Soneto da Espera
SONETO SOFRIMENTO DA ALMA
Ó Vida! Que fizestes sofrida
Sonho de um tempo envelhecido
Vida que se vai desfalecida
Coração chora entorpecido
Alma se vai escura e dura
Ao encontro de uma ausência
Ó Vida! medo e amargura
No vazio, tristeza e carência
Vida de mistério sem virtude
Ó Vida! Que se vai esquecida
Deixando uma calma inquietude
De uma lúdica realidade
A falsa esperança é o fim
De uma vida sem felicidade
Soneto de uma triste vida
Colho dos cacos da noite
Um pouco do que restou de mim
Pedaços de um coração pulsante
Que aos poucos para por sofrer assim.
Restabeleço-me a cada dia
Fazendo deles dias todos iguais
Para que reste um pouco de energia
Vivo sem esperar nada a mais.
Não se faças tão triste ó vida minha
Estou como uma rosa a despetalar
Tu és só minha mesmo sem amar.
Sendo que sois minha e me amas
Não permitas que eu sofra assim
Volte vida a sorrir para mim.
Soneto I
Falta disto eu sinto
Amor, isto espero
Mesmo sendo sincero
Porque nunca minto!
A fata me consome
Me corrói por dentro
Sinto e assim lamento
Me sinto sem nome.
Carência, tal resisto
Mas nunca escondo
Puro, sem confronto.
Brando, calmo fico
Como o baixar da maré
Com tudo, me sinto rico.
SONETO DA SAUDADE
Lembrança amarga que entristece,
regendo no tempo um dissabor constante...
Reveste-se de incerteza a cada instante,
movendo moinhos de ventos que estarrece.
Lembrança doce que acorrenta,
maldizendo o destino que separa...
procurando o prazer que dessedenta,
em função da dor que não repara.
E assim, no barco de ilusões vertentes,
Desilusão é apenas ponto de partida...
em lúgubres águas correntes.
Tão triste quanto uma estrela sem vida,
a saudade em formas aparentes,
corroídas na dor sem uma despedida.
Soneto do Sorriso Triste
Não ria assim de mim,
pois um dia esse sorriso
foi meu, e era lindo
e meu choro era teu.
Não zombe da minha face,
um dia precisaste dela
para acaciar
e meu prantopor ti enchugar.
fostes como maré em tempestade,
eu como praia
que esperava tua calma,
A amante que fiz-me tua
sobre o mar a olhar a lua
foi embora com omesmo sorriso.
Soneto do Passado
Não vou mais chorar pelo que passou
Se meu coração sofreu demais
já nem sei se me amou,
Vou te deixar em paz.
Com você não fui feliz
Tentei e até menti
mas virei aprendiz
do poço onde caí.
A solidão já aliviei
Hoje a você eu dou perdão
Uma pessoa alegre virei
Não tenho a conta de quanto chorei
Mas sei que nada foi em vão
Só eu sei como eu te amei .
Soneto de Amantes Proibidos
Vida feita de desencontros
para uma complexa razão de se ver
de alegria a tristeza encontra
um simples querer.
Uma vida complicada,
de razão nenhuma.
Um amor de quase nada,
duas mãos viram uma.
Desejo feito no olhar
Um carinho quer sentir
Motivo esse de cantar.
Um lugar a sós pra ficar
Palavra calma de ouvir
Sonho lindo de amar.
Soneto verbo ser no futuro
Seria tudo diferente
Amor novamente iria sentir
Um sentimento assim impertinente
Algo diferente do que já vivi.
Seria algo feliz
E acalmaria meu coração
Seria tudo que sempre quis
A vida passando em uma canção.
Espero que concreto se tranforme
De lindos olhares em direção
Forme um só molde
Revelando uma nova paixão
Sem dor e sem pesar
Um simples bem querer de amar.
Soneto Ao Luar
Saí de madrugada, sentei em uma escada,
Olhei a beleza da Lua nesta medrugada tão fria,
A Lua, que é uma teia aonde se prendem as lembranças,
As mais preciosas lembranças, que sempre nos vem ao olhá-la.
E ao olhá-la minha mais preciosa lembrança me vem ...
E vem ... Calmamente, me conduzindo sua imagem
Enquanto me mergulho no melancólico silêncio da noite ...
Adimiro a Lua que mesmo não me trazendo sempre felicidade com as memórias,
Não deixa nenhum de meus melhores momentos morrerem ...
SONETO DO SEU OLHAR
O seu olhar é como um mar
Doces seus gestos, sua brandura
Quando singela me insinua
Sua pureza seu amor
Sou navegante como a lua
Flutuante no meio do escuro
te vendo, me encontro, és tão puro
Seu olhar me semeia ternura
o meu céu é estar ao teu lado
Sou livre no que me prende
É o seu olhar que me aprisiona
Enfim, parado, sigo em frente
E vejo o amor, não se estaciona
Nesse náufrago olhar, sou amado...
Soneto do tempo
Penso no tempo que não volta mais
O tempo que voa com a eletricidade
Que castiga com seus temporais
Destruindo templos e cidades
O tempo que passa sem ser percebido
Pelos meros e pobres mortais
Que jaziam no limbo esquecido
E se vão como folhas nos vendavais
Ah! Tempo! Inimigo perpétuo
O que fazes tu no meu caminho?
