainda se for do agrado.
É do samba, do tango e do fado,
A dança quente e o vestidinho decotado.
Como a chave que dá a partida,
Siga o lema e o emblema da vida.
Élcio José Martins
Fé de Encontro com o Axé
O dia em que fui à Umbanda foi um dia de encontro. Encontrei um sistema de crenças profundamente enraizado na cultura brasileira, erguido sobre pilares de caridade, humildade e amor. Ali, naquela roda que girava ao ritmo do sagrado, vi o sincretismo se manifestar de maneira harmoniosa, como flores de diferentes cores e fragrâncias em um mesmo campo. Todos os meus sentidos foram despertados. A adoração ali não era apenas uma experiência espiritual; tinha cheiro, gosto, ritmo e movimento. Uma fé com o toque de axé.
Deus ali transcende os nomes e, junto d’Ele, orixás e guias, tão próximos e benevolentes, desenham uma unidade misteriosa. Divindades se entrelaçam, criando uma tapeçaria vibrante de fé. Sob o olhar atento de santos e orixás, há um terreno comum, cada um representando facetas do divino. A Umbanda é inclusiva, uma fé que abraça a universalidade da busca espiritual.
Quando a gira começou, Iansã trouxe seus ventos, e senti a poeira subir como partículas de uma história que reverbera em nossos passos. Eu, testemunha respeitosa, tentava decifrar o significado daquele movimento que parecia maior do que os corpos que dançavam. Eles giravam — alguns em profunda conexão, outros em uma quietude contemplativa, mas todos entregues a algo que, como eles, eu ainda buscava compreender.
O ritmo se intensificou, como se a própria terra pulsasse sob os pés de quem dançava. Gritos e batuques se entrelaçaram em um ápice de energia, revelando algo que não se traduz, mas se sente. Não era um clímax de liberação, mas um convite ao entendimento profundo do que somos: seres que giram e se movem, talvez para não enfrentar o silêncio ou o vazio. Na Umbanda, compreendi que o movimento é mais do que deslocamento; é a vida que persiste, é axé, a energia sagrada que demanda renovação.
Junto deles, entendi que, na dança da vida, parar é perder a conexão. Cada movimento se torna a prova de que somos mais do que corpos; somos esperança que não descansa. E, quando o ritmo acalma, somos um com a roda, com o vento, com o mistério. Quem entende o axé sabe: é preciso continuar a girar. Só assim haverá renovação, pois é o movimento que traz a mudança, a melhora.
A vida é como uma roda. Gira sem parar. Não temos tempo suficiente para esperar. Ou seguimos seu ritmo ou focaremos a mercê das nossas buscas incessantes.
