Soneto Amor Impossivel
Soneto do inverno no cerrado
O cerrado amanhece no inverno
Dias mais frios, frio árido e tardio
A sequidão no seu ápice bravio
E as manhãs num vento galerno
Em enigmática bruma sobre o casario
Com o sol dessemelhante e alterno
E a sensação de frescor sempiterno
O cerrado se faz em mistério e fastio
O verde transfigura em cinza superno
O céu se enroupa tremulante e alvadio
E as temporãs flores finta o quaterno
As folhas hibernam num cerrado vazio
Tão ébrio, gélido e de um poetar interno
Numa canção de chuva qualquer e estio
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
01 de maio de 2016
SONETO DAS MINHAS SAUDADES
(Luiz Islo Nantes Teixeira)
Todos sentem saudades diferentes
Os pais sentem saudades dos filhos distantes
Os homens sentem saudades de suas amantes
E as mulheres tambem as sentem, por que nao?
Embora nao possamos segura-las com maos potentes
As sentimos em suas dores pungentes nos coracoes
Daqueles que as cantam em suas poesias e cancoes
E tambem nas bocas dos que mentem, por que entao?
Mas existem as saudades feias e mal chegadas
Aquelas saudades das ex-mulheres iradas
Que so pensam colocar os homens na prisao
Ah! Mas existem as outras saudades boas e bem vindas
Saudades das Sonias, Monicas, Cacildas e Rosalindas
Que nunca deixam,pelo menos, o meu coracao
© 2007 Globrazil/Islo Nantes Music
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SERTÃO CERRADO (soneto)
Este amarronzado árido de se ver
Que o cerrado tem no seu cerro
Nos dá sensação de mais querer
No espaço variado, sem encerro
No sertão, a vida, deixa se correr
Em uma magia, num desemperro
Sem pressa, o que tem de suceder
Será. Perder o tom é um fatal erro
Nessa lentidão mirrada, o incrível
Tudo assim, chapadão disponível
Juntado... mais isto, mais aquilo...
A cada canto o encanto acridoce
Tudo é muito como se nada fosse
E tão magnificente em seu estilo.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
22 julho, 2025, 14’44” – Araguari, MG
Soneto para Tamires
Ó alva menina doce criatura divina.
Persuade tu a realidade meretrícia e assim se faz a mais linda boneca de trapo.
Graciosa é para a quem o sol que brilha e sedutora aos que amam o luar.
Subvertendo ao seu mundo apaziguo toda minha dor.
Em sua inocência comtemplo toda sua doçura de menina
Na sua malicia e veneno desfruta de seus atributos de mulher.
Zelo amoroso tem para quando Thamires não é.
Maleável me dou se acaso Tamires lhe fazem.
Consequentemente ora me perco de ti.
Revoco-me sentimentos e sozinho me volto a toda minha dureza.
Mais se tu vens como um menino falto perco-me em teus encantos.
Poupa-me de lamentos vivenciados ao luar não faz deles seus reflexos.
De passado não vive, busca o fim para justificar seu meio
Então a gloria almeja insignificante serão as marcas deixadas por sua busca.
SONETO.
Sentado num tôco de árvore serrada
Lembrando de coisas que o tempo levou
Da vida vivida,toda estabanada
Saudade saudosa foi o que restou
Com um cesto cheio de amores colhidos
Em nada arrependo do tudo que fiz
Criatura de sonho,criatura amada
Na procura e no achado fui muito feliz
Com o sol esquentando a fria alvorada
O alarido dos pássaros já posso ouvir
Neste dia que passa e vai prá memoria
Virando lembrança,virando história
Que fica na mente e no pensamento
No tôco serrado da beira da estrada.
SONETO PRA VOCÊ
Sidney Santos
Vontade de te amar
Minha singular certeza
Assim como as ondas do mar
Fazem da praia, a beleza
Doce sabor dos teus beijos
Calor dos teus abraços
Loucos e fortes desejos
Teu corpo nos meus braços
Vidas que o amor fascina
Mistura de intensos odores
Em lençóis de puro linho
Graça que me alucina
Quando me farta de amores
Moça de nome, Carinho
Dezembro de 2012
Poeta Dos Sonhos
Sou verso de uma canção triste, estrofe de um soneto só.
