Coleção pessoal de susana_schlemper

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⁠Tem umas sensações que me acometem
Que me remetem ao outro lado
Não sei se devo ir de encontro a elas
Ou se deixo que me possuam
Aí, vou ficando assim meio estática
Meio extasiada ante minha incompreensão.

(Sensações, 2011)

⁠Venho tentando incessantemente encontrar tais azuis. Em vão. Cultivei espécimes raros, misturei ingredientes impensáveis e nada.

⁠Eu nunca soube exatamente que flor é a flor-de-lis.
Não que isso tivesse alguma importância. Mas poderia ter tido, se eu tivesse sabido.

⁠Agora quero continuar escrevendo e não consigo.
Um elefante passou por cima de minha inspiração.
(A hora e a vez)

⁠Sou da geração do medo, porque as pessoas sumiam, os nossos professores e amigos sumiam. (Sarau Eletrônico)

Não se trata de se respeitar pensamentos diversos, mas da própria sobrevivência do que de humano há em nós.
Qual a importância de quem não dialoga com o mundo?

Manifesto, 2020

Permanecemos ali a vê-la ir passando sobre nós, ir-se indo para longe, para lá distante, onde havia a cidade, sacudindo seu imenso corpo com grande rumorejo, muitos relâmpagos, arfar de ventos e abundância de chuva.

(Russland 4: O ninho das trovoadas, 2016)

Trovoadas são assim: nascem, crescem, passam e se vão, e houve um momento em que aquela também se foi, e apenas uns respingos e uns troares ainda vinham da sua cauda fustigante que se afastava, mas não perdi um momento sequer da sua passagem e ida.

(Russland 4: O ninho das trovoadas, 2016)

A ternura ficou grande demais dentro do peito, e então o semeador chorou de tanta beleza!

(O semeador e a semente, 2016)

Os tempos mudaram, as pessoas mudaram, a sociedade mudou. Eu, pessoalmente, acho que tudo mudou para melhor - vivemos, desde lá, grandes mudanças, a partir da filosofia que veio com o movimento hippie. Acho que hoje somos menos preconceituosos, menos hipócritas, menos preocupados com a opinião dos vizinhos.

(Roupa de missa, 1998)

Não sou bióloga; portanto, não sei bem como funciona a vida das capivaras.

(Sobrevivência, 2009)

Blumenau, agora, é o norte.

(2016)

Ah! Mas esta é aquela menina que anda em pé na bicicleta!

(Encontro com a infância, 2006)

- Por que teve que haver esta guerra?

(No tempo das tangerinas, 2008)

... tem-se a experiência da convivência com muitíssimas pessoas e/ou grupos de pessoas que, diante das exigências do Capital, resistem com muita força às suas exigências, o que faz com que sintamos esperança em que já não poderia haver. Talvez ainda seja possível salvar a Vida.

(Tese, 2014)

Se o amor morrer é porque amor não era, mas uma semente fanada, que não teria a graça da reprodução.

(Ar Polar, 2013)

Ah! Menino, agora pulaste do meu coração para o meu colo – o que é que eu faço contigo?

(O menino de Porto Alegre, 2009).

Ter ido de surpresa em surpresa ao descobrir a degradação que pode haver no ser humano que, movido pelo Capital, conspurca os mais lindos sonhos que a humanidade já viveu ou vive sobre a conservação da vida sobre o planeta Terra, também leva à degradação dos sonhos a respeito de quem os possui.

(Tese de Doutoramento, 2014)

Sonho em um mundo melhor, sonho de fazer com que alguma coisa, algum ser, alguma população, algum estado de coisas melhorasse neste ou em algum planeta, uma vez que pode haver um planeta ou um universo dentro de cada ser e cada ser tem de estar e/ou viver sobre um planeta.

(Tese de Doutoramento, 2014)

O amor pode até ficar quieto, dormitando indefinidamente como as sementes dormem no inverno, mas como as sementes que gerarão outras e outras, ele sempre irá se reproduzir e somar – jamais morre.
(Ar Polar, 2013)