Tag modernidade
Num Movimento Estático
Você não sabe como é, né?
Ter a distância como um sapato no pé.
Ver a distância e imaginar o seu perfume, qual é?
Ler suas palavras sem ouvir seu olhar,
Buscar o seu olhar e ele não mudar...
Estático. Sempre o mesmo...
Lindo, sereno, capturado pelo tempo.
Atento, pra tudo o que já sei.
Invento, histórias já criei.
Detento, de uma escolha me tornei.
Sedento, só uma miragem contemplei.
Alento, memórias de um futuro planejei.
Tento, mas na rocha me firmarei.
Vento, me derrubar não deixarei.
Lento, mas por ti esperarei...
Velha poesia em novos poemas
Passamos o tempo curvados
Um olhar fechado
Nossos caminhos despercebidos
Olhar focado
Pequenas telas são o mundo
Nelas estão todos
Eu vejo e sou visto
Estamos cheios de tudo
Conectados a todos
E vazios
Ansiosos, distantes do importante
Somos crianças em um mundo novo
Aprendendo um novo caminhar
E de fato, nossos joelhos estão meio ralados.
Se nesse novo mundo existem dores
Vez ou outra ha amores
Amizades distantes, tão perto no tocar da tela
O mundo vasto e menor que uma janela ou uma gaiola
Um incompreensível novo mundo
Emaranhado de hiperlinks, hipertextos, tags, cálculos binários
Tão atraente espaço inexplorado
Onde muitos amores morrem
Outros amores nascem.
Bem-vindos à modernidade
Vivemos novos tempos. Tempos dito modernos ou contemporâneos, tempos de mudança e transformação. Tempos de inversão de valores, perda de princípios morais e éticos e afastamento de Deus.
Tempos de sexo fácil e amor difícil.
Tempo de corpo belo e alma feia.
Tempos de copo cheio e alma vazia.
Tempos de corpo sarado e mente doente.
Tempos de bandidos soltos e cidadãos de bem presos atrás das grades da própria casa.
Tempos de muitos contatos e poucos amigos.
Tempos de diminuição da fé e aumento da solidão, depressão, angústia e ansiedade.
Tempos de famílias juntas na selfie perfeita e separadas por quilômetros de ausências dentro de uma mesma casa.
Tempos de fartura de celulares, tablets, lep tops, jogos eletrônicos e escassez de livros.
Tempos de variedade na mesa e falta de vitaminas no corpo.
Tempos de muito tempo nas escolas e pouco aprendizado na mente.
Tempos de apreço das marcas e grifes e desprezo do diploma.
Tempos onde a beleza é prioridade e conforto é deixado em segundo plano.
Tempos de rapidez tecnológica e lentidão dos serviços de saúde, educação e transporte.
Tempos de encurtamentos das distâncias e distanciamento de Deus.
Tempos de pais ocupados demais e filhos com muito tempo sobrando.
Tempos em que tudo se arruma com cirurgia plástica, mas o caráter fica cada vez mais distorcido.
Tempos em que o professor faz papel de pai, enquanto o pai curte descompromissado a sua vibe.
Tempos em que as crianças são estimuladas a se tornarem adultos precoces, ao passo que, os seus pais decrescem dentro da síndrome de Peter Pan.
Tempos onde as mulheres trocam filhos por amores virtuais cada vez mais passageiros.
Tempos de muito barulho e pouca música.
Tempos de muitos presentes aos filhos e pouca presença.
Tempos de muitos parceiros e nenhum compromisso.
Tempos de redes sócias cheias e teatros, cinemas e bibliotecas vazias.
A verdade é que, mais do que tempos modernos, vivemos tempos de destruição e desprezo do que tem valor e de uma supervalorização do que tem preço.
definitivamente,nasci na época errada, porque essa de mulher ter que ir atrás, modernidade que faz o homem perder a masculinidade, não é o meu forte
"Curta e compartilhe!"
A primeira coisa que você pensou foi em redes sociais, né?
Que mundo estranho vivemos.