Sou música que fala da saudade, sou poema que canta a
dor... dor de um amor não vivido, não dividido...sou só
sentimento, que te revela quem sou !
SONETO DA VIDA
A vida quero celebrar, ao alento
De vê-la eterna e para tanto
Se manifestar em todo momento
E a nós, mortais, contentamento
Me faz singular vitima da felicidade
Em eterna torna a origem da idade
Seu sangue pulsa a minha identidade
Vivê-la, em mim vive a eternidade
E quando nem eu mesmo esperar
A continuidade há de continuar
Que seja em seu certo tempo
Para cobrir de alegria o ar
Que espalhará com o vento
Mais uma vida para amar
Tua é voz é soneto para os meus ouvidos.
Teu olhar, luz para os meus.
Teu sorriso, bálsamo para minha tristeza.
Tua ausência, saudade para minhas lembranças.
Volta, preciso sentir tua presença para ser feliz !
Soneto da flor da infância
Eu me lembro, eu me lembro, doce perfume da flor!
Brancas gotas perfumadas e tinham cheiro de amor...
Inebriavam as noites, da minha infância perdida,
Uma cascata verde e branca no verde da minha vida...
Lua serena no céu, a embranquecer minha ruazinha,
Sem saber que o jasmineiro por me ver assim sozinha,
Eu menina inocente, a me embalar em seus galhos,
Flores lançava aos meus pés, qual fina colcha de retalhos...
Foram-se meus verdes anos, cirandas e brincadeiras,
A doce lembrança da infância, da juventude que passou...
Joia que o tempo levou em leves asas ligeiras...
De menina me fiz mulher, mas na memória ainda há dor
Da doce lembrança dos dias, das minhas tardes trigueiras
Quantas saudades eu sinto, meu jasmineiro em flor!
Soneto da Saudade
Patrícia Neme
O céu desperta triste, em tom cinzento,
qual lhe fora penoso um novo dia;
aos poucos, verte, em gotas, seu lamento...
Um pranto ensimesmado, de agonia.
Um rouco trovejar, pesado, lento,
parece suplicar por alforria,
num rogo já exangue, sem alento...
A chuva... O cinza... A dor... A nostalgia...
O céu despertou triste... O céu sou eu,
perdida num sonhar que feneceu,
sou prisioneira à espera de mercê.
Sonhando conquistar a liberdade
desta prisão, que existe na saudade...
Saudade, tanta, tanta... De você!
Queria escrever alguma música, um poema , um soneto qualquer coisa, que não fosse qualquer coisa algo simples porem profundo, usando com perfeição cada virgula, cada ponto, cada figura.
Algo sentimental, algo encantador singelo e impactante ao coração, para tocar um único coração e fazer este coração me notar.
*"Soneto da Existência*"
Nem tudo que os olhos vêem é a verdade,
Na valça etérea das nuvens a fluir,
Ouvindo os sons da vida, em suas melodias,
A busca do ser, é uma eterna sentinela.
Meu nome e sobrenomes, um reflexo de histórias e legados,
Um varão que atravessa os tempos,
Genealogias que caminham sob o fado,
Tece o destino na vastidão de um coração.
Existência senil, direitos e deveres,
Frutos de labuta, em atos altruístas,
Na vida encontramos nosso verdadeiro sentidos.
Com mãos calejadas, eu e meu Pai,
Construímos os alicerces e paredes,
Um mundo em que a dignidade se faz espelho.
E a luta por justiça, um doce conselho.
Meu irmão: Será que levarás o que me tiraste?
Seus estudos no campo dos Direitos,
Vê-se uma impura "Lambada"
Papai: como te amo, te admiro, meu herói, meu Anjo Amigo!
( memória)
Soneto da Noite Prateada
No silêncio da noite, a lua emana,
Seu véu de prata sobre a terra em pranto,
Enquanto as sombras , leve se esvai,
E o vento canta um canto leve e santo.
Estrelas tecem luz em teia fina,
Joias que adornam o manto do luar,
E a alma, que de saudade se ilumina,
Busca o abrigo onde possa descansar.
Em cada verso, um segredo suspira,
Sol de um tempo que já não voltou;
A dor se esvai, a paz no peito inspira.
