Tag frieza
Não me acho complicada. Me acho pouco bajulada. Nova velha, surrada, cansada das pessoas, dos interresses, dos vazios que elas carregam na sua cabeça, e da frieza dos seus corações.
Pessoas ocupadas com sua frieza espiritual admitem que suas fraquezas partiram do próximo que não lhe dão sossego.
Errei, me iludi por um amor
Que nem eu senti,
Fui rápido na queda, pois
Nenhum fio me sustenta,
Sou mole de coração,
Para você,
eu perco a razão.
Sou embrulhado em laços,
um palhaço me transformei
Acreditei em algo,
que nem mesmo me entretem.
Submeto-me a entrar no teu amor,
Lugar apertado que me sequestrou
a tal que não me desesperou, mas
No final me pisoteou.
Em resumo sou hipócrita, chorando
De novo por algo que nem mesmo
Me importa.
Vou me destruir,
Só pra contigo no final,
Poder me reconstruir.
Somos exatamente aquilo que nossos atos demonstram. Neles mostramos a nossa humildade e humanidade ou a nossa arrogância e frieza.
OBSERVE mais e PARE de ouvir!
Vou cavar teu coração tão fundo, que se eu não achar romance, no mínimo eu acho petróleo no fundo dele.
Em bloqueio quase infindo, onde a mente se extravia,
Meus pensamentos se enredam, em teias insondáveis,
Consumindo-me em sombras, onde a esperança definha,
Na luta, resisto, mas a desistência me acena, implacável.
Ao entrar no meu quarto escuro, pensamentos afloram.
Ao mergulhar neles,
a realidade desvanece.
Em busca do concreto,
dúvidas me envolvem,
E ao confrontá-las,
me vejo novamente,
solitário em meu quarto vazio.
Na solidão do meu ser, me sinto afundado,
Como se estivesse em um poço,
profundo e sombrio.
No abismo insondável, sou subjugado,
Sinto-me solitário,
no vazio desamparado.
O abismo interior, um "eu" solitário,
Procura amizades, laços necessários.
Mas as cordas que encontro são tênues, frágeis,
Mal me sustentam,
Sobre esse meu abismo hostil.
Penso, logo existo, dizem os sábios, mas contigo, não sinto a essência,
Sem ti, minha existência desvanece, rumo à decadência.
Sou apenas um eco das tuas escolhas, um mero consentidor,
Tuas atitudes, teus conceitos, são compassos que me levam ao delírio, ao torpor.
Não posso apenas chorar ou me calar, é preciso falar, protestar,
Reclamo porque me importo, por ti, pela vida que tento moldar.
Alegrias e evoluções, contigo encontro, mas no sofrimento também há lugar,
Você não captou este poema, então, serei direto, sem hesitar.
Não permanecerei imóvel nesta corda frágil, nos últimos suspiros,
Seu nome ecoará, em meio às lágrimas e aos suspiros.
Por mais que o incolor pareça sombrio eu não o temo. Enfrento qualquer ambiente com a frieza de um lobo em frente ao oponente.
Frieza
A noite é fria
A noite está fria
A vida lá fora é fria
Na frieza da alma
Antes eu sofria
Agora eu sou fria
Devaneios
Tua ausência me espanta, já que juraste amor.
Teu sorriso me encanta quando diz-me algo com voz de criança.
A noite pensando, me vem a lembrança, como é Bom ser adulto com sorriso de criança.
Tu és mistério, te confesso, lhe entender é caso sério!
Tu me juras amor, este tão complicado feito o da Lua e o Sol, pois só se esbarram no passar do dia pra noite.
Será que tens amor? Será que tem de ser de fulgor? Me parece amor do Sol e da Lua em que só nos eclipses a se tocar e se amar.
A Lua ilumina minha solidão, vou me perdendo em amores vãos cada dia mais lançado pela utopia de tua mudança!
Tu tens uma ausência tão presente quanto os meus dias de solidão perdido em beijos e abraços frívolos.
Tua frieza me incomoda, amores perdidos em nossa amarga contemporâneidade, virou moda?
Guimarães Sylvio
Pergunto-me: Será esse o futuro que ninguém mais lê? No mínimo, um Monteiro Lobato? Uma poesia de Pessoa? As cartas de hoje viraram e-mails frios sem conteúdo, sem o ritual de uma caneta, um envelope, um selo?
Riso feito de promessas vagas
De chantagens claras
De dilemas mil
Com olhar de uma frieza plácida
Lança quimeras pálidas
Um fabuloso ardil
Um quase não praticamente sim
Incertezas sem fim
Parecem me tragar
E os seus lábios nesse ínterim
Com um sussurro enfim
Tentam me enfeitiçar
Com doces engôdos
E certezas que nada têm a assegurar
Tomo o risco, me exponho
Porque esse momento vale o que virá.
No seu rosto angelical
De intransponência abismal
Encontro queda e redenção
Nele encaro meu bem, meu mal.
A vida de um ateu será repudiada até pelos seus próprios filhos, porque ao longo dos anos, eles verão que sua frieza e sentimentos mórbidos incomodam suas próprias escolhas.
Não peço a Deus força para não chorar, pelo contrário, agradeço a ele pela capacidade de chorar em dias que a frieza contagia as pessoas.
Se certas coisas custam os olhos da cara, podem custar mais caros ainda a frieza espiritual e a desobediência da alma em relação à Palavra de Deus.
