Tag lamentação
A impossibilidade de retorno ao passado para corrigirmos erros que nos assombram no presente, nos sugere atenção aos pequenos, porém decisivos detalhes da vida.
Aquilo que não se pode mudar e nem se evitar não precisa ser lamentado. A vida segue o curso de uma odisseia, queira-nos ou não. A lamentação nada materializa, além da dor e sofrimento do ser que se martiriza.
Reflexões Sobre o Desabafo
(crônica)
É comum — quase corriqueiro — encontrar alguém que, no intervalo do café ou numa conversa despretensiosa, deixa escapar o peso dos próprios dias.
Despejam, sem cerimônia, as frustrações que apertam o peito:
o trabalho que exige demais,
a casa que nunca está em ordem,
o marido bagunceiro, ranzinza, pão-duro,
os filhos que não colaboram, que não estudam, que vivem grudados ao celular.
Falam dos pets que dão mais trabalho que companhia,
dos negócios que andam tropeçando,
dos sonhos adiados que já nem sabem se ainda são seus.
E a gente escuta — porque também precisa ser ouvido.
Porque falar parece aliviar.
Desabafar parece resolver.
Como se o simples ato de partilhar fosse suficiente para reorganizar o caos.
Mas será que estamos mesmo lidando com os problemas… ou apenas empurrando-os para fora, esperando que o outro nos ajude a carregá-los?
Será que desabafar, sempre, não vira um atalho para fugir de nós mesmos?
E se, em vez de apenas falar, a gente aprendesse a escutar… mas escutar a si.
Se olhássemos com mais cuidado para o que está dentro, onde os verdadeiros incômodos fazem morada?
Talvez, então, estivéssemos dando um passo além da queixa — rumo ao amadurecimento.
Porque crescer dói.
Dói encarar que, às vezes, o que mais nos irrita no outro é o reflexo do que não curamos em nós.
Dói perceber que não temos controle sobre tudo, nem todos — mas temos escolhas.
E, entre criticar ou ser exemplo, o segundo costuma ecoar mais fundo.
É preciso parar.
Nem que seja por um instante.
Um gole de silêncio entre as falas.
Um olhar mais suave sobre o mundo.
Uma escuta mais atenta para quem somos — e para quem estão ao nosso lado.
Pergunte-se:
O que me afeta, realmente?
Cabe a mim mudar algo?
Isso fala de mim ou do outro?
Onde está o meu papel nessa história?
Talvez a gente descubra que a vida não é sobre estar certo, mas sobre estar presente.
E que ninguém é perfeito — nem precisa ser.
Mas todos temos a chance de sermos mais gentis, mais compreensivos, mais inteiros.
Com o outro.
E, principalmente, com nós mesmos.
A salvação é gratuita; O rico não pode se exaltar pela exclusividade de ter e nem o pobre pode se lamentar por não receber.
CARTA ABERTA AOS QUE ESTÃO A SE LAMENTAR
Tenho pena daqueles que passam pela vida sem se divertir; daqueles que estão sempre muito ocupados para perceberem a beleza de um céu estrelado; daqueles que acordam de mau humor, permanecem assim o dia inteiro e quando vão dormir ainda estão lamentando que nada deu certo para eles.
Tenho pena daqueles que desconhecem a beleza de fazer novos amigos; daqueles que nunca olham para os lados quando estão dentro da condução, e perdem todas as oportunidades de conhecer alguém interessante, quiçá um grande amor; tenho pena daqueles que nunca desejaram ter um cachorro, por causa do trabalho que ele daria: são pessoas que nunca se entregaram por inteiro numa relação, e jamais saberão o quanto é divertido brincar.
Tenho pena daqueles que não sabem esquecer, pois esses também nunca perdoam; tenho pena daqueles que desconfiam até da própria sombra: são pessoas que julgam os outros por si mesmo; daqueles que se ocupam em cultivar pequenos problemas até que eles cresçam e se transformem em grandes empecilhos para sua própria felicidade.
Sim, eu creio no poder da cura e do perdão, e não entendo a vida como uma ferida aberta: prefiro a diversão. Creio que há sempre um jeito novo de seguir em frente, de fazer diferente e da maneira correta.
Sou daqueles que creem que bem-estar não depende da conjuntura política do país, de quão confortável estou no momento, tampouco de quanto recebo no final do mês, mas sim da maneira como encaro a vida e os problemas que surgem. Otimismo é fundamental, sem ele não há como ter esperança num futuro melhor para mim, que dirá para a humanidade.
Procuro não me levar a sério demais, pois assim acabaria me achando melhor do que eu realmente sou; mas me valorizo o suficiente para nunca esquecer que mereço ser feliz.
O passado é um bom professor, mas não quero recordar o tempo inteiro, prefiro viver o presente. E se há algo de que me arrependo na vida, não é o que fiz de errado, mas o que nunca tentei fazer por um ridículo medo de errar. Aprendi com meus erros mas continuo praticando alguns deles, enquanto isso for divertido.
