Soneto da Espera

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O FIM (soneto)

Talvez queria, quando tive. Mas quis
Que, este amor fosse tão duradouro
Entre o prólogo e o ponto... ser Feliz!
Um infinito e cintilante belo tesouro

E na rima aflita de poemas vindouro
Só me restam, as lágrimas e cicatriz
De um dia apaixonado e vivedouro
Sonho. Agora na magia, canto infeliz!

Tu, fado sagrado! Vós também, ilusões
Sangram em sofrimentos, íeis por mim
Como uma traquinice nas vis sensações

E, o meu amor, assim, em tom marfim
Vi que o olhar passou a ter decepções
E nas tuas sombras, razões para o fim.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
21/02/2020, 05’32” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

PENAR (soneto)

De outras sei que já não sou a ti importância
Tu, querendo menos do que o querer parece
Tu, amando pouco do que o amor quisesse
E entre lágrimas e preces... a dura distância

De modo que a paixão perdeu a fragrância
O olhar sem o desejo... a melancolia tece
Um coração frio, como se nos polos tivesse
Certo, amor, já é outra a real circunstância

Então, da minha atenção um vazio fazes...
Silencioso, e tão repleto de entretanto
Que nas linhas da afeição só tolas frases

Já não mais ouves o poetar em pranto
Nem mais voga a dor que assim trazes
Essa, dor doída que no peito dói tanto!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
22 de fevereiro de 2020, Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

O BEIJO (soneto)

Há no amor um toque de instante de magia
que é a do beijo, o afeto por ele entrelaçado
a alma em um infinito em êxtase de alegria
dos lábios comprimidos e todo encantado

Um mistério bendito de mutação luzidia
duma força e grandeza no prazer ansiado
aflito, mas, calmo nesta tão doce romaria
em um agito, corrompendo todo o agrado

O beijo flecha o olhar de todos os amantes
tão certeiro, em uma sensação de quantia
enfardando os pensamentos num abraço

É porque, entre os lábios ali soluçantes
o tempo estaciona, e ampara a harmonia
na paixão, no ser, ocupando todo o espaço

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
25/02/2020, 05’02” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

TROVANDO COM ESPINHOS (soneto)

Sofrência sem tempo, dor com agonia
Que suspira e sufoca a emoção no peito
Que cala mais do que a solidão queria
E com tanto aperto ainda não satisfeito

Amor, que a boa sorte assim repudia
Em uma ação de azar e sem proveito
E tanto... sorriso para a cruel arrelia
Fica inacabado, ficando imperfeito...

Poema, sem sintonia, que consome
Musicando das mágoas só lamento!
Cego sempre o poetar que desanimas!

E eu tenha sempre, paixão: - com fome
O coração, gelado no cálido sentimento
Com espinhos trovando as áridas rimas.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
25 de fevereiro de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

Infiel ao soneto

Eu vou cuidando de mim,
De um jeito ou de outro
As coisas sempre têm seu fim.
Nonsense, passageiro ou verdadeiro.

Ó Cronos, só eu por eu até os confins.
Da minha existência és timoneiro
E eu mera tripulante enfim.

Que resguarda as perguntas
Nesse mar sem respostas.
À deriva, às escuras sem norte
Sem rumo e jogada à sorte.

Só sei que nesse trajeto de luta
Vez ou outra me recordo, latente,
A boa gente que meu ser recruta.

Inserida por VitoriaMayaraCima

SONETO PÓSTUMO

O destino me mostra de repente
Que a vida já não tem o mesmo encanto
Nesta dor a dilacerar a gente
Em que o sorriso deu lugar ao pranto

Só quem perdeu sabe o que a alma sente
Ao sucumbir em algo que dói tanto
Ante a saudade que se fez ardente
Numa queda que não sei se levanto

Ó meu Deus! Como pôde ser capaz?
De tão cedo levá-lo ao Céu num ai
Se sabes a falta que ele me faz

Na minha triste lágrima que cai
Em face da dura campa onde jaz
A quem com orgulho chamei de pai

Inserida por PalavrasAtrativas

Poema que governa
nos laços do teorema
sois cada estrofe deste soneto,
no glamour de tantas vidas,
sois o desejo eterno...
que busca profundamente em teus sonhos,
momentos furtivos,
em instantes inesquecíveis,
as obras do acaso nos encontramos.
no ador do amor somos uma unica nota,
entre sussurros se tem o amor.
nas eternas declarações te amo...
e o para sempre ganha outros valores...
quando acordamos desde sonho estamos mortos.

