Sonhe como se Fosse Viver
Futebol não é circo, é arte. Pão até gosto do pãozinho francês, mas se fosse brioche a coisa ficaria feia. Gosto mesmo é de croissant, e assim mesmo não é qualquer um que passa pelo meu crivo.
Hoje tremi nas bases pensando no discurso dos chatos de plantão que querem nos tirar um dos poucos prazeres que ainda temos, que é o de poder ter acesso a um espetáculo que é pura arte. Tremi e temi, perder o jogo e ter que engolir mais um governo vermelho. Mas os deuses do olimpo que protegem os jogos desde a antiga Grécia fizeram a justiça que o árbitro não fez. A nação brasileira hoje teve o direito de embriagar-se de felicidade.
Neva em Nova Iorque, o frio é amenizado pela cor emprestada dos enfeites de natal. Se fosse tudo tão branco acho que enlouqueceria, mas felizmente há uma profusão de verdes, vermelhos e dourados. Parece que o natal é privilégio daqui.
Se casar fosse ruim não se escreveria assim, a palavra seria grafada assim: caZar. Até os nubentes são chamados consortes...
Não pise em mim como se eu fosse uma barata.
Pise como se eu fosse uma pedra.
É, uma pedra está bom.
tudo que era de dentro era veraz
quem me dera,se este "era" fosse agora
felicidade para se viver era não crer.
não crer neste tempo ingrato
afinal ser romântico ia além
além de ser o todo, queria ser singular
ímpar mesmo que plural...
que fim terreno
etérico
terno
novato
coitado.
Não olhe pra mim como se eu fosse a única culpada. A última palavra pode ter sido dura, mas as lágrimas que eu chorei ninguém vai apagá-las.
Tantos "se" rodopiavam ao seu redor. Como se lhe fosse possível fazer escolhas, para ela não há o que escolher. Resigna-se ao pensamento incerto... Do que pode ou não ocorrer "se" ...
Há que se martirize pelo passado, pelo que deixou de lado. Há quem sofra pelo futuro, pelo que ainda vai ser. Ela não. Ela amargava o presente, cada momento era possibilidade de algo que não sabia o que era... O sentimento de estar em outro lugar.
Ela era triste, nada a satisfazia... Nada amenizava e nada a deixava feliz. A verdade é que os "se" de sua vida se interpunham entre ela e o mundo... Vivendo assim num lugar imaginário e sombrio.
Seus pensamentos nunca acompanhavam seus passos, pois estavam sempre divagando nos "se" de ações que muitas vezes nunca viriam a acontecer.
Ela era boba... Seus pés mal sentiam o solo e ela já queria estar em outro lugar "se" pudesse. Sua companhia não era agradável, pois suas atitudes não eram completas.
Sua vida passou aos poucos... Definhando nas incertezas apresentadas pelo mundo e por sua mente que nunca parava de interpor um "se" entre a vida e ela. Entre ela e uma possível felicidade... Felicidade que nunca viria "se"...
Ela sentiu suas mãos enrugarem e olhou pra trás em sua vida... Uma vida banal e pobre, baseada em sofrimentos não palpáveis que se tornavam mais vívidos a cada dia. Ela se olhou no espelho e viu um rosto envelhecido, porém pouco sábio. Não havia tido experiências que lhe trouxessem bom senso.
Os "se" das incertezas futuras a haviam tragado e levaram consigo sua juventude... A ela, só restaria agora o desprazer ímpar de usar seu tempo para se arrepender desse passado sem nada construído.
"Se" ela soubesse...
Lidamos com a vida como ela fosse uma ciência exata. Na verdade queremos que ela funcione como tal. Mas, desculpe meu amigo... A vida não é Matemática!
Eu
Eu nunca guardei flores
Embora fosse como se as guardasse
Minha vida flutua como as asas
Voa no céu e na imaginação
E anda no coração das estações para observar e para amar
Apenas o sentimento do coração tem brilho
e tenta comunicar-se com qualquer cor
Embora ela sinta vida... como um pôr-do-sol, que é sua existência,
sempre esfria ao lado da planície
e me diz, como se fosse um sol quente,
Que o meu mar é uma janela.
(Inspirado, sem saber, em "O Guardador de Rebanhos" - Alberto Caeiro (Fernando Pessoa)
Concerto.
Cansei de juntar os retalhos desse “suposto” amor, remendar e sair por ai como se fossem sentimentos novos.
Outra vez tudo se rasgou, e dessa vez o tecido está surrado demais para que eu costure.
Só espero que daqui um tempo você não me veja novamente com a agulha na mão, tentando fazer outro concerto nessa peça de roupa que hoje vejo que não me serve mais.
Eu também espero não me ver novamente assim.
Odeio admitir que estou aqui.
Preciso de um tempo, para me refazer de novo, costurar-me sem defeitos, com linhas justas que caiam bem em mim. Sem ajuda, e sem conselhos de ninguém, dessa vez vou fazer diferente, dessa vez quero surpreender a mim mesma.
Ainda me lembro como se fosse ontem o dia em que eu parti do meu sertão castigado, terra de gente sofrida, porém alegre e marcante. Eu ainda era uma "menina"... Eu trouxe comigo o sorriso brejeiro, valores aprendidos na casa materna e os sonhos que por serem tantos mal cabiam na bagagem. um deles era poder expressar meu pensamento, tanto em prosa quanto em versos. Hoje percebo que o tempo me logrou não só a juventude como também a inocência que tive um dia, mas o meu sorriso ainda é o mesmo.
Se fosse minha filha se chamaria Lívia. Lívia que sabor teria de colocar meus lacinhos azuis no seu cabelo, te adornar com meus colares e brincos vermelhos, te perfumar com minha fragrância favorita, e meus lenços no seu pescoço aquecer? Lívia que veio com outro nome, e que gosto tem? Ah, sei bem, com sabor de mel adocicado com frutas e chocolate, que me lambuza e me faz feliz.
E como a uma borboleta, Ana prendeu o instante entre os dedos antes que ele nunca mais fosse seu.
Sou atraído à idéia de seus lábios explorar o meu corpo como se fosse um mapa e você vivia sendo perdido de propósito.
