Tag cinzas
você ateia o fogo e eu assopro para que me queime
aquele deslize na tela do celular me fez cego.
você foi um grito de paixão
eu fui um grito de carência.
estamos aqui agora para terminar de nos queimar.
precisamos virar cinzas.
eu, você.
o que restou de nós.
Quarta-Feira de Cinzas
Acabou a folia.
Que o fogo apenas se aquiete em brasas,
para que da melancolia das cinzas
renasçam corações e almas vibrantes de boas energias.
"Algumas páginas não bastam ser viradas. Precisam ser queimadas e as cinzas jogadas num rio bem caudaloso”.
À semelhança de uma fênix renascida,
estás mais vívida do que nunca,
tuas angústias viraram cinzas,
estás com uma beleza bastante admirável, um olhar fervoroso,
tua essência está
profusamente expressiva
assim como os teus belos cachos,
notadamente, uma preciosidade divina.
Acredito que uma nova fase
está a tua espera,
pois és uma mulher que inspira,
alegra e com veemência conquista,
tua alma agora está liberta,
dessarte, repleta de vida.
O verso,
as vezes agoniza,
busca respostas
além do infinito,
faz do poeta
um desaguar inútil de sua essência,
marca nas palavras
até alguns momentos
de extrema unção
quando jaz a letra,
que nem verbos conjuga,
vira montículo de cinzas
dentro do coração.
Quando as forças do mal julgam ter nos vencido e desanimado; eis que ressurgimos das cinzas como a Fênix.
Lobos Sobre Brasas - Luan Garcia Pereira Barros 15\02\2020
Das cinzas do jequitibá
surjo entre fogo.
Na ardência das brasas,
urro como lobo.
Ó dor insuportável, que
me queima, dilacerando
minha carne. Ó senhor
tenha piedade.
Sinto que meu fim esta
próximo, nada posso fazer.
Me queimo, me queimo e
finalmente sinto-me morrer.
A cada dia ele soprava suas próprias cinzas,saia de suas próprias cinzas,estava cansado de reciclá-las em potes de vidro e regar com lágrimas amargas,o objetivo era retroceder ao seu eu anterior, contudo aperfeiçoado...
Cinzas
Separa as cinzas do teu cadáver,
junta a elas as lágrimas de dor,
o sofrimento ao qual te entregastes.
Lembra da covardia de enfrentares
a verdade, e a vida que Deus te deu.
Mistura também a pouca fé,e a falta
de vontade de te reergueres.
Verás que tudo é a mesma coisa, cinzas,
simplesmente cinzas.
Nada útil fizeste, nada útil ficou, apenas
o peso, que agora carregas do pouco ou
nada que você de real plantou.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista,(Aclac)
Membro Honorário da A.L.B / São José do Rio Preto - SP
Membro Honorário da A.L.B / Votuporanga - SP
Membro da U.B.E
" De repente o coração acelera ao ver-te, como se de uma fogueira que estava nas cinzas sopras-se um vento, aparece então uma pequena brasa em meio a tantas cinzas que a tanto tempo não sabe o que é estar aceso, algo tão antigo,mas que foram momentos jamais esquecidos por uma mente esquecida".
Amor é como fogo morto, não se pode juntar as brasas, nem soprar as cinzas, sob o risco de incandescer.
"Tal como a Fênix ressurjo das últimas brasas que ainda estão se apagando e das primeiras cinzas que esfriaram, retomando pouco a pouco o vigor das asas e a felicidade em (re)conquistar o direito de voar novamente!"
O Incêndio No Museu Nacional, É o Retrato Acabado Do Brasil de Nossos Dias. Virando Cinzas Pelo Descaso de Governantes Corruptos.
“Existem pessoas cheias de luz, que iluminam todos os caminhos por onde passa. Existem pessoas muito cinzas, que conseguem deixar nublar todos os lugares por onde passa. Seja a luz que clareia as cinzas da escuridão.”
Era fim da folia, o carnaval tinha acabado mais rápido que começara e as pessoas ainda vibravam loucas sobre efeito da necessidade de voltar no tempo.
Eu já havia aceitado o fim dessa época maravilhosa, mas meus amigos não. Ainda insistiam em sair pelas ruas bêbados e indecentes. E eu acabei por acompanha-los em mais um episódio. Fomos à Lapa como já era de costume, um lugar livre, onde acha-se tudo que precisa mesmo que você não precise de nada. Diferente do que se esperava, acabamos por decidir ir numa festa que nunca havíamos ido, um lugar aparentemente singelo que nunca despertará curiosidade até então...
Ao entrar, não nos surpreendemos muito, o lugar era pequeno como parecia por fora, não havia espaço para dançar, apenas olhávamos imóveis as belas mulheres que ali estavam. No começo aquilo tudo era interessante e estranho..Eu vivia uma condição de espectador mesmo estando dentro de campo. Com o tempo fui me perguntando o que de fato estava fazendo naquele cubículo sem poder deixar que as pessoas me conhecessem, eu era invisível naquele momento ao lado de meros ouvidos atentos a música.
De repente o resultado da minha humilde paciência foi começando a aparecer. Aquele lugarzinho começa a se esvaziar e comecei a enxergar as maravilhas que ali escondido estavam. Começamos a dançar e sorrir bêbados e felizes, eu e meus amigos. As pessoas riam de nós com um ar de admiração que já estávamos acostumados. E no meio daquele novo momento, ela apareceu...
Era ilegível e incerto, quem será ela.. Eu tinha o hábito de ler as pessoas, imaginar um perfil, esteriótipos, facilitava-me muito, pois sempre acertava.. Mas com ela era diferente, parecia tudo e nada ao mesmo tempo. Era algo longe e inalcançável, questionei-me sozinho. Ela se aproximou com um sorriso tão familiar que a dediquei um respeito involuntário. E na sua primeira chance, me fez perdido num mundo desconhecido, falava uma linguagem rapidamente estranha em que já ouvia falar em vida, mas entendia menos a cada palavra. Era uma Argentina de Rosário Central, que Fez o Carnaval brasileiro continuar pra mim e meus amigos, em um universo bem particular..
O resto da história contarei depois, pois está é uma parte que precisa ser relatada em um livro separado e proibido.
A maravilha de estar vivo, é a liberdade em mudar a rota o tempo todo.
Poder escolher o melhor caminho, às vezes, não é o mais calmo.
Transformar dias cinzas, em inesquecíveis.
Pessoas tristes, em seres humanos.
Saber que nada é invencível,
impossível é ficar parado,
cansado achando que não dá.
Enfim.
Todos podemos, acreditem.
