Tag escorpião
Acolhedora como um banho quente no inverno.
Implacável como a escuridão de uma noite sem lua.
Bonita quanto um botão de rosa desabrochando.
Delicada como as asas da borboleta.
Mas sabe ser cruel como quem não tem nada a perder.
Sempre numa montanha russa de sentimentos,
certas situações causam taquicardia.
Exagerada no drama, mas muito boa de cama, tanto pra dormir quanto no demais.
Completamente confiável, mas não otária. Extremamente vulnerável, mas com criatividade imensa pra bolar planos de vingança. Intensa como a melhor das sensações, rancorosa como o pior dos castigos. Preguiça gigante de cumprir tarefas, disposição absurda em momentos inesperados.
Ótima amiga, namorada, esposa, colega… melhor ainda como inimiga. Magoe-a uma vez e ela jamais irá esquecer. Engane-a uma vez e ela nunca mais confiará em você. Aprenda a lidar com a possessividade, tenha paciência com suas crises de histeria e choro que você terá o melhor de uma escorpiana e o melhor meu caro, supera qualquer defeito que ela possua.
A palavra "Missão" é muito forte, é preciso ter a consciência da dimensão que aceitamos como ponto de partida para a evolução do nosso planeta bem como a nossa.
NUBLATOTÔ
parecia faltar fôlego
umidade sem ter
aguadouro curadoro
pôs ácido lático a circular
mas
se o sol é relógio
tenho que aprender
a contar chuviscos
seja nublado ou sem riso
em qualquer algia - nem todo dia há azul
Escorpião na Lua nos chama
a ver matizes por detrás das
franjas de
Omolu
... Os Escorpianos são pessoas que não se contentam em contemplar as camadas exteriores da realidade e sim gostam de ultrapassar os limites seguros da superficialidade da Alma ....♏️
Me desculpe, mas é assim que os arianos são
Ainda mais com ascendente em escorpião
Eu queimo como fogo e apago a erupção
Você nunca vai poder me ter na palma da sua mão
"O escorpião é um
animal perigoso
mas, se segurá-lo
pela cauda, ele se
torna
uma iguaria e ainda
mata nossa fome...
Portanto
ter carinho
e respeito por
cada ser na terra
nos torna
Seres Divinos!"
"Talvez, o Astronauta de Mármore, só precisasse bater de frente com o sorriso de um escorpião em forma de mulher"
O Amor entre Câncer e Escorpião?
Quem vai dizer que não?
Nunca vi tão certeiro,
Embora muitos pensem ser ligeiro,
Não passa com pressa,
Ligação de carne com alma,
Transmissão de pensamento,
Em todas as nuances,
Sem lamento,
Embora seja um tormento a distância,
E a discrepância,
Dos fatos,
Gostaríamos dos atos,
Da pele,
Do gosto,
Do suor,
Das águas que rolam dos signos de água,
Hora pelos olhos,
Hora pelos poros,
Arrepiados de prazer,
Em sua menção.
Creio que em ti também há concepção,
Dos desejos proibidos,
Dos momentos não vividos,
Dos espumantes nunca estourados em comemoração...
Hoje não,
Mas, o seu está guardado,
Sob as Lias,
Um Sur Lie,
Com as leveduras que ainda postumas,
Protegem nosso vinho,
De guarda,
Indestrutível,
Imune ao tempo,
Nós.
Meus olhos avistaram os seus, naquele momento eles se cruzaram , fazendo movimentos invasivos e involuntários.
Te invadi a alma, você assustou, mas insisti, olhei novanente.
Passei por perto de você, deixei um rastro e uma energia que contaminava todo ambiente, era um mistério que moldava , uma energia sensual, uma faísca de paixão.
Senti você se envolvendo com aquele momento enlouquecedor.
Sussurrei baixinho no seu ouvido : vamos?
O nosso jeito de dar amor é intenso, forte e com certeza você sentia.
Nos beijamos de uma forma tão intensa, que parecia que estava sugando sua alma, sua essência.
