Tag modernidade

1 - 25 do total de 200 com a tag modernidade

No palco imaginário do teatro pós-moderno vivemos uma vida que se liquefaz nas constantes explosões dos pixels e slogans – deixo registrado meu exemplo.

Inserida por franciscirino

⁠Validade 

Já reparou no prazo de validade ?
Ontem mesmo tentando resolver um dilema .
Percorri toda a cidade.
Andei, e andei...
E nada de resolver este dilema.

Tu já se perguntou algum dia...
Será que teria amizade, prazo de validade? 

Já dizia Bauman na sua tese da modernidade...
Ninguém é confiável nesta cidade.

Amizades se transformam.
Quando o outro já não mais se favorece.
E nessa insegurança toda uma sociedade padece.

Afundando na liquidez.
Escolho andar só..de vez.
Parafraseio sábio...antes só ,do que mal acompanhado.

E nessa de lobo solitário 
Desbravo cada vez mais meu ser.

Quero ter honestidade...
Nem venha com parecer.
não me encaixo em sociedade com prazo de validade.

Inserida por AlexandreRibeir

Do ser humano ao ser coisa! Cultura da Iamodernidade!
Talvez tudo que vemos, tocamos ou podemos fazer ou ser nesse ambiente natural da hipermodernidade esteja comprometido até certo ponto e seja obsoleto e chato daqui uns anos e isso só será nítido quando passarmos do vício arcaico das coisas da ultramodernidade para uma necessidade e “obrigação” perene da iamodernidade, quando as pessoas “deixam” de viver o mundo real para estarem no mundo artificial. Quando estiverem conectados o mundo real não fará nenhum sentido mais, aí serão persuadidos que não é uma obrigação, mas a “melhor” ou “única” opção; a realidade não será o mundo real, mas o irreal. Serão convencidos e convertidos a essa modernidade líquida em seu estado concreto final. Esse “infinito” ambiente mágico e encantador tornará as pessoas escravas livres. Presas e cegas por seus prazeres e sonhos hedonistas; elas não ficarão nesse mundo artificial somente por causa das coisas que podem fazer, mas elas ficarão por todas as coisas que podem ser...
O fim está prestes a acontecer!

Inserida por ProfessorMarcos

EXIGÊNCIAS DA VIDA MODERNA

Dizem que todos os dias você deve comer uma maçã por causa do ferro.
E uma banana pelo potássio.
E também uma laranja pela vitamina C. Uma xícara de chá verde sem açúcar para prevenir a diabetes.
Todos os dias deve-se tomar ao menos dois litros de água. E uriná-los, o que consome o dobro do tempo.
Todos os dias deve-se tomar um Yakult pelos lactobacilos (que ninguém sabe bem o que é, mas que aos bilhões, ajudam a digestão). Cada dia uma Aspirina, previne infarto. Uma taça de vinho tinto também. Uma de vinho branco estabiliza o sistema nervoso. Um copo de cerveja, para... não lembro bem para o que, mas faz bem. O benefício adicional é que se você tomar tudo isso ao mesmo tempo e tiver um derrame, nem vai perceber.
Todos os dias deve-se comer fibra. Muita, muitíssima fibra. Fibra suficiente para fazer um pulôver.
Você deve fazer entre quatro e seis refeições leves diariamente. E nunca se esqueça de mastigar pelo menos cem vezes cada garfada. Só para comer, serão cerca de cinco horas do dia...
E não esqueça de escovar os dentes depois de comer. Ou seja, você tem que escovar os dentes depois da maçã, da banana, da laranja, das seis refeições e enquanto tiver dentes, passar fio dental, massagear a gengiva, escovar a língua e bochechar com Plax. Melhor, inclusive, ampliar o banheiro e aproveitar para colocar um equipamento de som, porque entre a água, a fibra e os dentes, você vai passar ali várias horas por dia.
Há que se dormir oito horas por noite e trabalhar outras oito por dia, mais as cinco comendo são vinte e uma.
Sobram três, desde que você não pegue trânsito. As estatísticas comprovam que assistimos três horas de TV por dia. Menos você, porque todos os dias você vai caminhar ao menos meia hora (por experiência própria, após quinze minutos dê meia volta e comece a voltar, ou a meia hora vira uma).
E você deve cuidar das amizades, porque são como uma planta: devem ser regadas diariamente, o que me faz pensar em quem vai cuidar delas quando eu estiver viajando.
Deve-se estar bem informado também, lendo dois ou três jornais por dia para comparar as informações.
Ah! E o sexo! Todos os dias, tomando o cuidado de não se cair na rotina. Há que ser criativo, inovador para renovar a sedução. Isso leva tempo - e nem estou falando de sexo tântrico.
Também precisa sobrar tempo para varrer, passar, lavar roupa, pratos e espero que você não tenha um bichinho de estimação. Na minha conta são 29 horas por dia.
A única solução que me ocorre é fazer várias dessas coisas ao mesmo tempo! Por exemplo, tomar banho frio com a boca aberta, assim você toma água e escova os dentes. Chame os amigos junto com os seus pais. Beba o vinho, coma a maçã e a banana junto com a sua mulher... na sua cama.
Ainda bem que somos crescidinhos, senão ainda teria um Danoninho e se sobrarem 5 minutos, uma colherada de leite de magnésio.
Agora tenho que ir.
É o meio do dia, e depois da cerveja, do vinho e da maçã, tenho que ir ao banheiro.
E já que vou, levo um jornal... Tchau!
Viva a vida com bom humor!!!