Inserida por celsonadilo

soneto:

amo-a

Ama-la-ei bem como amara-a
tanto quanto hoje a amei
quanto amanha a amarei.
Quando a amei,sem saber ,eu amava-a.

Não sei dizer, mas ,amo -a.
Com mais intensidade que ontem,direi
porém atenuado ao amanhã,pois sei
que vou amar cada vez mais ,pois amo-a.

Confesso que sinto a necessidade de rememorar
o quão eu a amo, dia após dia para não arrefecer
sei que se acaso for, preciso de todas as formas acalorar

esse nosso amor e não deixa-lo morrer.
No que sei sobre amor,acho que isso é amar
amar é provar todos os dias que o amor pode vencer.

Inserida por diogo_tavares

SONETO DE ARVERS
Tradução de Guilherme de Almeida
Autor: Felix Arvers (1806/1850)
Tenho na alma um segredo e um mistério na vida:
um amor que nasceu, eterno, num momento.
É sem remédio a dor; trago-a, pois, escondida,
e aquela que a causou nem sabe o meu tormento.

Por ela hei de passar, sombra inapercebida,
sempre a seu lado, mas num triste isolamento.
E chegarei ao fim da existência esquecida,
sem nada ousar pedir e sem um só lamento.

E ela, que entanto Deus fez terna e complacente,
há de, por seu caminho, ir surda e indiferente
ao murmúrio de amor que sempre a seguirá.

A um austero dever piedosamente presa,
ela dirá, lendo estes versos, com certeza:
— "Que mulher será esta?" — E não compreenderá.

Inserida por rafapoetadorecife

SONETO

Ao pesar
Eu poderia imaginar
No tamanho da saudade
Que sinto do seu olhar

Queria estar com você
Até ao amanhecer
Tenho vontade em te ver
De manhã até ao anoitecer

Contigo quero viver
Pois tu es o meu bem querer
Pois com você, eu quero florescer

Te amo mais que tudo
Com todo amor deste mundo
Te amo, e isso e tudo.

Inserida por coralia_oliveira

cadáver
soneto profundo
que mergulha
no profundo
do seu ser
necrofilia
te amei ate morrer
coloque seu corpo
numa estante que queimou
quando lhe disse meu amor.
estava bêbado
lendo destino tortuoso
e deu boas vindas
a teu fim quando se deu
num abraço,
e ouviu o catar da cotovia
se deu conta que musica que tocava
terminou quebrando o disco,
de tantas vaidades
o refresco foi deixado ate moscas morrerem...
sob luz de velas morre um pouco cada dia,
tantas parcelas de culpas,
que noite tem tantos sentidos.

Inserida por celsonadilo

Somos Eternos

Edson Cerqueira Felix
05.04.2019
Soneto

Ela tem os olhos da cor do céu
Seu paladar
Tem sabor de uvas brancas
O teu sorriso é como a lua minguante

O cinto de sua cintura
São gavinhas das plantas
E as plantas dos seus pés
Estão sobre a água

Se ela se materializa
Numa pele morena
Eu reconheço-a

Se ela tem cabelos dourados
Não se esconde de mim
Assim como me conheço, conheço-a

Inserida por felixedsoncerqueira

Relâmpagos

Edson Cerqueira Felix
06.04.2019
Soneto
Para Verônica Ribeiro

Eu não sei o que fazer
Se eu sou o culpado
Ou se não
De o tempo ter fechado essa noite

