Sou So um Palhaco
"Se um dia você acabar se esquecendo da nossa história, irei ter o prazer de te contar tudo o que escrevemos juntos desde que nos conhecemos e vou tentar te fazer lembrar como foi a nossa história até hoje, pois eu a amo demais e não quero perder você"
E um dia, a gente finalmente para de resistir e admite que passou. Que realmente acabou... que não adianta fazer de conta, se iludir e continuar a sonhar. A realidade está ai. E é ela que é de verdade, que existe. O resto, é só sonho...ilusão.
Tenho tanta dificuldade para aceitar, que pessoas que um dia foram próximas demais, se tornam estranhas. Então a afinidade, a amizade, o bem querer, são meramente circunstanciais?
Anoitece e a gente sente um frio tão intenso, que chega a maltratar. Aí chega outro dia... Uma manhã de sol radiante, brilhante, tão aconchegante!! Ainda bem!
Já têm tanto tempo que não o vejo, que chego a pensar que essa saudade é um delírio. Deliro vendo suas fotos, de tanta dor e saudade que sinto. Tua ausência se faz presente a cada momento.
No ínterim da vida, um mal estar, uma despedida
De mim. De quê?
Acho que eu dormi nos intervalos da chegada, da partida.
E a cada despedida eu me pergunto se é o fim
Ontem, morreu um bicho dentro de mim,
E hoje as suas tripas me degolam
Um bicho esguio e luminoso... Sei lá...
Só sei que estava aqui porque agora não está,
E se nunca esteve, tem um espaço aqui pra ele... Vazio, vazio
No ínterim da vida, um não estar, uma despedida...
Assim foi que eu fiquei desfalecida no sofá do quintal velho
Enquanto uma semente que virou broto que virou árvore e virou árvore
De repente, virava árvore que virava broto e virava semente
Semente que se enroscou e bloqueou minha garganta
Semente que dói feito pedra.
O que eu sei é que até ontem havia um caixão por aqui
Um caixão que ninguém abriu
O cadáver... Não sei bem... Mas acho que era morte/por segundo
Talvez por cárcere privado, talvez por conveniência.
O que eu sinto, vejo e ouço é que até hoje fede e bate na madeira inutilmente.
Aconteceu...
No ontem de algum dia
Em algum olhar distante, vazio e doloroso.
Eu não sei... Mas eu me lembro,
Como uma sensação no escuro.
O amor é uma válvula de escape da realidade também,como diria em um daqueles textos de Walter.O amor,mesmo que não exista puro e verdadeiro,fico remoendo dentro de mim.Talvez seja a falta de alguém pra amaciar meu ego e ,sobretudo,pra falar que eu sou importante,especial,essencial;porque não posso ser indiferente a mim mesma.O amor dá razão ao irracional:a vida em si.Se abster dessa ilusão,uma vez já iludida, é uma tarefa dolorosa.São dias inteiros de sofrimento até alcançar a indepência da ''felicidade''.
Sorria depressa, e sempre em favor dos passos ainda por dar. A melodia de um recomeço, mora inteira na coragem. Ainda que eu lembre das palavras escritas em minhas costas, o canto mais alto da alma seguirá sendo meus sonhos porque assim, sobre a imensidão sagrada dos cirros, é que caminham meus pés.
Arrancando as cascas das coisas e dando a alma um grito e uma voz...
Que as palavras sejam borboletas e não pedras em nós.
Que os dias fortaleçam os sonhos e jamais aprisionem os fios dourados das ilusões que temos.
Que as noites sejam sempre de abraços, àqueles que nos acalantam e nos orvalham a alma cansada e vagante.
Que nossos mais íntimos e tímidos quereres de felicidade caminhem de mãos dadas com nossa mais resiliente coragem.
Que o frio da solidão que mora dentro de nós se aqueça de ternura e que as lágrimas forjadas de um palhaço, seja a única ironia possível em nós.
Que apesar do tempo e de toda sua pressa desleal, que sigam sendo teimosos e indomáveis nossos sorrisos.
E que a fé e o amor sem nada dizer, nos salvem e nos reescreva como infinitos inacabados todos os dias.
Eu queria por um instante definitivo qualquer, ser a soberana artesã do desenhar de uma vida. Queria que esse hoje a àquele futuro mais distante, tivessem as cores, as formas e os cheiros dos meus sonhos.
Seria bom se por uma noite apenas, os fantasmas se fantasiassem de palhaço e sorrissem de si mesmos, experimentando o avesso do susto e rendendo-se à luz de um sorriso.
Quem dera mesmo se o fim existisse apenas para os medos e jamais para as nossas tão breves e raras vertigens de felicidade. O outono perderia a hora no manso sossego do sono e a primavera seria senhora do tempo que regala os olhos e suaviza a alma.