Se pudesse andava sozinho
Sem pisar nas tuas armadilhas
Sem prender-me em tua prisão
Tempo, o que fazes tu na exatidão?
Soneto de amor
Motivo agreste, de grande dor e inspiração;
Desdenhando, seu prestígio e importância;
Me domina o ser mau, vence a ganância;
E me liberta, misérias do coração.
É tormento, é dor, que corta a respiração;
Dessa dor, que predomina, eterna e breve;
É carinho, que nos mata ao de leve;
É um caminho, sem retorno e sem perdão.
Se o teu carisma, perdura entre levas;
Minha procura é uma batalha só por si;
Querer-me teu não é dádiva que devas.
Teu doce ser ilumina as noites cegas;
És flor de estufa, mais amada que vivi;
Amor assim, não mereço e não me negas.
Soneto do amor livre
Deixo livre meu amor para amar.
Deixei desenhado seu rosto junto ao mar,
com pequenas ondas a levar...
a imagem do homem que amei e deixei livre para voar.
De joelhos na areia vejo se desmanchar "meu amor"
A brisa suave me embala e o sol me toca.
Quero voltar a sonhar,
mesmo com o coração em "pedaços" um dia eu ei de amar.
Com versos simples de amor profundo,
deixo escrito aqui o meu amor por ti,
que vivi mais que perdi.
Do meu amor eu vou lembrar...
Como estrelas a contar,
assim, o meu amor eu vou guardar.
Soneto do sonho mágico
Busco-te entre sonhos impossíveis
onde o amor é mais que amar,
é uma união mágica, Suave névoa,
mas, eu não posso te contar
nem eu mesma me atrevo em acordar,
também para quê? Se é tão bom sonhar
já que em minha realidade voce não está.
Que vento lindo agora eu sinto...
um leve toque, um suspiro,
num segundo eu acordo.
Molho o rosto e me lembro de tudo.
Olho no espelho e logo digo:
- Meu amor, toma-te esses versos, dai-me um beijo,
mate minha sede e me faça sonhar novamente.
Soneto da saudade
Deixo guardado seu sorriso na "gaveta"
sei de cor sua música favorita.
Sinto seu perfume no ar e começo a chorar...
A saudade aperta, não sei como explicar,
os dias a passar são tristes,
sem voce aqui para me ajudar.
Sinto uma dor "aqui dentro" que não sei como controlar,
parece que vai arrancar meu coração do lugar.
Saudade, que saudade...
Até perco o ar. Se eu fechar meus olhos eu posse lembrar,
das palavras que me dizia: -O Pai te ama minha filha.
Se pudesse voltar no "tempo" tudo mudaria
começaria a falar ao invés de escrever.
"Meu querido Pai, meu amado amigo".
11 meses sem meu Pai .
Doce soneto.
Que os amores comecem e não terminem
Que os dias de sol venham acompanhados de uma brisa fresca
Que as noite sejam quentes e alegres
Que a vida seja doce.
Que a alegria seja presente, sempre
Que a tristeza se faça ausente
Que os sorrisos sejam felizes
E que os olhares sejam sinceros.
Que o mundo se torne um lugar, de fato, melhor [com o passar do tempo]
Que as cidades ganhem qualidades de vida, para todas as vidas
Que as ruas nos levem a caminhos, calmos e tranquilos.
Que das janelas, possamos ver tudo o que nos faça bem.
Que a pé, possamos ir mais longe
E que de perto, possamos manter o coração.
B.
Soneto do amor ao nada
De que adianta o amor?
Por quê tanto?
Não se cheira, não tem cor.,
Apenas causa dor, espanto.
Compara-se com sombra no escuro,
Compara-se com poeira no mar,
Compara-se com uma luta de espada e escudo,
Estamos apenas sujeitos a entregar-se a amar
Entreguem-se as loucuras desse sentimento:
Viva, ria, sorria, você amou;
Sofra, chore, humilhe-se, você sofreu por isso.
Mas a vida não acaba aqui,
Tem muito por intervir,
A vida não acabará aqui.
Soneto de Despedida
Da primeira vez ocorreu impetuoso
oprimiu a calma feito um louco
violentando meu ser pouco a pouco
fez dos meus olhos secos aquoso.
Da segunda vez ocorreu a esmo
resumiu o caminho eterno a colisão
assassinou friamente a paixão
fez dos meus olhos amantes ermo.
Enquanto teus olhos brilhavam aos meus
o choro, a sofreguidão, o impeto que ocorreu
era claro meus olhos ainda eram teus
Quando meus olhos se perderam aos teus
a morte, a colisão, o ermo que ocorreu
era claro teus olhos não eram mais os meus
Soneto Comodista
Vem meu amor, vamos sair da caixinha,
Dessa metódica musica que origina fraqueza
De uma nota só, de melodia sem linha;
Do que ouço ao corpo sem destreza.
Afeta-me os fortes ventos vindo do sul,
Que sem norte fez imortal o improviso.
Tamanho canto em desmedido azul;
Que a existência só clareia meus ouvidos.
Vem, meu amor, vamos improvisar,
A musica de uma nota só cansa,
A dança sem o movimento não é ar;
Amor vizinho sempre terá fome de ritmo
Sustente a cadencia, dança e improviso,
E assim a musica do amor não irá ao abismo..