Eu não suporto imaginar
Na sua casa
No seio do teu lar
Brigas por minha causa

As crianças não merecem isso
Tem até um bebê
Ah não

Meu amor
Não permita que isso aconteça
O tempo fechar de novo

Inserida por felixedsoncerqueira

Sol do meu Coração

Edson Cerqueira Felix
09.04.2019
Soneto

A energia positiva
E mais que positiva
A luz do amor
Brilha em lugar escuro

No meio da escuridão, no breu
A luz sou eu
Ela não pode ser
Colocada em baixo da cama

Você espera que eu a esconda?
Coloque óculos escuros
Pra não ofuscar os seus olhos

A energia positiva
Só é verdadeira
Quando emite o amor

Inserida por felixedsoncerqueira

10º Céu

Edson Cerqueira Felix
12.04.2019
Soneto

Não somos dados ao prazer
Mas tudo o que nos dá prazer
É a companhia
E um beijo basta

De eternidade a eternidade
Nem os milhões de anos
Nos separa
Um do outro

O prazer de um único abraço
Transforma a emoção em um delírio
Sem solidão

Nosso coração dispara
Como se fosse um
Um nirvana

Inserida por felixedsoncerqueira

Soneto estelar

Sozinho e perdido em um
Lugar que não sei aonde
Vou parar

Não vejo estrelas nesse lugar
Tudo o que há é o imenso
Céu sombrio...Que mostra
A noite sem brilho

Busco apreciar a beleza estelar
Para clarear a noite mais bela de
Minha vida

Enquanto não conseguir apreciar
Vou imaginar e sonhar
Com o anoitecer estelar
Até poder encontrar

Um soneto à Platão

Se conheço a mim mesma,
deveras que és por ti Platão
que fizeste - me a razão d'alma,
meu ímpeto e minha emoção!

Não fujo ao que me faz sabia,
se em tudo há racionalidade
do que argumenta a filosofia,
em mim um resto de vaidade...

porque se conheces o que tu és
reconhecerei em mim o que sou
ás margem da razão que me fez!

Só assim a liberdade de que falou,
em mim apraz - me ser sem revez,
pois, de ti, fiz de mim o que sou!

Platão foi um filósofo e matemático do período clássico da Grécia Antiga, autor de diversos diálogos filosóficos e fundador da Academia em Atenas, a primeira instituição de educação superior do mundo ocidental.

Inserida por marialu_t_snishimura

Soneto

Tudo eu sei ei de saber, fato.
Aprendo com teu pensamento
Sua forma de agir e de fazer
Me espanto, aprendi de novo

Rápida a vida me é caro.
Sequelas do tempo cicatrizes
Temporais a muito sofri
Me recordo cada uma, vivi.

Vago... como aluno da vida.
Olhando vou vários detalhes.
Nascer e morrer outro pequeno.

Estudo infinito gozo meu
Ensino-te aprendendo também
Lição de hoje única, viver.

Inserida por AnthonySanches

SONETO DE CARNAVAL (de outrora)

Distante da folia, o cerrado me afigura
A saudade como um saudoso tormento
Lembrar dela é uma sôfrega tal tristura
Esquece-la é nublar o contentamento

Ausentar de ti é a mais pura amargura
Todo momento é gosto sem fomento
Máscaras sem brilho nem alegre figura
Uma fantasia no samba sem afinamento

E no saudosando os tempos de outrora
Enquanto fugaz vão-se os anos, enfim
O que tenho pra agora, só silêncio afora

De toda a diversão a quietude em mim
É regente, pois já não sou parte da hora
E meu carnaval vela o traje de arlequim

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Fevereiro de 2017
Carnaval
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

CANTANDO O CERRADO (soneto)

Essa vossa árida serena formosura
Que as exibe, és casta e tão tanta
Tanto mais a cena vossa apura
Quanto mais os olhos prende e encanta

Mostrais vossa diversidade em tal ventura
Com uma graça igualado duma infanta
Que põe alfim alguma desdita e tristura
E o espanto se aumenta ou se aquebranta

De tal beleza entrajais, oh vária flora
O meu enlevo, de guita tal tecendo
E destecendo o desencanto, um engano

Que, se ei perdido o extasiar outrora
Agora és só elogio os faço dizendo
Pra asinha referir-te como tal soberano

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano
Paráfrase Abgar Renault

Inserida por LucianoSpagnol