Eu queria que os afetos fossem livres e eternos como penso serem as borboletas. Morrer para em outra forma nascer, faz eterna uma existência. E não há nada mais legítimo à liberdade do que a promessa de um recomeço.
Se eu tivesse que pintar com tinta fresca as mais sublimes emoções, estariam lá estrelas que embalam redes, sereias que durante nossas viagens de sono, nos levam a passear pelos mares de Netuno, lá onde se é possível ver e sentir tudo aquilo que não podemos tocar, a emoção não vista que nos tira o ar. Eu pintaria ninfas que nos guardam em cama de folhas no alto das árvores, onde nada mais nos alcança a não ser as brechas de sol por entre os nimbos. Estariam lá, conchinhas misteriosas, ainda fechadas, com cheiro de algas, trazidas até meus pés pela espuma do mar fiel e cansado.
Eu pintaria com a mais fulgente das cores, um colo de afeto chamado minha mamãe. Braços com o alcance do céu, ternos e fiéis, acalanto de toda uma vida em cada abismo meu. Nem sei se todas as cores, dariam conta de tanta ternura, de tanto zelo, da soberania de um amor valente e incondicional, desses que só se tem um a cada vida.
Estariam lá também os meus sorrisos, os sorrisos de quem amo e de cada um que numa inesquecível passagem por minha vida, me fez sorrir. Os abraços, os mimos, minhas pérolas e afagos de afeto, estariam lá, por certo. E o que diriam todos.... Jamais conheci alguém que gostasse tanto de sorrisos e de abraços. E num cantinho à direita do quadro, com traços tímidos e quase imperceptíveis ao correr dos olhos, eu pintaria o que mais sou. Uma emoção desajeitada, um sonho não prometido, uma crença não corrompida, um sempre, um nunca. Um outono cinza que enevoa as flores, breve e clandestino em muitos, eterno e raro em poucos.
As decepções, os sofreres, as flechas DE TÃO PERTO em meu peito, essas eu não pintaria. Seria tornar-lhes perenes, epitáfio confesso de mim. Em meus traços não haverá pandora. As marcas feitas a ferro em brasa, devem ser vistas e traduzidas apenas por quem as tem em sua carne. A vida se já se encarrega de fazê-las retrato inexorável de nós. Ventanias infames ao amor mais puro, desertos de princípios que chocam, assim como as folhas tortas após a tempestade, é luz apagada dentro da gente, é esperança corrompida que, por fim, te embrutece e te esvazia a alma.
Pelos caminhos de um universo paralelo que tem os contornos de minhas buscas e de meus sonhos, encontro-me e, por vezes, perco-me. Talvez porque eu não seria uma boa artesã, talvez porque a ponte que deixa para trás o que só a ilusão permite viver e sentir, jamais me será possível atravessar.
Pelas esquinas de tempo por onde passo, deixo um tanto de mim, Um tanto do que inevitavelmente fui, um tanto do que, de abraços com a ilusão, quis ser. O que fica no linear paralelo de um novo caminho é o que neste hoje sou. Um “sou” mais rico da lucidez que preciso, mais empobrecido em limites, mais prudente em perceber que alguns passados, apenas passam, jamais se superam em nós. Assim são os amores, as saudades, os sonhos e os quereres que, sem perceber, por essas muitas e inconfessas esquinas, deixei. Pelos caminhos desse presente, vou reinventando cenários e neles acomodo novos castelos, às vezes de mármore, às vezes de areia branca, bem leve ao vento.
O arrependimento é um sentimento que não serve pra nada, pois o que lhe causa arrependimento já foi feito ou deixou de fazer.
"O falso profeta é uma PAREDE BRANQUEADA,com um retrato da alma,onde a moldura está longe do acabamento DIVINO."
TREVAS NOSSAS
A morte encontra um sentido por antecipação
Nas noites em que o abismo é sonolento
As trevas imperam no sangue, que corre nas veias
Onde reina o desespero das almas perdidas
Os sentidos enganam as presas na carne que queima
Nos muros feridos de morte do nosso tempo
Fez-se silêncio nas doces lágrimas salgadas
Nas mágoas de um violino que grita de dor
Já despido com as pautas na tempestade do vento
Choram as almas d’encanto nas trevas escuras
Vasto escuro céu, enigma de muitas almas esquecidas
A podridão gera o sangue que corre nas nossas veias
Mentalmente passamos a viver como sombras
Das saudades que abre os novos caminhos em lágrimas.
Se a tristeza em um
voo pousar do seu lado ,
Diga assim : Desculpe !
Aqui mora a felicidade ,
que o vento te leve pra longe ,
que só venha a mim,
ternura e bondade.
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