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"Fito-me no espelho
E procuro desesperadamente
Um ser solitário e conflituoso,
Que se perdeu de mim:
A poeta."
Mas se há angústia em todo ser que vive
Só cumpro a regra de existir, que agride
Mas não sou louco, poeta, nem santo
Apenas canto, e desafino triste.
Arita Damasceno Pettená (28 de junho de 1932) é uma poetisa, professora e política brasileira natural de Florianópolis e radicada na cidade de Campinas (São Paulo).
A arte de voar
Então...
Escreva
para sair de ti
e invadir o outro
sem permissão ou aviso
sem culpa
Escreva
para libertar-se
para nutrir a alma de sentimentos
a tua, a minha... de todos
Então...
escreva
para renascer
Voe minha bela Fênix
não há gaiola para ti
...escrever é a minha maneira
de preencher um pouco
do meu vazio...
um jeito que encontrei
de não me sentir
tão só...
...não sou poeta,
sou solidão...
Poeta e Poesia
Poeta não cala, apenas silencia pra ouvir as palavras,
que na voragem tempestuosa dos pensamentos
trazem traços invisíveis, taciturnos, inspiração que
na sutileza misteriosa dos versos, dão vida a
cândidos poemas.
Seja um poeta todos os dias para escrever sua história e, não gaste as suas linhas em branco com rabiscos. Faça cada dia valer a pena
A MORTE DO POETA
Aos poucos se matam,
Aos poucos se morre
Convencionalmente
Feliz,vivido,esquecido
Ao que servia e já não é mais lembrado.
Jamais falou
Jamais julgou
Agora colhe o que plantou
A Beira da morte
Quando se foge da realidade ultraje
entre a vida e a arte
E apenas um elo fraco
Que ninguém se lembrará
Mais jamais esquecerão
Não se foi Com veneno
Nem arrependido
Magoado
Acoado
Ou torturado
Sujeito honrado
Porém vago
Em si próprio
Não se via Em medo
Em peso
Apenas o brilho
De quem já foi menino
E vagamente se perdeu
E jamais achou.
SINTÉTICO
Com sua pose magnífica
Não exita
Caminha sinteticamente
Vive falsamente
Porque quando chora
Não há lagrimas
E quando sorri
Não há marcas
Ela se dá bem
Ela sempre se sai bem
Com sua vida de plástico
E seu sorriso simpático.
Insônia
Essa insônia que vos digo, não é sozinha. Na verdade ela é uma resultante. Ela vem de tantas coisas, tantas causas.
Parece que eu estou sempre angustiado, a angustia de dever ao mundo o poema perfeito, sei da impossibilidade, mas isso me move, move meus dias, meus passos, meus olhos e gestos. Quem sabe o mundo me dê as letras que faltam naquela palavra, ou me dê mais um dia, como hoje. Pra que eu busque as minhas perfeitas imperfeições.
Angustia de querer fugir pra longe, cheirar o céu e beijar a terra.
Amo sentar no sofá, fumar meu cigarro, discutir comigo sobre minhas discussões comigo.
Acho perfeito me imaginar namorando com cada moça que passa por meus olhos. Vejo namoro, casamento, filhos, família, tudo perfeito. Mas quero nada disso, tenho prazer na tristeza e na solidão. Não conseguiria seguir ao lado de alguém. Sou um quebra cabeças, sem desenho algum, que sobram peças, peças que não se encaixam.
Mas a coisa que mais me intriga, não é o frio na barriga, nem a rima perdida. É rimar sem perceber, enquanto tenta escrever, que a grande ironia, é o perceber... Que o problema de ser poeta, é não ser.
CUPIDO (EROS)
DISTRAÍDO EU ANDAVA NAQUELE DIA
QUANDO EROS, O CUPIDO ME ATINGIU
COM SUA FLECHA ENCANTADA E FRIA
E FOI ENTÃO QUE ESTE AMOR SURGIU.
COM O PASSAR DOS DIAS O AMOR CRESCEU
TAMANHA ERA TODA MINHA EUFORIA,
SENDO ELA A MELHOR COISA QUE ACONTECEU
JUSTO EM UM MOMENTO DE MELANCOLIA.
E AMANDO ELA ME SENTIA UMA CRIANÇA,
CHEIO DE AMOR NO PEITO, MUITA ENERGIA,
FOI ASSIM QUE ME APROFUNDEI NESTA DANÇA.
MAS O AMOR ÀS VEZES É COMO UMA LANÇA
QUE PERFURA DOLORIDAMENTE A PELE FRIA,
COMEÇANDO BEM, MAS SANGRANDO SEM ESPERANÇA...
BORBOLETAS
...São poesias em cores /
Vivacidade em luz /
Delicadeza em encanto /
Assim são as borboletas/
Que não são flores /
São cores que voam /
Adornando a natureza com cores...
Jmal Jamal
Versos Escarpados - Borboletas
Quem?
Dança com as noites,
sem sair do lugar.
E a chuva já passada,
ainda a faz respingar?
Molha as flores,
que ainda vão brotar.
E lança-lhes perfumes,
que exalam pelo ar?
Quem...
Abstrai da luz,
gotas de escuridão.
Só para valorizar,
a força do clarão?
Seduz no grito,
sem nem um som ecoar
E com um único suspiro
retém a água do mar?
Quem...
Arranca da flor a
a alma em dor,
E embala nos braços
a pureza do amor?
Doravante poeta
Dá-nos letras à recitar.
E formosos poemas,
para a voz embargar.
Enide Santos 16/04/14
Fragmento de palavras
O poeta tem uma grande necessidade
De expor seus sentimentos
Porque se não vai explodir
Então vai esvaziando-se
Soltando fragmentos de palavras
Que vai remediando
Essa extrema necessidade
Cá estou eu escrevendo
Esvaziando-se, aliviando-se
De sentimentos
De devaneios
De sonhos,
Desejos
Dores.
Bilíngue
Nunca registro meus pensamentos
Tentando ter nenhuma razão
Por ser como me descrevo
Eu escrevo
Poesia é o que eu sinto e penso
Pra entender como sou de verdade
Pra encontrar alguém que fale minha língua
Sou bilíngue
Alguns poetas versam pra serem vendidos
Eu sou escrevo pra tentar ser desvendada
Eu sou poeta-tipo-problema-de-lógica
E os meus versos não tem lógica nenhuma