Tag cinzas
Eu menti naquela hora...
E disse que não sabia...
Mas vou-lhe dizer agora...
A ingratidão pesa...
E para chegar não tem hora...
Em meio ao sol e ao riso da manhã...
Tudo isso existe...
Tudo isso é triste...
Nesse engano das horas...
Como alguém que tivesse esquecido...
Que assim sempre tem sido...
Ah ingrato...
Como será seu destino?
A noite, que o pesar...
Ao fim de cada dia...
Irá sempre me lembrar...
Que não sobrou nada...
Apenas cinzas frias...
Quero que saibas...
Se de súbito me esqueceres...
Também não me procures...
Porque já te terei esquecido...
O que outrora tenha sentido...
Minhas raízes sairão
em busca de outra terra...
A noite infinita enfrenta a vida...
Sem temer a ingratidão...
Química e sentimentos tão intensos, que entramos em combustão, e o que sobrou pela manhã, foi cinzas.
Por vezes quando o tempo passa...
Em horas dentro de mim...
Passa um nada meio acontecido...
Uma saudade que não tem mais fim...
Na penumbra de minha casa...
Escondido sob o luar...
Na artéria estendida do silêncio...
No vão do patamar do tempo...
A procurar...
Pressupondo um olhar para trás...
Por tudo o que eu vi e sei...
No curso veloz da vida...
Corri, subi e voei...
Agora grito...
Para rasgar os risos que me cercam...
Insensatos...
Não me servem de consolo...
Tolos...
Inúteis...
Pueris...
Fartam-me até as coisas que não tive...
Fartam-me com tudo o que sonhei...
Fartam-me o tanto que desejei...
Outrora escalar os céus, imaginei...
Tudo era igual...
E tudo me ruiu...
E entrei abandonado na esperança...
Entreguei -me a ela e ela me possuiu ...
Em combustão secreta...
Ao silêncio me abri...
Hoje entre as pedras procuro...
Aquilo que perdi...
Não paro...
E se necessário volto atrás...
Quantas vezes necessárias forem...
Até reencontrar...
O que nunca esqueci...
Dizem todos que é loucura...
Bem isso eu sei...
E muito ouço e muito já ouvi...
Tenho um caminho marcado...
E se agora não encontro...
Vou procurar no passado...
Revolvendo as cinzas...
Até descobrir...
Sandro Paschoal Nogueira
Quando todos acharam que era o fim, ela ressurge das cinzas como fênix, mostrando que era só o começo.
Música: lado de dentro.
Entrou na minha vida, ressuscitou o demônio,
Dizendo que era água viva, destruiu meu sonho.
Foi mais que exorcista, trouxe outros fenômenos,
Um jogo de sombras, onde tudo é veneno.
Mas eu sigo em frente, com a luz na mão,
Superando as dores, buscando a razão.
Entre o amor e o medo, vou dançar no escuro,
Ressurgindo das cinzas, eu me refaço puro.
Teus olhos eram chamas, me queimavam por dentro,
Fui preso nas correntes do teu sentimento.
Mas agora sou forte, não sou mais refém,
Vou escrever minha história, o final é só meu bem.
Mas eu sigo em frente, com a luz na mão,
Superando as dores, buscando a razão.
Entre o amor e o medo, vou dançar no escuro,
Ressurgindo das cinzas, eu me refaço puro.
Ponte
E se o demônio voltar, eu não vou temer,
Minhas feridas curadas, eu vou renascer.
Com cada passo firme, eu deixo pra trás,
A sombra que tentou me prender em seu laço.
Refrão
Mas eu sigo em frente, com a luz na mão,
Superando as dores, buscando a razão.
Entre o amor e o medo, vou dançar no escuro,
Ressurgindo das cinzas, eu me refaço puro.
Meu coração é um vulcão adormecido, coberto por uma crosta de pedra. A lava fervente da paixão se esfriou, solidificada pela dor. Agora, só cinzas e poeira restam, um lembrete do que um dia ardeu.
Quando inundamos nosso corpo e a nossa alma com lampejos de sabedoria, nesse instante, expulsamos da epiderme os apetrechos do corpo que nos fazem lembrar das cinzas da ditadura.