Do nosso envolvimento ninguém fazia igual.
Você abriu suas asas e voamos juntas para um mundo acima do nosso.
A química e a conexão era explosiva. Você sentia que ali estávamos fazendo não apenas amor, mas desenvolvendo uma paixão avassaladora .
O amor ali fervia, sua força se envolvia com a minha, brilhava como uma aurora colorida, como um crepúsculo inundado de beleza.
Não era meu coração que sentia o amor, era minha alma.
Transbordando aquela intensidade perturbadora em momentos inesquecíveis.
A linguagem do amor é falada , sentida . É e a língua que eu falo e escuto.
Uma poetisa russa disse, certa vez, que o amor de uma mãe é como a cauda de um escorpião. Flexível, preciso e cheio de veneno.
Os olhos enxergam além da alma e analisa todos os detalhes, percebendo os cantinhos do rosto, a anatomia da face. Os segredos internos são desvendados , muitas vezes bloqueado por quem recebe o olhar.
Em todos os sentidos, a intensidade silenciosa faz com que se torne viciante de uma forma inexplicável. Quando se vai, deixa saudade que por inteiro se doou. Quando não existe conexão e intensidade vindo da outra parte, simplesmente morre, sem deixar rastros de veneno.
Vai no fundo do poço, mergulhado em toda profundidade obscura. Não tem medo do perigo, do desconhecido , dos segredos da alma e do coração. Luta contra as tristezas e as angústias que aperta o peito.
As horas são como combustíveis que queima quando existe uma força maior.
O tempo se torna o maior confidente e nos segundos se transforma. Como águia voando no céu, observando tudo. E por fim fênix. Sem medo, ativa seu modo inativo, transformando toda dor em monografias publicada a sete chaves. Por fora uma deusa, por dentro uma metamorfose que dificilmente se decifra.
Impossível? Não! Basta ser escolhido através de todas análises e percepções. Ser a vítima para viver tudo isso, precisa ser forte e disposto a receber esse amor.
Alem de tudo, terra. Pés no chão mergulhados em água de cura. Sabendo que o tempo acaba e que o infinito não existe. Por isso se vive no agora, e isso se torna o maior inimigo. Precisa de confiança, de lealdade, sentir a verdade das pessoas. Muitas vezes não sente e aí se desfaz como bolhas de sabão.
Na sensibilidade e na pureza consegue ser muro, ser fortaleça e transcender em partículas no céu.
Dos escorpianos, aprende que ser humano é sentir, vivenciar e evoluir.
Ter um desses na vida, é entender o propósito de tudo.
"Como eu queria não ter nascido escorpiana. Somos exagerados demais, nos importamos demais, cuidamos demais, somos leais demais, intensos demais, sinceros demais, ajudamos demais, somos emocionados demais...
Pra um mundo que está cada vez mais 'demenos'."
O LADO OPOSTO
A chuva molha a terra,
A paz, o coração.
Da terra brotam flores,
Do coração, um mundo irmão.
Mãos amigas doam flores,
Inimigas, destruição.
A paz vem das flores,
O ódio talvez de um não.
O mel é um doce desejo
De paz, vida e união.
Só colhe mel quem é abelha;
Escorpião, a própria destruição.
1986.
ESCORPIÃO
olhar oblíquo atravessado que deixa mistério e toca nos tabus, tal capitu. de vermelho escarlate despiu sua sensualidade. é viúva negra. porta oculta. profundo oceano nada pacifico. é a pressão no peito em queda livre sem medo de se machucar, e quando machuca, não demonstrar. é intensidade que afoga quem não souber nadar. poupe-a da sua calma, ela quer alma. quer beber do cálice do amor até transbordar e desnudar sua alma até se saciar. é desejo infindável e prazer intrínseco. é ilha admirável de puro fascínio. desconhece equilíbrio e moderação, ela crava as unhas na vida com determinação. destemida do perigo, realidade etérea e invisível; é adrenalina que te convence a ser louco com ela também. é o conflito entre o espírito e o instinto, magnetismo secreto, tesouro perdido. é sinônimo de renascer nas cinzas, decifrar com o olhar e ser intuição. falar sem aspas, amar sem interrogação, sonhar com reticências e viver a vida com exclamação.
