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Nostalgia
As luzes já não eram iguais às de outrem. Mesmo abrindo sobejamente seus olhos, estes já não brilhavam tanto. Sua luz estava à sombra dos seus medos. Seus medos já eram meus. A nostalgia também me batia à porta, dos tempos em que as sombras não assombravam tanto assim.
Manhã silente em nuvens que vagam
pelo azul do céu como a propagar
mensagens de paz e amor no horizonte
que olhos atentos conseguem divisar
No dia que nos envolve assim
nesse abraço sempre tão especial
a beleza chega em luzes e cantos
num coro de anjos como fundo musical
Vem pela suave brisa cantante
o som dos pequenos invisíveis
aos ouvidos humanos suaves murmúrios
que são captados pelos mais sensíveis
Que não passemos um dia sequer
de nossas manhãs assim vividas
sem saudar junto à bela natureza
estes momentos de luz, nossa guarida...
As luzes acesas tingem o final de domingo com cores envelhecidas.
Como naqueles retratos que nos trazem saudades...
Madrugada
é quando pedacinhos das luzes da noite que passa se misturam com as luzes do dia que chega...
Tão longe, mas ainda tão perto
As luzes acendem, a música morre
Mas você não me vê parado aqui
Eu só vim me despedir
Eis que já aponta no horizonte
a tão esperada primavera
que mesmo um tanto distante
põe no ar perfumes e quimeras
Te espero, primavera, te espero !
quero de ti um buquê de belas flores ,
sol e os passarinhos cantando boleros ,
enaltecendo todos os amores
Que as pessoas sejam mais felizes ,
recebam luzes e bençãos,
mesmo que a vida tenha deslizes,
renascerá a esperança junto à nova estação
A manhã é um encanto
que da janela se vê,
tendo ainda um ar de sonhos
e resquícios da brisa noturna,
que tenta o sol arrefecer
Atrás de uma montanha
o olhar sereno do horizonte,
pisca em luzes risonhas
e envia um novo amanhecer
Lua que nasce dos umbrais das noites,
acampando entre as estrelas na espreita do sol,
esta lua que ilumina os apaixonados extasiados,
enamorados pelo crepúsculo do arrebol.
Luzes de brilho delirante,
inebria-nos de sonhos extenuantes.
Lua dos poetas virginais,
pelos dedos altivantes das noites colossais,
dedilham a rima da vida imortal.
Luzes que se bordam na madrugada,
esta lua é o destino,
a esmola do pequenino,
e dos que vagam pelo nada.
Lua dos ávidos expiativos,
esta lua é o céu,
o amargo do mel,
e da paixão inatingível.
SOB AS LUZES DA RIBALTA
Sob as luzes da ribalta, nos afãs
dos espetáculos trágicos,
atores e artistas cênicos
aguardam para se exibir aos fãs.
A orquestra marca o compasso
bem atrás dos bastidores,
é aflição dos gladiadores
que se ataviam com embaraço.
Para não perderem a sua forma
eles se aquecem, relaxam
o plexo braquial e rezam
para não caírem da plataforma
elevada na gávea dos trapézios;
outros retraem os braços;
mascaram-se de palhaços
para se exibirem de gaudérios.
No entanto, as luzes da ribalta
que iluminaram o tablado,
ao terminar o seu reinado,
apagam-se no final e nada falta
para encerrar o triste panorama
que abruma o palco vazio.
Cessa então todo o desafio
que perfez o final de um drama.
Do seu Livro "Sua Majestade, o Circo Lírico" - 2018
Quem diria que apenas estaremos finalmente, e integralmente, aqui após as luzes dos nossos olhos, as vibrações dos nossos ouvidos, e os fins dos nossos sonhos.
Prometi que nunca mais deixaria as luzes se apagarem. E pretendo manter essa promessa. Mas não podemos ser egoístas. Pense em todas as crianças que precisam ser salvas. Agora mais do que nunca.
Fiquei então imóvel ouvindo apenas o leve tique-taque enquanto foi se fazendo escuro à minha volta e percebi que já era noite. Não me levantei para acender as luzes. Para quê? Tudo era escuro e sombrio na minha vida e não era a luz que iria clarear minha solidão.
«...descobre que a noite mostra o homem: os apelos, as luzes, as inquietações. Uma simples estrela na escuridão: uma casa isolada. Uma luz apaga-se: é uma casa que se fecha sobre o seu amor.»
"A religiosa que seguramente procura Jesus pode esperar dos anjos protetores aquelas luzes sobrenaturais que são necessárias a mente para conhecer a Sua divina vontade."
Eu vejo luzes, algumas até brilham, fico encantando com sua luz.
Outras se apagam e se perdem em seu próprio escuro.
Jan Bernardo
Pegue o cenário.
E comece o ensaio,
Ligue as luzes.
Me ature;
Juras de amor que você prometeu;
Ou era mais um teatro como o de Romeu?
Luzes no céu.
Com um leve brilho no olhar, observando as nuvens sendo rasgadas pelo vento, transformando-se em figuras.
Com o um leve brilho no olhar, o sono vem vindo aos poucos, um doce sonho no qual nunca mais irei acordar.
Um doce anjo do sono encantado, com a sua harpa de sonho a tocar, preparando um doce sonho no qual nunca irei acordar.
Surge então um novo ceu, onde o sol está dormindo, coberto pelas nuvens.
Há luzes no céu, estrelas por toda parte dançando a bela música que o vento sussurava.
a bela música que o vento sussurava era interrompida, após de longe um galo berrar.
A doce lua no céu foi embora, suas estrelas pararam de dançar.
A bela luz do sol invadiu o lugar, mas mesmo com a chegada do sol, ainda não acordarei.
O sol pode aparecer, ir embora, e a lua pode aparecer. Quantas vezes quiser.
Este aqui é um doce sonho, uma maldição de um doce anjo do sono encantado, no qual me amaldiçoou em viver dentro de um doce sonho no qual nunca irei acordar.
Você me mostra as luzes que me impedem de endurecer
Você faz elas brilharem quando estou sozinha
E então eu digo pra mim mesma que vou ser forte
E vou poder dormir e sonhar quando elas se forem
"... e tu, sol, cobre a minha canção
como manto de ouro dos teus raios
Que as tuas notas sejam luzes
límpidas, puras, claras"
Em cena, ação.
Convivo com histórias que protagonizei
Mas que não mais subirão aos palcos
Acabaram-se as sessões e só quem pagou, consumiu
E cheio de emoções se foi
Porque sou tão volátil que não me presto
Nem a ser imprestável por muito tempo
Faço o mal dizendo o bem
E me dispo inteiro para caber em uma peça
Afim de poder escrevê-la
Descobrindo quem fui
Enterrando o que senti
Desenhando quem sou
Já fiz, já revivi,
Guardo os pôsteres das exibições
Não me considero culpado
E também não sinto a dor do remorso
Já que sou mero ator das minhas vontades,
Das minhas repentinas e fluídas fases
Muito embora não as busco repetir
Agora quero o agora, quero ouvir aplausos que nunca soaram antes e dispensar os cochichos de reprovação
Quero adiante até quê
Um pouco depois de fecharem as cortinas e acenderem as luzes
Esteja eu novamente livre...
de volta pra mim.