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Amigo e inimigo são como o yin e o yang: precisamos dos dois. Uma árvore cresce para baixo e para cima. Para baixo, cria raízes, que se desenvolvem nas trevas, mas sem as quais a árvore não teria forças nem estrutura para manter-se de pé. Os inimigos são as raízes e os amigos, os ramos que a fazem florescer.
Não se enganem com as verdades recebidas dos sábios, pois são os loucos que nos fazem refletir de verdade
Prá mim, é quase um malabarismo manter a lucidez
que é tão imprescindivel na vida...
☆Haredita Angel
Fora da sua lucidez algumas pessoas necessitam de emoções muito além do normal, uma simples realidade não convence aqueles que são acostumados a viajar para outras dimensões.
LUCIDO E CONFUSO
Quero expressar oque está em meu coração, não me importo com os erros de português, ou com as rimas pra formar versos que soem atraentes, estou triste e ainda que grite quem me ouvirá, estou só em meio a uma multidão onde todos correm para lados opostos formando diagramas que não se completam, uma verdadeira babel dos tempos modernos.
Busco razões para ainda não colhermos os bons frutos da terra, se tudo faz parte da lei da semeadura porque ainda saboreamos frutos amargos, ó senzalas multirraciais que corrompem os corpos e desfalecem a alma, carrascos que açoitam o pobre, senhores feudais que desonram seus servos, corruptos de mentes insanas. Como ama-los?
Ouça-me, mesmo que eu murmure as palavras, ouça e entenda, não me importo com as cores do batom, ou com o delineador para destacar os olhos, e muito menos com os pequenos detalhes de unhas pintadas, pra que maquiar a vida, porque não vive-la ó vida, amo sim o singelo de coração, o puro, o simples, desprezo o complexo mais amo o poético, e mergulho em um mosaico de sentimentos, e grito ó liberdade.
As vezes é necessário morrer para que outros possam viver, morrer para nossas vaidades, para os nossos desejos, e sepultar sonhos individuais para que se possa construir uma vida fundamentada em realidades, com ações que façam corações disparar, com atitudes que estarão estampadas nas placas de bronze da eternidade.
Pelo que serei lembrado, sei que não posso esperar como o louco e sábio "que com a boca escancarada cheia de dentes esperava a morte chegar", quanta ingratidão por uma vida que nos ensina, a amar, viver e esquecer, confesso estar lucido e confuso.
Só há alegria no bem que se faz e na justa atitude conforme a consciência; o resto é ilusão, é tristeza travestida de satisfação, que se esvai no primeiro vento de lucidez para a verdade.
Estou cativo.
Vivem a minha vida,
não a vivo eu.
Deambulo num mundo de títeres.
Linhas quase visíveis manipulam
o meu devir.
Sinto prazeres que não são meus,
tenho vontades artificiais
inoculadas nos meus sentidos.
Meu pouco por cento de lucidez juvenil
se esvai com o vento inexorável dos anos.
Neves de outono prateiam meus cabelos
enquanto o bridão do destino
já não incomoda tanto minhas gengivas.
Fui um deus
com minha ousadia,
com meus sonhos,
com a minha liberdade.
Sou agora
apenas um pobre diabo.
Não vale a pena insistir em esfregar evidências na cara de um cego que nunca perdeu a visão, mas tampouco tem qualquer lucidez.
Perda Dolorosa
Retalhos das minhas lembranças estão por todo canto
Num desespero da alma que tenta ajuntar os poucos
Momentos de lucidez
Revisito minhas lembranças pra ver se te encontro
Ao menos nelas ou talvez
Resgate um gesto teu não acenado.
Por medo da minha impetuosidade.
Tinha de ter sido menos intensa
Com maior zelo da minha fala
E não ter extravasado o meu amor
Que liquidifica todo o esplendor
Da descoberta
Ah! Oferecida em demasia
Não podia
Ter entornado o meu coração nos meus recados
De amor pra ti.
Por ter sido sincera, tornei-me leviana.
Por ser afoita assassinei a esperança
E fiz lances tresloucados, ousados
E no fim
Perdi.
E aqui estamos nós ... tentando ficar lúcida em meio à embriaguez de um mundo em que as pessoas q mentem... enganam... roubam... estão posando para fotos felizes ...
Vivendo na mentira ...
E eu... sobrevivendo .
Ode ao Corvo
Ao mestre Edgar Allan Poe
"Ó Senhor Mistério que comigo agora estás,
Levanta-te desta poltrona, amigo,
Nunca, jamais, te esqueças do que digo,
Oculta de minha mente meus sonhos infernais,
Nunca me faças padecer na dor, de ter
Aqui comigo, esses tormentos tais...
Olhes ao fundo da taça que te ofereço,
Bebas, pois este é o sangue dos imortais,
É chegada a hora de inundar a garganta e,
Lubrificar estas cordas vocais
Para o canto do ilustre corvo de Poe...
És tu, amigo, este pássaro que choras
Nos espaços dos meus umbrais,
Pela musa Lenora que se foi...
Conheço a tua saudade esmagadora,
Já me perdi na vida de aventuras,
Fui ferido pela musa da Ternura,
Cantei somente uma vez e nada mais...
Olhes atentamente o retrato que te incomoda...
Vês nele as minhas digitais?
Pois bem! Estimado companheiro,
Já amei o teu amor, não amo mais...
Este coração que guardo no peito
Foi tomado por forças tais,
De um escorpião de tamanho feito
Que me enlaçou de tal jeito
Fazendo-me um dos seus amores mortais...
Minha alma, hoje, clama a força,
Ó ave feia e escura que aqui estás,
Tu, somente tu criatura noturna,
Ouviste este canto desabafo declarante.
Costure neste bico a tua língua delirante
Para que a tua voz nunca mais,
Ouse explanar essas fraquezas fatais...
Entreguei-me a filha de Novembro,
Àquela bela cujos cachos negros,
Enfatizei, nos meus sonhos perfeitos,
Deixando-me domar pelos desejos materiais!...
Ó pássaro das escuras
A lucidez está a me esperar...
Adeus senhor das plumas,
Espero ver-te nunca mais."
Por Carlos Conrado
Extraído do livro Poesia Condenada - 2006.
Vez por outra, me vejo tendo que parar para ouvir malucos. E não é que acabo percebendo monte de lucidez nos caras... Que loucura!
Me intitularam como alguém com déficit de lucidez, pensei em dizer que no meu universo há diferenças necessárias, essas diferenças são responsáveis pela nossa evolução intelectual. De fato eu não tenho capacidade em julgar algo tão complexo como o desenvolvimento a partir de condições aleatórias relevantes, mas convenhamos que é algo tão irrelevante falar de lucidez quando nem sabemos quem de fato somos. Há tantas dúvidas que procuramos tentar solucioná-las, muitas vezes recorremos ao que nos dizem, a algo inquestionável, mas poxa vida, somos tão subestimados a ponto de não enxergar que há possibilidades muito além das que nos dizem?
Estou aqui pensando... Até q ponto sou lúcida... até q ponto sou louca... E no meu devaneio, percebi q p ser uma pessoa equilibrada, tenho q estar exatamente na coluna do meio... no ponto central... Tudo acontece como na brincadeira do cabo de guerra... A vida vai puxando de um lado e eu na outra ponta tentando me equilibrar. Sou um emaranhado de opostos q se cruzam em algum ponto. Exatamente onde está a minha lucidez.
