Soneto da Espera
Divagações filosóficas: Se o nosso Espírito retorna e Reencarna, onde ele fica enquanto espera a sua vez? Se ele fica individualizado esperando o seu reingresso, por que, ao ingressar ele deixa pra trás todas as lembranças, registros e experiências vividos anteriormente? Se não há nenhuma ligação da vida atual com a anterior, ficando seccionadas as partes, não há a menor necessidade, nem explicação, de um mesmo Espírito usar de duas ou mais vidas. Não parece haver lógica um Espírito continuar indivíduo enquanto perpassa por vidas enquanto nenhuma carga de continuidade ele traz.
Saudades de quem eu amo...eita coração que olha vago sem tua condução. Fico perdido a sua espera, me encontrarei somente em teus braços, teus beijos e teu calor me sustentará, me sustentará desta fome que és a saudade.
O futuro é como andar de costas... quando você menos espera uma coisa boa passa e fica fora do alcance de suas mãos...
Na vida tudo tem seu tempo, quando se espera o tempo para, quando se conforma o tempo passa, quando se vive o tempo voa.
No instante da distração, quando não se espera mais nada da madrugada, é que as melhores coisas se dão; o sol desponta numa nova estrada.
Sei que tudo tem seu tempo, mas eu não posso espera-lo; sou imperfeito demais para o tempo. Irei dissipar com essa convenção".
É só cansaço. É só tempo escasso e revirado à espera de reviravolta. É só aquele reencontro sagrado. É só meu coração que em paz dorme. Só.
De vez em quando o coração sai pra dar umas voltas e a gente sente um vazio e a espera da sua volta.
Nossa espera nos encara redimida e insistente. Nada está perdido, está sonhado e elevado em nível de urgência em relação a todo nosso esforço rotineiro. Aqui, entre o que nos resta, determinamos o que virá. E a consciência dessa urgência encontra nosso último ato, sustentado no que pode ter sido única diferença pela qual ainda vale a pena esperar.
