Sou o Brilho dos seus Olhos ao me Olhar
Me completo em sons, sou riso, sou palavras.
Vou ser sempre música apesar das letras erradas, das faltas, das falhas... dos sons tortos, loucos...apesar das cordas desafinadas !
É que não sou perigo pra você, é que não conto.
Não te causo arrepios, não te provoco...
Não há desejo na tua boca, não há vontade no teu olhar.
Pra você é tanto faz,
Se tou com frio, se tiro a roupa.
Pra você tanto faz que eu fale, cale.
Não diga nada
Não aumento, nem subtraio.
Sou nada,
Já você é tudo !
Meu riso solto, minha estrada...
Não vendo minha alma, entrego ! Sou sentimentos, sempre fui. Pra mim o que conta, o que fica são marcas de viver: momentos, pessoas, emoções ! Sou luz e ar, sou flores e vento. Sou música e sonhos, sou versos, poesias...canto o sol, vivo a vida...sou viver. Se chuva, abraço. Se lua, danço ! Sou levada pelas ondas, sou carregada pelo mar.
Revelo meus segredos
Entrego quem sou
Solta no ar
Nos poemas que componho
Em festas
Amo
São repetições
São emoções renovadas
Palavras ditas
Repetidas
Olhares que não se escondem
Silêncio que não cala
Sou um livro escancarado
Sou fotos
Em quartos fechados
Em ruas
Caminhos errados
Tortos
Vivo a poesia
Para falar de enganos
Amores perfeitos
errados
Amores certos
Incertos
Canto minha saudade
Conto
Mulher carente
Entregue
Mulher amada
Que não ama
Mulher que ama
Mulher não amada
Que chora nas noites
Que sorri no dias
Um ser só
Calada
Jogada no tempo
Em livros não lidos
Em versos perdidos
Em sonhos !
Porque tenho luz como guia
Vejo o céu como mar...
Sou cada gotinha de orvalho
Sou cada verso a cantar !
Me sinto rios em correntezas
Me faço vida a sonhar.
Sou flores pequenas, pisadas
Sou tantas e nadas
Nesse mundo de guerras
Frias
Amores contidos
Não vividos...
Poemas, rimas
A rimar !
Fluem versos em mim...busco teu riso...quero, vou a luta. Sou assim: meus defeitos entrego, meus sonhos também !
Música é uma carícia... me perco, me acho... me encontro em tardes de outrora... sou levada e esbarro nos olhos teus! Dou de cara com teu riso oculto, escuto teu silêncio... e volto ao começo de nós!