E o coração, enfim, se redime,
Que a noite guarde este amor que não se apaga,
E a luz da lua cure a alma que estraçalha.
Soneto da Brisa e o Destino
A brisa que murmura,
em seu velado véu,
Traz sons de um passado que o tempo não desfez.
No vasto azul do sonho,
a buscar o teu céu,
Minha alma, em doce anseio, na canção se refaz.
A cada flor que nasce,
no orvalho matinal,
Um verso se revela,
num canto que me traz
A essência mais pura
do amor primordial,
Que em cada gesto aflora
e me inunda de paz.
E o coração, pulsando
na espera que me invade,
Desenha em teu sorriso
um eterno querer.
A solidão se esvai, finda a velha saudade.
Pois em teus olhos vejo
o sentido do ser,
A luz que me ilumina
em toda a adversidade,
O porto que me acolhe
e me faz florescer.
Soneto da Alma
E, por fim, a alma fez-me entender,
Que em cada verso o sopro se fez lei,
Qual brisa mansa que em ti me encontrei,
E o riso meu, constante, a florescer.
Floresceu a tarde, em névoa a entardecer,
Na fria calma, o corpo a desejar
O aquecer terno que se faz do olhar,
No teu abraço que me faz viver.
Entrego o tempo, em melodia e luz,
Ao ritmo calmo que me fez saber,
Que a vida em ti, só em ti, me seduz.
E as tuas mãos, que vêm me aquecer,
São o refúgio, a paz que me conduz,
Num campo eterno de puro bem-querer.
Soneto da Flor e do Adeus*
Minha bela flor, te foste ao céu levada,
Pois o Deus da Palestina assim quis,
Na serenidade te fizeste nuvem dourada,
Talvez na luz que a aurora conduz.
Em um canto rouco, ecoou teu chamado,
Há três dias sonhei tua revelação,
Dizias que eu era teu porto sagrado,
Tua libertação, tua eterna canção.
Mas em teu canto, a verdade se mostrou:
A rede na varanda vazia ficou,
Partiste sem que eu te visse ir além.
Somos passageiros do tempo, é certo,
Nesta viagem tudo finda, deserto,
E eu, alma dorida, fico aqui, sem você.
Tú voaste além das nuvens, ao infinito,
Eu, raiz no chão, guardo o meu lamento,
Querido anjo, viveras em meu coração.
( Memória )
Ternos, eternamente Avós (soneto)
É o dia aos Avós consagrado
Doces, intensamente sempar
Dentro do amparo um olhar
O amor pelos Avós é legado
Acalanto traz no vosso viver
Tanto! Mais, muito esperado
Estar... sobremaneira amado
Vô e Vó, de paixão és teu ser
São duas vezes paternidade
Entusiasmo, a fraternidade...
Sempre lembrança querida
Chegada, partida há emoção
Do genitor a soberana versão
Ternos, eternamente na vida.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
24 julho, 2025, 14’44” – Araguari, MG
*dia dos avós 26 julho
SONETO SOCRÁTICO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Se morri toda morte que se morre,
já vivi cada vida que se tem,
ou de cada bebida o justo porre;
todo mal, se por mal ou se por bem...
Fui além do infinito, após além,
por amor fui mocinho em Love Story,
odiei, fiz a guerra, paz também,
mas ninguém me condene ou condecore...
Sou quem sou desde o dia em que cheguei,
sei de tudo, no entanto nada sei,
quanto mais me procuro e me aprofundo...
Ser poeta me abona pra voar
ou pra ir pelos ares lá no ar,
onde o céu justifica estar no mundo...
SONETO ANTIRROMÂNTICO
Demétrio Sena, Magé – RJ.
Quando quero esquecer nem lembro isto;
sendo assim, não preciso mais fazê-lo;
se me cabe gelar me torno gelo;
caso queiras, partir já tens meu visto...
Dar adeus não requer tamanho apelo;
é um corte que faz sangrar meu cisto;
depois passa, não vou posar de Cristo
nem querer estampar moeda e selo...
Desde agora só és quem aqui jaz;
nada parte minh´alma na partida;
teu aceno me ajusta e deixa em paz...
Tua ida bem-vinda estorna o quanto
esqueci ou deixei ficar pra trás,
e não quebra; rejunta o meu encanto...
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