Desconhecido

Nota: A autoria do texto é muitas vezes atribuída erroneamente a Luis Fernando Verissimo.

Cada nova geração de computadores desmoraliza as antecedentes e seus criadores.

Carlos Drummond de Andrade
ANDRADE, C. D. O Avesso das Coisas: Aforismos. Rio de Janeiro: Editora Record, 1990.

Jamais me arrependerei de nenhum bem que fiz,
Cada um dá o que tem,
Quem é inteiro jamais se entregará pela metade,
Tudo tem um preço,
O mundo tem seus valores trocados,
Mas, eu escolho não me corromper.
Sou solidez, numa sociedade líquida.

Nem submissa, nem devota!
Livre,
Linda
E louca!

Cartas

Eu sinto saudade
Da carta escrita,
Tão leve e bonita
Na simplicidade
Da intimidade
De quem escrevia…
Hoje, todavia,
É brega, passado,
Foi posta de lado
Nesta era fria…

As coisas pequenas
Perderam valor.
Moldaram o amor,
Puseram antenas
E formas obscenas
Nas coisas mais belas…
Ficaram nas telas,
O calor, a vida
A mão não sentida
Nas frases singelas…

Ah, modernidade…
Engoliste cartas,
Fizeste lagartas
Que sem qualidade
E sem humildade
Se julgam normais
(por serem iguais)
Vivendo de abraços,
Sorrisos e laços
Que são virtuais…

Vivemos numa época em que fazemos tudo de maneira mecânica. Talvez, por isso mesmo, sentimos necessidade de frequentes manutenções.

Sorria, você está sendo filmado! Esta frase é o ícone do discurso pós-moderno de que não existe mais espaço pra tristeza.

⁠Sociedade 5.0

Todavia estamos nós:
Criando nossos próprios novos nós.
Desenvolvendo-nos para frente,
Frente a medidas inconsequentes.
Vivendo num mundo quase paralelo,
Onde que o artificial se faz mais belo.
Inventando robôs imitando seres humanos,
E se pôs seres humanos vivendo como robôs.

A modernidade acabou com a nossa simplicidade, temos coragem de mandar mensagens pelas nossas Redes Sociais mas temos medo de olhar nos olhos uns dos outros e ter aquela boa e doce conversa de antes!

Eu não quero a modernidade
E todo o imediatismo que com ela chega
Não quero a modernidade
Que promove encontros superficiais
Deixando o amor lá atrás

As ondas quebram
Na brevidade da existência:
Elevam-se e se relevam
Descem e sobem
Nascem e morrem
Dissolvem-se.
Somos breves como as ondas
levados pelo mar

Em tempos de smartphones até o irrespirável silêncio do casal em crise na mesa do restaurante fica suportável.

Pior que os ruído tecnológicos trazidos pela modernidade, são os ruídos internos que não são audíveis, mas ensurdecem a alma!

É subjetivo denominar um período histórico como a exata definição de modernidade, pois é característico do ser humano estar em constante evolução, dessa maneira, a modernidade se atualiza abrangendo sempre o passado e o presente, deixando assim o futuro classificado como “reticências” em uma história que ainda está sendo escrita, podendo assim afirmar que o limite do nosso conhecimento é um horizonte finito aos olhos, mas infinito em sua plenitude, o que enchergamos é apenas uma pequena parte da concepção humana sobre o conhecimento do desenvolvimento denominado “modernidade”.

Louco, é o nome dado aqueles que fogem aos padrões considerados normais pela sociedade

Infelizmente a modernidade sem valores éticos e morais é cada vez mais egoísta, violenta e insensível.

A modernidade nunca surgirá sem ter como referência a leitura do básico

⁠O silogismo jurídico rende-se à nova dialética em um mundo de múltiplas verdades socialmente construídas. O formalismo abraça a simplicidade. O indecifrável juridiquês não mais se sustenta, incompreensível diante de comunicações líquidas. O conservadorismo é atropelado pelas constantes inovações tecnológicas, imediatismo e o estado constante de urgência. O dinheiro torna-se “cripto” e os dados cada vez mais valiosos.

O líder visionário respeita a ancestralidade, navega na modernidade e viaja na inovação.

Os antidepressivos são a eucaristia do homem moderno.

Na espúria vida através do feed
E na vacuidade das relações através dos comentários.
A sociedade embebedou a alma de vazio e cultivou afetos inexistentes através dos likes.
Esqueceu que likes, não constituem afeto, independente do algoritmo.

Algoritmo do hedonismo contínuo, incessante busca por deleite, a fim de evadir da solidão.
Numa realidade que tudo conecta, mas nada solidifica.
Gradualmente aniquila a capacidade de desfrutar, sentir e viver aquilo que é real

Seriam os “likes” o feitiço de auto contemplação como com Narciso?

Vaidosos na busca por validação, perdem o fôlego em suas timelines, e a percepção sobre si mesmo, com seus mosaicos de alegria, avesso a vida real, a vida sem filtro.

⁠Diante de tanta pressa,
diante de tanto barulho e tanta tecnologia,
Eu ainda me perco no azul do céu,
no silêncio e nos sons da natureza,
e também no voo sincronizado dos pássaros.