Soneto da Falsidade de Vinicius de Moraes

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Deixamos de subir alto quando queremos subir de um salto.

Não é a fortuna, mas juízo somente, o que falta a muita gente.

Os bons presumem sempre bem dos outros; os maus, pelo contrário, sempre mal; uns e outros dão o que têm.

O louvor não merecido embriaga como o vinho.

Os bens que a ambição promete são como os do amor, melhores imaginados que conseguidos.

A maior parte dos males e misérias dos homens provêm, não da falta de liberdade, mas do seu abuso e demasia.

O erro é a noite dos espíritos e a armadilha da inocência.

O trabalho involuntário ou forçado é quase sempre mal concebido e pior executado.

O que se aprende na juventude dura a vida inteira.

Um versificador não considera ninguém digno de ser juiz dos seus versos; se alguém não faz versos, não sabe nada do assunto; se faz, é seu rival.

É um gládio perigoso o espírito, mesmo para o seu possuidor, se não sabe armar-se com ele de uma maneira ordenada e discreta.

Muito transforma-se em pouco se se deseja um pouco mais.

Uma nuvem sobre a alma cobre e descobre muito mais a terra, do que uma nuvem no horizonte.

Quando desejamos pomo-nos à disposição de quem esperamos.

É verdade que, por vezes, os militares, exagerando da impotência relativa da inteligência, descuram servir-se dela.

A democracia é como a tesoura do jardineiro, que decota para igualar; a mediocridade é o seu elemento.

As mulheres dão mais valor aos atrativos do que as paixões.

O muito juízo é um grande tirano pessoal.

A vaidade de muita ciência é prova de pouco saber.

É judiciosa a economia de palavras, tempo e dinheiro.