A energia que emana tanto da gente, como em tudo que nos cerca, é fogo. Uma hora explode e queima tudo, para renascer das cinzas, assim como a Fênix. Se for contar quantas das vezes eu ressuscitei!? Eu já até, perdi as contas...
*Ventos em Alvorada*
O lápis ecoa a voz e as cinzas, dos seres que perecem
Desenhando no vazio do papel
A dor, o fim, o que desvanece
Os troncos tombam, as florestas sucumbem
Enquanto a multidão, no louco sonho da ilusão
Em vestes passageiras, vagueia sem direção
Surda ao grito da natureza
Cega ao esplendor das cores da vida
E ao sussurro dos ventos em alvorada
A multidão segue em sua jornada vazia
Sem notar a grandeza que se esvai a cada dia
Ignorando o clamor das árvores em agonia
E o lamento dos rios em sua melancolia.
Clarão de certezas,
Os dias passados são cinzas,
E hoje a fagulha insiste em olhar pra mim e dizer,
Queime,
Gotas cinzas,
Nesta tarde ordinária,
Escrevem no espaço,
Entre chão e céu,
Um instante,
Cinzento molhado,
Sob a máscara cor de rosa jogada em um canto da cama havia sonhos, que silenciosos voltaram a dormir na quarta-feira de cinzas.
A mitologia grega conta a história da existência de um pássaro. Não um pássaro qualquer, mas um pássaro de rara beleza, com penas douradas, vermelhas e arroxeadas. A FÊNIX!
Essa ave com características tão singulares, possuía longa vida e era “capaz de suportar o peso de fardos gigantescos”. Sua habilidade especial era a de, após se pôr em chamas, renascer de suas próprias cinzas, ainda mais forte, ainda mais belo e reluzente! Era uma “especialista em RECOMEÇOS”.
Ah, a fênix…
Quantas vezes você foi como uma fênix? Quantas vezes precisou suportar fardos inimagináveis?
Quantas vezes, precisou juntar seus próprios “cacos" , um a um…
Quantas vezes você, fênix, precisou chegar às cinzas, usar o chão como último e único recurso para tomar impulso e se reerguer? Quantas vezes precisou se levantar, se reinventar, renascer?
Quantas vezes você foi “do chão ao céu”?
Muitas vezes, né…
Então, seja qual for o motivo que esteja te levando ao chão, apenas descanse em Deus e, enquanto isso, se prepare, se fortaleça, fortaleça suas “asas” para um novo e mais alto voo!
Se a turma não saísse
Não havia carnaval
Se não fosse a fantasia
Todo mundo era igual
Se não fosse a quarta-feira
Pra acabar a brincadeira
Eu iria pro hospital
A luz que continua a brilhar mesmo cercada pela densa escuridão, tem o poder de transformar um momento de tristeza em uma grande libertação, de encontrar forças apesar das fraquezas, de afastar o sentimento de solidão, o brilho de uma natureza resiliente como se fizesse menção ao renascimento admirável de uma fênix a partir das suas cinzas, magia intensa e amável do seu coração, da perda à conquista.
Resiliência muito venturosa, a cada sofrimento, um grato sinal de resistência, fênix que renasce das cinzas, sua vida, uma bênção grandiosa, um sorriso esplêndido apesar das tristezas, no Senhor, está a sua força entre lágrimas e risos, jovialidade encantadora, um viver que está apenas no início, que em toda primavera se renova assim como o amor e misericórdia do Deus vivo.
Nas chamas da humilhação, forjo minha fortaleza, erguendo-me das cinzas com a certeza de que minha resiliência é minha maior arma.
Os que deliberadamente praticam pecado consciente, estão caminhando, para um precipício eterno.
E no final, não restará nem raiz, nem ramos. Apenas cinzas!
Marcos Kennedy
Quando eu não mais existir,
joguem minhas cinzas no mar,
em uma noite de lua cheia...
Usem as palavras trêmulas de saudades.
Quando meus anjos me levarem ,
preciso que cantem o hino de meus olhos,
e na lembrança de cada um,
que fique a minha poesia escrita,
no humor do dia e na calada de cada noite morta.
Enquanto trago o cigarro, o cigarro me fuma.
Enquanto fumo o cigarro, o cigarro me traga.
Quando morrer quero minhas cinzas depositadas em um cinzeiro.
