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Vinho e água
Ouvi uma história, não sei
o quanto ela é real ou inventada,
porque a vida é assim: do que o outro acha que percebeu,
do que realmente aconteceu,
ao que penso que entendi.
Mas, o fato é que, a menina
desde pequena perdeu-se em agradar
e se perdendo em doar,
para se anestesiar quando mulher,
de tempo em tempo,
para mais agradar e agradar ao relacionar, fugia para se transformar naquela que achava forte.
Num dia de vinho o poeta sem poetizar foi categórico em observar: que naquilo ela não podia mais se agarrar.
Temendo a realidade e com esperança no futuro
com a água se purificou,
da busca por si se afirmou
e, do vinho à água se transformou.
Não se aventure em tentar entender o coração, todas as vezes que tentar entendê-lo, mais irá descobrir que será uma luta em vão para refreá-lo de suas abruptas pretensões. O certo é, que por muitas vezes, ele prefere sofrer, escolhe o incerto, à certeza e a lucidez do correto para seu bem-estar.
Embriagava minha Lucidez para anestesiar minha alma,
Tropeçava dentro de mim em passos firmes de tristeza,
Desfilava passos largos de sorriso frouxo atrapalhado,
Enganava não só os outros, mas a mim todos os dias.
Vivia como se fosse fácil viver,
Perdendo tempo de copo em copo,
De vida em vida,
Deixando tudo que eu tinha de bom para traz,
Me tornando alguém cada vez mais vazio do que é bom,
Estragando vidas, empurrando a minha com a barriga,
Sem ambição de progresso,
Implorando por amor.
Vazia e no silêncio seguia,
Até que um dia encontrei a luz do meu Senhor.
A mágoa faz com que nos percamos em nós mesmos.
Quando perdemos a serenidade, a lucidez, a capacidade de olhar para o outro como olhamos a nós mesmos, seres errantes.
Não, permanecermos magoados antes de ser a punição do outro é punição para nós mesmos.
A capacidade do outro de nos fazer bem não equivale a nossa capacidade de amá-lo, se fosse assim então não é de amor que estamos falando.
Se não houver o perdão, pais não amarão seus filhos, e os filhos tão pouco os pais, assim como toda a família. Amizade seria algo extinto, civilização não existiria.
Que nossos "ofensores" se arrependam de suas "ofensas", mas, que saibamos desfrutar dos benefícios do perdão!
Pseudo-Lucidez
Luto por minha sanidade,
em meio a loucura e a realidade
Busco algo mais que a verdade,
Algo mais real que a realidade,
Diga-me o que sente!
oh coração que choras doente,
Diga-me a verdade!
e poderemos vencer a dificuldade.
Meu coração mente,
Meu coração esconde o que sente,
O medo toma conta
e o caos é iminente,
Não posso controlar
Não consigo me acalmar
qualquer pesadelo
é o suficiente para o desespero
Por um momento breve,
encontro minha lucidez,
graças a bela garota,
bela apesar da sua palidez,
Ela sorri,
E eu choro,
Ela me chama,
E eu a sigo,
Como uma só alma,
ela era minha lucidez,
Ela trazia consigo,
algo mais forte que minha rigidez,
Com um só sorriso ela me encantou,
Como em um conto de fadas,
Por um breve momento o "para sempre" durou
mas ela tinha que partir
E desde então eu a espero,
a espero para provar novamente,
todos os sonho que passou por minha mente,
para curar tudo que me deixa-a doente....
“Quando um homem na sua lucidez passa a duvidar do outro revela o quando é incapaz de perceber a verdade alheia. “
Só há alegria no bem que se faz e na justa atitude conforme a consciência; o resto é ilusão, é tristeza travestida de satisfação, que se esvai no primeiro vento de lucidez para a verdade.
Ode ao Corvo
Ao mestre Edgar Allan Poe
"Ó Senhor Mistério que comigo agora estás,
Levanta-te desta poltrona, amigo,
Nunca, jamais, te esqueças do que digo,
Oculta de minha mente meus sonhos infernais,
Nunca me faças padecer na dor, de ter
Aqui comigo, esses tormentos tais...
Olhes ao fundo da taça que te ofereço,
Bebas, pois este é o sangue dos imortais,
É chegada a hora de inundar a garganta e,
Lubrificar estas cordas vocais
Para o canto do ilustre corvo de Poe...
És tu, amigo, este pássaro que choras
Nos espaços dos meus umbrais,
Pela musa Lenora que se foi...
Conheço a tua saudade esmagadora,
Já me perdi na vida de aventuras,
Fui ferido pela musa da Ternura,
Cantei somente uma vez e nada mais...