Todos do signo de escorpião tem um grande defeito, sentimos grande dependência de quem amamos, mais apartir do momento que somos tratado como segunda opção, deixamos sem olhar para trás.
Espelho
Uma guerra de mundo interior,
conspiração astrológica,
Marte em uma cadeia vulcânica sem fim.
Entre um milhão e meio
eu lhe percebo em diferencial.
Nossa correspondência tão visceral.
Eu viciando em sua acidez.
O nosso congruente tom carmim
criando cataclisma sobre minhas partículas,
sitiou minhas saídas,
mergulhou desmedido no meu mar.
Ninguém antes ousou chegar lá.
Quebrando a guarda do meu portão,
chegando sem qualquer permissão,
tão rebelde o plebeu.
Feito pensamento recorrente,
pureza afrodisíaca e indecente,
tendo instintos de serpente.
Reacionando meu coração,
me fez dançar entre os espinhos,
me fez fechar ciclos,
escolher um norte.
Interrompeu meu processo de morte,
completou minha fusão,
realinhou a constelação.
Amanheceu em mim a fênix,
e o sol presente em escorpião.
Cada ser tem uma natureza especifica. O escorpião tem a natureza de ferrar, a serpente de picar, um leão de devorar. E você qual a sua natureza especifica?
Libidinosas noites tive...
Ingênuo tal qual escorpião...
No abraço do meu inimigo encontrei...
Mais afeto que a um irmão
E andei por todo um mundo...
E pelo menos pensei...
As imagens que as vi...
Por tantas encontrei ou tantas outras que perdi...
Não sei se ainda estou...
No que fiquei a sonhar...
Em névoas que adormeci...
Será que despertei alguma verdade ou com mentiras me cobri?
Ando já sem descansar...
Na vida sem dormir...
Anseio que rasga o meu peito do que já vivi...
Daquilo que eu quero...
De tudo que já não sinto...
De tudo que já senti...
Tudo quanto eu pedira...
Tudo quanto ambicionara...
Tudo quanto pouco ou muito eu amara..
Com que ergue-se o destino...
Entre o tudo e o nada...
Da sorte desejada...
Ou da que está por vir...
Tanto andei...
Em estradas que julguei sem fim...
Lugares deserdados...
Sempre sonhando, tendo fé...
Pouco desisti...
Nada sei...
Nada valho...
Entre tantos embaraços...
Será que muito ou nada faço?
De tanto que me arrependi...
E que faria ou não novamente...
Tudo amo...
Pouco compreendo...
Assim como tu...
Apenas sigo...
Um pouco...
Aprendendo...
Sandro Paschoal Nogueira
"Um escorpião sempre agirá como um escorpião. Não confie no escorpião, depois de ajudá-lo, ele irá picá-lo, pois isso é da sua natureza."
E lá estava eu, enrolado nos afazeres do dia-a-dia, entregando-me às promessas dos deuses que guardam os segredos do amanhã, deixando que os dias passem por mim sem que eu passe por eles, adorava a automaticidade a que havia chegado, tornava as coisas bem mais tênues e livres de complicações.
Afinal não existia nada de tão inovador em minha vida que me propusesse qualquer perspectiva diferente, mas pensava em muitas, e quase o tempo todo, embora nunca tivesse iniciativa para me propor jornadas tão ao horizonte líquido de possibilidades do desconhecido.
Isso é sempre algo que requer insensatez, intrepidez, para não dizer estupidez. Coisas que não habitam em mim há sabe-se quanto tempo, costumo me convencer de que sou naturalmente inclinado à condutas que traçam linhas retas, sem desvios; retas ao que me prescrevo como razoável.
Mas este não é o ponto a que quero chegar.