"Sentindo-se como um peixe fora d'água?
normal, outros cristãos genuínos e sinceros passaram pelo mesmo caminho."
Viver é,
Saber se sobrepor à toda dor,
Toda pancada,
É conseguir olhar pra si mesmo,
Sabendo que nos momentos mais difíceis é você que estará lá pra se resolver,
Nos mais alegres é você que fará sua melhor comemoração...
Acredito que isso seja um reflexo da modernidade líquida,
Cada dia mais as pessoas estão mais envoltas de pessoas e mais vazias de verdade...
Tipo um esconde-esconde,
Onde pessoas usam máscaras,
Até mesmo elas,
Acreditam em sua própria mentira,
Vida fake,
Um Avatar de redes sociais,
Uma hora que cai,
Vira estilhaço,
Cortando à si e aos outros ao seu redor,
Mas,
Quem se importa,
Já que se tem umbigo,
O mais incrível é que ninguém é perfeito,
E o escudo tornou-se olhar pro defeito dos outros,
Para se sentir melhor,
Aonde?
Não sei,
Se defeito é defeito,
Só muda de nome ou pseudônimo.
Eis a máxima do Negativista: “A pseudo crítica por princípio, a desordem por base e a cizânia por fim”
(O Negativista)
Pensar a sociologia no século XXI é combater o Negativista, ou seja, propor um pensamento que seja dialético e não " bolhas de verdade" como propõe o Negativista.
O Negativista não tem conhecimento de causa. Por que? Por que fica na superficialidade. Ataca sem ao menos assistir a um vídeo. É mais interessante ao mesmo colocar -se como dono da verdade.
O Negativista apropria-se dos discursos históricos críticos, mas não utilizam em sua vida prática. Dizem uma coisa e praticam outra.
O Negativista apresenta-se como O Detentor do Conhecimento. Não entende que pode ser o Mediador do Conhecimento, ou seja, apropria-se de "bolhas de verdade" e fixam-se unicamente nelas.
Greve de professores? Marx falava de luta de classes ( burgueses versus proletariado), duzentos anos depois as classes fragmentaram-se e agora falamos de professores universitários? Professores celetistas? Professores efetivos? Professores da rede particular ou pública de ensino?
Com as ferramentas certas, você trabalha de onde estiver tendo apenas em mãos um celular com Internet. Isso chama-se liberdade.
Estou escrevendo para o nada. Para o incerto. Para o escuro. O que será de mim? De nós? Óh. Quanto drama... vivemos na época da matemática. O sentir, o ser, o ouvir. De que pouco importa? Mas... Ah... me deixaram tentar. Ah, tiveram misericórdia. Me poupastes? Ou me crucificastes? Formas mudam, assim como mudei. Pra pior, cada dia mais, mais um dia. Por que me parece tão bom ser mau? Por que não vou para os números? Esqueça o resto. "Tudo está nos números". Um seriado do "Netflix". Um "site". Um. Número. Um. Número Zero. Número Um. Número Zero. Até que. Zero. Zero. Zero. Triste por que? Vou repetir. Óh. Quanto drama... vivemos na época da matemática.
Exercer autonomia de pensamento é justamente proporcionar uma reflexão que abranja outras possibilidades.
O Brasil é o país do carnaval. Mas qual carnaval? Estar no carnaval pode abranger múltiplas possibilidades.
Muitas igrejas nos dias atuais, estão secularizadas e sem espiritualidade e os responsáveis não estão entre o ''povo'', antes, estão nos púlpitos se vangloriando de serem ''modernos'' e atuais.
Do interdito ao espetáculo, plataformas e influenciadores fabricam jargões — “pós-verdade”, “cancelamento”, “lacrar”, “fake news”, “discurso de ódio” — que carregam efeitos políticos, emocionais e geram consensos.
A censura antes visível cede lugar a uma linguagem disfarçada de espontaneidade, difícil de perceber. Ela causa fadiga cognitiva: tudo soa calculado, teatral, performático e politizado.
