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A originalidade nada é senão sensata imitação. Os escritores mais originais tomam emprestado uns dos outros. As ideias que encontramos nos livros são como fogo. Arrancamo-lo da casa dos vizinhos, alimentamo-lo em nossa casa, transmitimo-lo a outros, e ele passa a pertencer a todos.
Muitos são bons em não fazer nada certo. Isso porque passam a vida toda se comparando e imitando os outros.
Reciprocidade é uma forma elegante para disfarçar a reprodução da imitação, o reflexo.
Portanto, não seja refletor, seja você !
A alegria da história se contrapõe ao mero resgate,
Pois alegria não se replica, se cria — com amor e cuidado.
A alegria da história se contrapõe à imitação,
Pois uma máscara não traz de volta a forma original, mas cria uma nova.
Conceber a imitação como verdade é acreditar
Que uma nova vida pode substituir a que foi.
Mas vida e alegria são preciosidades do tempo,
Nem o espaço-tempo consegue recriar.
Se o fizesse, seria uma lembrança regravada,
Que, como fuga, teme uma falha, um erro brusco que cometeu.
Assim, deve viver e o cuidado ser o guia, pois, na pausa do desânimo, pode-se perder
Algo belo como a vida: um simples sopro que dá fim a uma era que se foi.
O manipulador manipula.
Mas pior que ele é o imitador; porque reproduz uma crueldade que não entende como cruel, faz o mal sem nem saber.
Importa também que te faças surdo a muitas coisas, cuidando antes do que serve à tua paz.
Mais útil é desviares os olhos do que não te agrada e deixares a cada um seu parecer, do que entrares em discussões.
Como flores de plástico, bonitas por fora e sem vida por dentro, muitos estão assim neste lugar.
Vivendo de ilusão, mera imitação que não levará a nenhum lugar.
Quis me fazer um poeta!
Citei frases, promovi rimas e estrofes, e nas junções silábicas, formei palavras em forma de prosa e versos.
...e compreendi, sou apenas um recitador dos poetas.
PLASMA
Quando eu era criança, um homem fracassado possuía um sentimento de decadência, de tédio, de desilusão e melancolia. Por isso enxergava uma inutilidade e uma futilidade na sua existência, então se resignava em casa, se deprimia numa batalha interna entre a resiliência e a desistência ou adotava um comportamento boêmio no estilo "mal do século" de Chateaubriand, até encontrar a fé em Deus e se erguer. Infelizmente, muitos se suicidavam e não tinham o divino despertar.
Hoje, o homem frágil e sem êxito na sua vida pessoal, não tem humildade de aceitar a sua decadência, rejeita as soluções espirituais e se diz vítima de erros biológicos e cromossomicos.
Então se acha no direito de invadir uma das searas mais sagradas, admiradas e profícuas da vida humana, a área da mulher, a obra mais venerada, perfeita e exitosa da criação.
Emulando grosseiramente, o jeito, a voz, o andar, as vestes e a penetração social feminina, o antigo fracassado, se crer um vencedor. E celebra publicamente a suposta vitória como se fosse objeto de realidade inquestionável.
Contudo, além da consciência gritando por dentro: "É MENTIRA"!, o angustiado também enxerga nos olhares e faces da plateia censurada que o aplaude, movimentos involuntários da maioria, que refletem a confirmação de que sua verdade foi estupdamente adulterada. E embora finja não perceber o desconforto alheio e reafirmar pertencer ao "novo mundo", no intimo, sabe que será sempre, apenas um plasma. Ninguém consegue matar um Y só pela força do pensamento ou do sentimento.
Um cristão sem fome insaciável de ser como Cristo pode ter tudo o que tiver, mas será sempre miserável, pobre, cego e nu.
Não seja um "maria vai com as outras", pois pode haver uma grande probabilidade de você não voltar.
As meras "coincidências", em sua grande parte, revelam-se como manifestações do reconhecimento ao seu trabalho
Cartas de amor: imitação nem sempre feliz da linguagem real do amor.
Imitar o comportamento mudo de Cristo como Cordeiro imolado diante das ameaças é uma das formas de se tornar manso de humilde, porém pagando um alto preço pela imitação.
A arte imita a vida,
já que ela é um reflexo
de algo que já existe,
pessoas, outros seres,
pensamentos, lugares,
sentimentos sinceros,
sonhos almejados
ou até mesmo fantasiados,
uma genuína imitação
da vida que está sempre
em exposição.