Sim, eu creio no poder do sorriso, e creio também que o acaso é quando Deus tem rompantes de timidez. Não me preocupo à toa, apenas sigo vivendo, procurando fazer o melhor e da maneira mais divertida possível. Sei que ainda vou errar muitas vezes, e outras tantas, até aprender. Mas não me importo: a vida é excelente professora e eu não tenho nenhuma pressa em me formar, prefiro ser um eterno aprendiz.
Por tudo isso, digo a você: não se lamente nem complique o que é tão simples. Faça da sua vida um grande barato, divirta-se, e seja muito feliz.
Se não percebermos, por causa da tristeza, que quando uma porta se fecha outra se abre, permaneceremos de costas ao novo, olhando e lamentado o que passou.
A Deus nós tributamos a nossa gratidão, os nossos louvores e súplicas. O inimigo é quem ouve as lamurias e lamentações e, quanto mais reclamamos pior fica, pela lógica do que aquilo está ruim, pode sim, piorar.
Estou prestes a me afundar,
E não queira está perto quando a bomba estourar.
O ódio inflama, atormenta, bondade não aguenta,
E vaza, antes que essa merda se alastra.
Eu não nasci pra sofrer e nem você,
Mais te ver e não te tocar está me fazendo enlouquecer.
Desculpas não adiantam, erros não se justificam,
Tudo que e nosso volta, trazendo um novo inicio.
Demorei pra acordar mais tô aqui,
Não sei por quanto tempo,
mais enquanto eu puder resistir.
Me falta forças, me falta o ar,
Sinto que sem você não preciso respirar.
Eu gosto de viver, gosto de você.
Mas dizem que a morte e o começo tô começando a crer.
Mal não quero te desejar, cê e linda meu amor,
E está aqui, me faz senti que isso não acabou.
Escrevo esse refrão, garganta e seca e tremula,
resumindo tudo, ainda te amo pequena.
Pensamento do dia:
Imagina-te com a idade de 50 anos, imagina-te um preso político, imagina que foste condenado a passar 20 anos enclausurado numa cela completamente fechada com quatro metros quadrados, a mesma possui apenas 3 buracos, um para te servirem as refeições e 2 para colocares os braços de fora e seres algemado enquanto és alimentado, pela noite, poderás solicitar ainda, ficar de pé junto dos 3 buracos (para que possas usufruir de ar fresco junto ao buraco por onde te alimentas) durante as horas que pretenderes, para isso no entanto terás que ser algemado pelo lado de fora. Face a esta situação quais são as tuas probabilidades de seres feliz? Aparentemente são nulas, aos olhos do comum dos mortais certo? Pois é, nestes momentos o ser humano desenvolve habilidades que nunca pensou que estivessem ao seu alcance parecendo ao mesmo tempo tão distantes mas que na realidade estão ali tão perto, ou seja, na sua própria mente. Efectivamente, as soluções na maior parte das vezes encontram-se dentro de nós. Perante uma sentença deste género e perante a injustiça de seres condenado por total ausência de liberdade e pelo facto de defenderes a tua ideologia política, está na tua mente optares por ser feliz com o que o destino te traçou, ou, por outro lado viveres na lamentação para o resto da tua vida. O exemplo que pretendo demonstrar vai um pouco ao encontro da velha máxima, "Existem homens presos em liberdade e existem homens em liberdade que estão presos". Nelson Mandela, terá com certeza e com recurso à sua própria mente utilizado este estratagema para enfrentar com mais amor o período caracterizado pela sua detenção.
Atitudes positivas tornam a vida melhor! Cada uma das pessoas com quem convivemos, certamente, está travando algum tipo de batalha na vida, Com menor ou maior dificuldade para vencê-la. Viver com simplicidade e amar com generosidade é pedir para ser cuidado intensamente. A gentileza faz-nos crescer. É a nossa força, sem lamentação; é agradecer pelo que somos e pelo que temos – que é muito mais do que muitos receberam.
Não lamente pelo tempo perdido com a pessoa errada, lamente pelo tempo que está perdendo com a pessoa certa ao se lamentar pela errada.
Quando olhamos a vida sem lamúria e lamentação, compreendemos que somente o fato de existirmos, já é privilégio. Isto nos dá novo ânimo para mudar o que não é bom em nós, e seguir a viagem. Aqui é só passagem.
Não lamente as oportunidades perdidas. Aceite que foram perdidas e buque novas oportunidades. Lamentação atrai desânimo. Aceitação atrai recomeço.
Quando me deparei, vi meu chão caindo, tudo desmoronando, e
aquela felicidade se esvaindo em prol do meu pranto.
Não sinta pena de mim, pois se você me conhecesse de verdade, sentiria pena de si própria por ter perdido a oportunidade de ter meu amor, minha atenção e dedicação!
Ganhos envolvem perdas.
Perdas envolvem ganhos.
Não lamente
Não comemore
Observe
Preserve
A tua serenidade
