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A dor que mais me dói é a incompreensão daqueles que não a sente.
As demais dores o tempo trata de nos fazer conviver com ela.
A incompreensão de nossos valores inibe generosamente os sopros de satisfação e felicidade que nos rodeiam.
Começava a compreender por que sempre se sentiu deslocada da sociedade humana terráquea, que lhe parecia possuir comportamentos ilógicos e intrincados, tão difíceis de aceitar. Sentia solidão por ser incompreendida.
As folhas caem, o vento sopra e o mundo gira...
Mas por que esse sentimento continua?
Uma leve tristeza de se sentir incompreendido, uma pequena esperança de mudança...
E então, as folhas caem, o vento sopra e o mundo gira.
Mesmo estando presente diariamente a vontade de estar ausente é maior.
Incompreensão interior com o seu próprio espírito.
Não saber do que realmente se trata o próprio eu e ter que conviver com isso diariamente é dolorido.
Sentimos muito todas as vezes que nos deparamos com isso.
Querer estar longe para se conectar com o você mesmo.
Belo é este estado absoluto de incompreensão consciente ao que somente a inebriante performance dos grandes talentos pode nos conduzir.
Tão acostumada com pessoas incompreensíveis que, quando alguém me compreende, chega a ser assustador.
Nem o melhor pensador da melhor geração de intelectuais poderia entender o mais simples dos meus pensamentos incompreendidos.
Hoje agradeço-te. A ti, à tua dureza, à tua frieza, à tua incompreensão e indiferença.
Hoje, não sei, francamente, o que sinto. É uma mistura de sentimentos.
Mas, sei que, não te quereria de volta. Desejo-te, o melhor, mas só isso. Longe.
INCOMPREENSÃO
Para aqueles que não possuem
Critérios mínimos de Educação
O Diálogo Inteligente
Soa como Palavrões.
Muitas vezes, a coragem das mulheres fortes origina-se na dor da incompreensão a que são submetidas.
A incompreensão é uma arma contaminada, que quando não mata pela ação direta, mata pela infecção, pois desconstrói toda uma relação.
O passado clama por ser compreendido, o presente sente a incompreensão e o futuro só se compõe pela assimilação de ambas.
Tem umas sensações que me acometem
Que me remetem ao outro lado
Não sei se devo ir de encontro a elas
Ou se deixo que me possuam
Aí, vou ficando assim meio estática
Meio extasiada ante minha incompreensão.
(Sensações, 2011)
Nella città II - Meu véu
Todos dizem ter a verdade, como se fosse um objeto que se guarda no bolso, ou algo a ser fatiado, repartido em porções individuais: este pedaço é meu, aquele é seu. Mas a verdade... a verdade não se deixa possuir. Ela apenas é. Está lá — livre e inteira — mesmo quando ninguém a vê.
Eu a sinto, às vezes, num instante que passa, incapturável pela compreensão. Ela não se deixa ressignificar. Não cabe em palavras, não se curva à vontade alheia. É. Como a luz que atravessa uma janela, mesmo quando o vidro está empoeirado. O que vejo... é sempre manchado pelo que sou.
Mas o erro — o erro é pensar que a verdade é minha só porque a vi. Não é. Ela não é minha, não é tua, não é de ninguém. É só dela. Minha é a percepção. E percebo com mãos trêmulas, com olhos que mentem, com o silêncio do que ainda não entendi.
Na penumbra da noite, onde os suspiros ecoam e os corações revelam seus segredos mais profundos, há uma história singular de amor e desconexão... Era uma vez um filho cujo coração era um labirinto de emoções contraditórias, um intricado emaranhado de amor e desafios.
Ele amava sua mãe, não por escolha, mas por destino. Nos laços intrínsecos que os uniam, nas memórias entrelaçadas de sua infância, ele encontrava o calor reconfortante do amor maternal. As noites em que ela o embalava com histórias de encanto, os dias em que suas palavras eram bálsamo para as dores infantis, tudo isso tecia os fios invisíveis do amor.
Contudo, em meio às sombras dos anos, cresceram as distâncias. Os caminhos da vida os levaram por trilhas distintas, onde as pedras da incompreensão se erguiam como muralhas entre eles. Os dias se transformaram em anos, e o entendimento se perdeu nas entrelinhas do tempo.
Ele amava sua mãe, mas não gostava dela. Nas complexidades da relação, encontrava-se um enigma de sentimentos que desafiava a lógica do coração humano. Pois, enquanto o amor fluía como um rio infindável, a simpatia tropeçava nas pedras da discordância.
E assim, na tapeçaria da vida, eles teciam uma história de amor imperfeito, onde os fios do afeto se entrelaçavam com os nós da discordância. Mas, apesar das sombras que pairavam sobre suas relações, havia luz nos recantos mais profundos de seus corações, uma luz que brilhava com a esperança de entendimento, de perdão e de aceitação mútua.
Pois no coração humano, mesmo nas sombras mais densas, há sempre espaço para o amor, mesmo quando o gostar se torna um desafio. E na jornada da vida, talvez seja nessa imperfeição que residam os laços mais verdadeiros e profundos, onde o amor, mesmo confrontado com a discordância, encontra seu lugar para florescer.
Incompreensão é algo que se come cru, tem gosto amargo, revira o estomago, dá enjoo, e, depois, precisa ser ressignificado.