Aconteceu que, de repente, algo começou a me incomodar o pescoço, como se alguma coisa tivesse me picado, passei a mão e me comprometi a olhar no espelho, quando chegasse em casa, tornando-me novamente aos afazeres mecânicos do que a sociedade chama de profissão.
Com certeza a dor é algo que incomoda, assim como o caos à ordem. Quando sentimos dor, o incômodo acaba com a nossa concentração e transforma a si mesmo no palco para onde vertemos os holofotes da nossa atenção.
Eu não estava acostumado à incômodos, sempre tinha tudo em ordem, estava completamente habituado ao ritmo sólido e constante com que as coisas vibravam. Mas, hoje, mal podia fazer atividades medíocres, que vinha fazendo há anos à fio.
É bem verdade que essa rotina me transformou em alguém de pouco humor, sempre mordaz com as pessoas, dono de um ceticismo intragável, às vezes, nem mesmo eu suportava conviver comigo mesmo, mas o tinha de ser, se pode fugir de tudo na vida exceto de si mesmo. Esta é uma responsabilidade de natureza perene, que cada um tem para consigo mesmo, a de arcar com aquilo que fizeste de si: ‘criaste-te, agora, suporta-te’ — pensei.
Entretanto, não posso negar, situei-me por tanto tempo fora do espaço comum, que habituei-me a minha individualidade, meu espaço sem estrangeiros, com seus sotaques de ideias, suas religiões de valores, havia muito tempo que não me metia em conflitos, era só eu e eu mesmo.
Chegando em casa, fui logo ao quarto e me dispus a olhar-me no espelho, ali, bem no sítio em que me doía insuportavelmente. Para minha surpresa, não havia nada. Exatamente, nada. Nem mesmo um único vergão, marca, bolha ou ferida. Mas doía como se o incômodo viesse da picada de um escorpião. Dizem que é uma das peçonhas mais doloridas e incômodas. Nunca fui picado, li em algum lugar. Diferente de nada, nada não podia doer tanto.
Era violenta e invasiva, a dor. Não parava de latejar, sentia-a pulsar pelo meu corpo todo, mas se concentrava ali, no pescoço. Malditos calafrios.
Todo este arrebatamento, talvez se devesse a isto estar tirando-me do comum. Deveria ter passado no supermercado depois das vinte horas, que é quando paro no trabalho, e ter comprado algo para entreter meu estômago. Isso, entreter e não alimentar, pois é isso que acontece nas sextas à noite. Mas com toda essa situação me afligindo, mal lembro se desliguei a luz quando saí.
Só consigo pensar nisso, em resolver este incômodo, que parece estar tomando o controle da minha vida. E inimaginavelmente, como pode fazer sofrer tanto algo que começou há menos de doze horas.
Reclamei tanto comigo mesmo, fiz a dor acima de todos os meus sentidos.
O que mais me incomodava talvez fosse a confissão que devia a mim mesmo. E o diabo sabe como machucar. Azucrina com o que de mais importante guardamos no fundo do obscuro baú execrável de nossas almas, mas não podemos mentir a nós mesmos eternamente. Uma hora a verdade nos consome, e o que fazíamos oculto aparece. É como mágica, fingir bem é a chave. Fingir tão bem ao ponto de que todos acreditem. E a mágica só tem poder quando nós mesmos acreditamos nela. É assim que o truque funciona.
No fundo, eu sabia de uma coisa, que quis esconder de mim mesmo, o motivo real da minha falta de controle sobre a situação, com todos esses rodeios mentais. Algo que era comum, ao menos para mim. Rodeios mentais.
Sempre tento argumentar comigo mesmo, como se existissem dois lados em disputa, um dizendo algo e o outro tentando impor suas ideias, seus anseios, em via contrária.
A dor no pescoço, todo este incômodo, esta agonia, sinto-me tirado de mim mesmo, para fora, para longe do confortável buraco onde havia me enfiado desde a pré-história da minha vida, para o horizonte líquido e detestável de possibilidades, como eu o via, mas devo admitir, que ainda sinto os lábios dela marcarem suavemente um beijo de despedida no meu pescoço.
