Sos
Me falta calor,
sabor,
corpo presente,
nesse momento ausente.
Horas a sós,
a dois,
respiradas num abraço,
num sopro,
num descompasso.
E uma dança,
sem música,
dança de amor,
de paixão
e não de solidão.
Carinho ao tocar,
mãos a acalentar,
gosto a despertar,
arrepio a sentir,
quando o cabelo esvoaçar.
O chão a estar presente
o relógio a observar
o íntimo e tocante
o segredo ardente
de um desejo ausente.
Somos medrosos por natureza, tendemos a sermos mais fracos contra eles, mas se não estivermos sós poderemos lutar contra eles e a vitória nos aguarda.
o tempo e a qualidade desse tempo que passamos a sós com Deus é um indicativo do nosso amor e dovoção para com Ele
Quanto mais nos sentimos sós, mas andamos em meio à multidão. De repente, quando você ver que tudo passa, você sabe: Eram todos suspeitos. Porque não tinha condições de ter existido tanta felicidade e ser tão completos, todos aqueles usaram máscaras.
Eu chorei e você sorriu...
Sorriu tão bela, tão só...
que o meu só virou nó dos nossos sós a dois.
Pedi a Deus um carinho no coração
E você sorriu novamente.
Sorriu tão bela, tão minha desta vez...
Que já não sei mais não ser carinho.
Eu cantei desafinado e você sorriu...
Sorriu sabendo que era tua a canção,
Que a canção virou convite,
Virou pedido e você sorriu dizendo “sim!”.
Eu te dei meu coração e você sorriu...
Sorriu tão bela, tão certa...
Que nem medo existe mais.
Teu sorriso apertou o passo, subiu no tempo,
Surgiu no trilho, no brilho, no beijo...
Você sorriu e eu sorri também...
Sorri sem saber se agora sou eu ou sou você.
Sei que sou metade de você e você de mim,
Nada além desta modesta explicação.
Sou sorriso caprichado deste amor desabrochado.
Sou sorriso dos teus beijos, encontro dos teus abraços,
Morada da vontade de ver sempre o teu sorriso.
Sou menino apaixonado filho deste sorriso adulto.
Sou sorriso esperançoso deste encontro de não ir embora.
Eu chorei e você sorriu...
Então voltei a sorrir novamente...
Novamente para sempre...
Nova-mente...
Novamente você sorriu...
A lua de mel é o momento em que o marido e a mulher ficam enfim sós e se amam como dois adolescentes, não precisa ser em datas estabelecidas, não existem regras. Podemos estar em lua de mel constantemente.
* Os ossos de um nobre se encontram
Com os ossos de um peão. Estando a sós,
Pergunta o nobre ao outro: - " os teus avós?...
" Por entre essas ossadas que embranquecem
Da lua ao clarão, mostrai-me os vossos" -
Responde-lhe o plebeu iguais os ossos."
Nas pedras sepulcrais ainda brilham
Dos homens a vaidade e a impostura!
Levantai-as, ao leitor lede nos ossos!
Somos todos iguais na sepultura...
No Plural
Sermos a sós
Ser meu teu querer
Ser dois em um ser
Ser bem e ser mal
Ser eu e você
Ser no plural
Nós!
Dentro da minha solidão
Encontrei com a tua
E já não somos sós.
Do outro lado sinto
Que tem alguém
Que me responderá quando
Eu chamar e que as
Vezes, no silêncio dos dias
Preencherá o vazio
De minha vida com
Suas simples palavras.
Um alguém que nunca vi
E que já desejo
Porque consigo senti-lo
Perto de mim.
RESTRITA REALIDADE
E o que dizer sobre as ventanias
que enfrentamos a sós?
Que simplesmente passamos por elas
ou são elas que passam por nós?
É a dor indevida, é a emoção contida
E a melancolia...Ah, a melancolia!
Um presente algoz
O desterro cruel na alegria de vida
Tanto ardor e não saber o que fazer com a dor
É irônico o destino e a realidade, restrita
incita ao amor p’ra desabrochar em flor
Porem a cruel e indevida incompreensão
cerceia a livre expressão, desvanece a cor
e concreta, decreta a não condição
Sós
Meu maior sonho?
Amar e ser amado.
Por vezes me vejo sozinho...
Enquanto aos montes cercado.
Pode ser minha sina ou destino,
Não ser feliz por inteiro.
Vivo por esse amor cristalino,
Apostando ser verdadeiro.
Quem sabe serei feliz?
Amante amado...
Dono do meu próprio nariz.
Por seu amor enfeitiçado.
E assim tudo passa,
O tempo e a juventude.
Talvez para minha desgraça...
Meu coração de torne rude.
Eu tome decisões erradas,
Faça outro sofrer...
Logo de mãos atadas...
Possa em silencio morrer.
Mesmo assim me vejo sonhando.
Em teus braços começo a voar,
Mundo a fora vou voando...
Não me importando em voltar.
Toda uma vida...
Em um simples devaneio.
De quem em cada despedida,
Sente o coração partir-se ao meio.
Sozinha na multidão
Como tantos outros
A sós consigo mesma
Esperava por resgate
Soprou a mensagem
Qual será o destino?
Naufragou numa ilha
Mas sonhava sair dela
Seria possível?
Imaginava-se voando
Encontrando a paz
Desejada paz de alma
Idealizava o bem viver
Que ali não poderia estar
Juntou-se a outro náufrago
Compartilhavam tal propósito
Deram as mão
Eram fortes
Seguiram com esperança
De início planejaram
Dia após dia, pouco a pouco
Traçaram uma rota
Detalhes e mais detalhes
Arquitetaram uma embarcação
Testaram por precaução
Era hora de esperar
O dia perfeito chegaria
Iriam embarcar rumo a paz
Quanta expectativa
Viveram naquela agonia
Por longos tempos
Enfim o tal dia se aproximava
Conforme precisos cálculos
Seria no próximo entardecer
Eis que surgia o esperado crepúsculo
Que fascínio
Um lindo céu de batata doce
Observar era como fazer uma prece
Era como estar em transe
Quando se deram por conta
Tarde demais, que sorte
Foi-se o tal momento perfeito
Não embarcaram, nem esbravejaram
Tudo era fantasia
A paz que tanto almejavam
Dentro daquela velha ilha estaria?
Não foi necessário embarcarem rumo à paz
A paz embarcou rumo a eles
Invadiu suas almas com sutileza
O esperado pôr-do-sol
Foi mesmo digno de espera
Tal qual realeza
é tão bom sabermos que nunca estamos sós a cada instante renascemos e é tão bom sabermos que a cada renascer podemos contar com um amigo tão bom assim que nem você...Como um anjo que caiu do céu...E é tão bom também sabermos que podemos confiar nessa pessoa...e é também tão bom poder dizer uma coisa para você...Te amo!