Olhes atentamente o retrato que te incomoda...
Vês nele as minhas digitais?
Pois bem! Estimado companheiro,
Já amei o teu amor, não amo mais...
Este coração que guardo no peito
Foi tomado por forças tais,
De um escorpião de tamanho feito
Que me enlaçou de tal jeito
Fazendo-me um dos seus amores mortais...
Minha alma, hoje, clama a força,
Ó ave feia e escura que aqui estás,
Tu, somente tu criatura noturna,
Ouviste este canto desabafo declarante.
Costure neste bico a tua língua delirante
Para que a tua voz nunca mais,
Ouse explanar essas fraquezas fatais...
Entreguei-me a filha de Novembro,
Àquela bela cujos cachos negros,
Enfatizei, nos meus sonhos perfeitos,
Deixando-me domar pelos desejos materiais!...
Ó pássaro das escuras
A lucidez está a me esperar...
Adeus senhor das plumas,
Espero ver-te nunca mais."
Por Carlos Conrado
Extraído do livro Poesia Condenada - 2006.
Era tarde do dia quando a lucidez retornou pra casa e bateu a porta em uma das caras da Sra. Falsidade.
Por qual motivo silenciamos mentes inquietas? Ora, o caos tem mais a contribuir em uma mente preparada para metralhar o papel e externar suas ideias que a paz. Lucidez é caos, paz é sedativo.
Em raros momentos de lucidez eu observo o que devo corrigir em mim mesmo,
mas logo a hipocrisia bate à porta com o seu poder hipnótico e novamente cega os meus olhos, tapa os meus ouvidos e amordaça a minha boca.
É certo que sim
Certas pessoas me fazem rimar.
Certas pessoas acabam com a minha lucidez.
Certas circunstâncias me fazem perceber que certas pessoas são erradas.
Certamente, não sou totalmente certo.
Certas pessoas deram um tiro certeiro no meu coração.
Com toda certeza estou sofrendo dos sintomas da paixão.
Estou aqui pensando... Até q ponto sou lúcida... até q ponto sou louca... E no meu devaneio, percebi q p ser uma pessoa equilibrada, tenho q estar exatamente na coluna do meio... no ponto central... Tudo acontece como na brincadeira do cabo de guerra... A vida vai puxando de um lado e eu na outra ponta tentando me equilibrar. Sou um emaranhado de opostos q se cruzam em algum ponto. Exatamente onde está a minha lucidez.
Aquilo que se procura com lucidez dificilmente é mais assustador do que aquilo que sequer se teve a chance de pensar em ou optar por perquirir.
Quando me chamaram de louco eu sorri, e lamentei que muitos ainda estivessem aprisionados pela lucidez.
O que você tem na sua vida HOJE que te proporciona lucidez?
Você tem ludicez nos seus pensamentos e sentimentos?
Muitas pessoas adoecem por falta de ludicez na vida! Cuide-se para obter uma qualidade de vida consciente e lúcida.
ATENÇÃO: Se encontrar dificuldade nesse processo, busque uma ajuda profissional psicológica.
PREFIRA A LUCIDEZ, SERIEDADE E A PACIÊNCIA!
-> A lucidez nos incomoda, porque ela nos permite ver, sentir e intervir positivamente sobre o rumo das coisas. Preferimos andar bêbados para aliviar a dor e fazer de conta de que tudo nos vai bem, mas não tarda até o efeito do álcool acabar para depois embebedarmo-nos novamente.
-> Parece que as coisas sérias também nos incomodam. Preferimos começar pelas “piadas”, com as devidas aspas, uma atrás da outra, adiando sempre as coisas sérias. Quando despertamos, já é tarde demais e não se consegue controlar o caos a que estamos metidos!
-> Queremos tudo para hoje, aqui e agora! A pressa é inimiga da perfeição. A pressa não nos vai deixar ver detalhes mínimos, mas determinantes para a nossa aprendizagem. A pressa só vai nos colocar num ciclo vicioso de erros.
Nas viagens de avião, nos avisos sempre nos lembram que no caso de uma emergência que temos que colocar primeiro as máscaras de ar em nós mesmos e depois em quem estiver do nosso lado, que seja uma criança indefesa ou uma pessoa incapacitada. Parece egoísmo, mas não é: assim como dentro de um avião em dificuldades, na vida, no dia a dia, temos que tentar ficar lúcidos e fortes o suficiente para ajudar os mais fracos que nós ou aqueles que simplesmente precisam. Se pensar somente nos outros vai fenecer antes deles e não poderá ajudar em nada. No avião e na vida.
