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Hoje a saudade de você está invadindo todos os espaços, irrigando todo o terreno, dominando a situação. Sem nada dizer, ela dita regras e me faz seguir seus mandamentos, impõe sua soberania sobre mim. E dentro dessa autonomia de sentimentos, expõe sua imagem na moldura do meu coração. E ela sorri, colorindo o meu dia e encantando os meus sonhos.
ESPAÇOS EM BRANCO (soneto)
No inverno do cerrado, seco, desbotados
meios tons desalentando o olhar, suspiros
a vida na acinzentado pousa baços retiros
que no vário tecem baralhados bordados
Ao fim do dia, o tardar e ventos em giros
tudo se perde no abstrato e, são levados
aos amuos incógnitos, e tão rebuscados
dos balés rútilos dos voos dos lampiros
Há em toda parte fumo nos vazios atados
vago, cada passo, e pelos ipês quebrados
em colorido breve, e cascalhado barranco
Os tortos galhos tão secos e empoeirados
traçam variegados em poemas anuviados
pra assim versar, os espaços em branco...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2017, agosto
Cerrado goiano
Grandezas
Somos feitos de grandezas,
por vezes das que
nos preenchem,
por vezes das que
nos criam espaços.
Mas ambas são virtudes,
que buscam o que
nosso eu lírico procura.
E em toda nossa grandeza,
ora visitamos nossas masmorras,
ora visitamos nosso mirante.
Há espaços vazios no mundo para construir muitos lares e a felicidade da família; porém, deveria haver mais espaço ainda na mente, se cada um desocupasse dela o terreno do medo, das frustrações, dos traumas, da ansiedade, do mau humor, da vergonha, da frieza e das práticas nefastas de sua própria religião para dar lugar à coragem para vencer, da autoestima positiva para a construção do bem-estar espiritual, da saúde para viver, da motivação para trabalhar e do conhecimento para ocupar o coração com sabedoria.
A escola tem que ser um lugar para onde o aluno deseje ir, mas para isso é preciso que ela faça dos seus espaços um ambiente que o aluno não tenha em casa.
O impacto não está no que falamos sobre nossa vida, mas no que deixamos de dizer. Porque as palavras não ditas se tornam malditas, assombrando os espaços vazios que deveriam ser preenchidos pelo silêncio da autenticidade. Quantos "eu te amos" se perderam no medo? Quantos pedidos de perdão ficaram presos na garganta? O não dito carrega um peso que o coração sente, mas a voz nunca liberta.
E a gente procura sempre nos reinventar: a mudar os ventos, a trocar os espaços e a construir os nossos castelos. E a gente resolve sempre modificar as posições, imprimir valores no desconhecido e abdicar de tudo o que é óbvio; o secreto nos atrai mais. E a gente entende que parar não significa solidez e que continuar é a única causa que nos faz evoluir. E a gente sopra desejos pelo ar e espera que as folhas que caem nos vistam de uma nudez límpida e pura de espírito, levando pra bem longe de nós tudo o que não nos faz bem. E diante de tantos ensinamentos que temos, a gente sabe que a dor faz parte, mas que sorrir é a melhor parte da vida. E através do andar das horas, a gente dá pausa à inércia e lubrifica a máquina humana, na esperança de superação; porque somos superiores a cabos e fios. E a gente segue em frente: estufa o peito, respira fundo, apruma os passos e vai, acreditando que o céu nos ajuda, com a certeza de que nenhum esforço é em vão.
Olhei para trás e lá, distante, estavam nossas últimas pegadas. O coração apertou. O mar que adorava beijar nossos pés se acanhou e as areias que amavam sentir nossas vibrações, estavam irreconhecíveis... frias. Nossas pegadas denunciavam que caminhávamos para lados distintos, abrindo um espaço tão enorme que só cabia saudade.
Precisamos continuar caminhando no bem e abrindo os espaços entre nossos passos, para que outros possam cruzar nossos caminhos e seguir nossa caminhada
É Outono !
Dou espaços para novas folhas se aconchegarem e renascerem em muitos abraços. Abrindo outros laços, em busca de mim... Me vestirei de folhas novas para verdejar no inverno e esperar a primavera, escancarando a janela, trazendo novos perfumes... impregnando -os em mim.
"Praça sem árvores é o mesmo que uma casa sem teto, um computador sem internet ou uma estante sem livros. Precisamos de mais árvores nos espaços públicos."
Há tantas coisas inúteis ocupando espaços úteis.
Há tantas coisas preciosas sem espaços necessários,
e sem espaços – esgotam-se.
E esgotando-se – se perdem na inexistência.
E perdendo-as
– não se consegue mais encontrá-las.
A consciência habita nos espaços vazios, pois é nesses momentos de quietude que encontramos clareza e reflexão.
Ocuparei todos os espaços que me foram negados e que por viver em uma sociedade doente me senti envergonhado de assumi-los.
Entre preconceito, meia verdade,história mal contada, juízo de valor, há quem busque a verdade, e quem "ganhe" para nos manter longe dela
Entre as pausas.
Quero compor meus espaços em poemas.
Minha vida em musicas e minhas palavras em sinônimos de silêncios.
É assim que minha alma estará em descanso, pois quando escrevo não são as frases que importam, mas sim as pausas entre elas.
É nesses espaços que eu moro.
Venha passar essa noite comigo.
Descubra meu nome nos lençóis.
Não sou escritor, sou apenas um poeta e por isso não encontrará nada em minha fala.
Leia a poesia dos meus olhos e sinta a escrita dos meus toques.
Acorde comigo.
Caminhe comigo entre as pausas.
Essa tarde está perfeita para um poema.
Eu lhe empresto meus chinelos e divido minha caneca.
Há muitos, muitos espaços a serem compostos.
Nossos Espaços
Preencheremos
todos os espaços
dos nossos dedos…
Estaremos sempre
de mãos dadas,
cuidando um do outro.
Cuidando de nós, meu amor!
A caneta e o papel
São os meus melhores amigos
Minha diversão logo começa
Quando preencho estes espaços vazios
Conquistar espaços. Sim, eu sei fazer isso. Minha vida é feita de conquistas, perdas e reconquistas.
Perdas? Como assim, perdas?! Estamos falando de conquistas!
É que pra saber conquistar, tem que aprender a perder também.
Enfim... conquisto meus espaços - quando são meus.
O espaço do outro já diz tudo. É do outro. Então, nesse caso, não há o que conquistar.
São os nossos limites: o meu e o do outro.
É simples.
Essas influencias limita espaços e implanta sua escravidão, que manipula o corpo físico e mental em uma forma geográfica determinante de estatísticas e códigos
