Soneto 18
SONETO AO PIOR DO HOMEM
Seres abomináveis e sem alma
No cintilar do sangue como espelho
Em mortífera ira que não se acalma
Diante das lágrimas, do sol vermelho,
De aflição e vergonha por esse trauma
Que se pudesse rogaria de joelho
Pelo bem de Gaia, que em dor se faz calma
E num apelo sem voz, o aconselho
A lutar pra que a raiva não o tome
Em espírito de arrasar a Terra
Frente a tanta ganância que o consome
Afinal você é homem que sempre erra
À sombra do mal sem rosto e sem nome
E que se fez só pra viver de guerra
Soneto da criança
Pula, pula num pé só
Gira, ri fazendo careta
Solta pipa sem fazer nó
Noutra é só cambalhota!
Criançada de barulho
Brinca de todo o jeito!
Trás o mundo no peito
Apronta no piscar de olho,
O mundo quer na mão!
Criança pode fazer tudo
Enquanto for por ilusão!
Porque depois crescido
Não pode fazer mais não!
A não ser aí, seu feito mudo!
Soneto do amor
A ti reservei o meu amor,
Do qual fez pouco,
Transformou-o em dor.
Como você foi louco.
Eu que tanto te amei,
Sofri feito louca.
Contigo me enganei,
De tanto gritar me fiz rouca.
Outro ocupa o teu lugar,
Outro que não vai me machucar,
Como você tanto o fez.
A vida é assim amor,
A fila anda e ninguém,
Ninguém quer viver de dor.
O Silêncio
Meu sexto Soneto
É verbo no imperativo;
É calar mesmo sentindo a dor;
É o pedido do professor;
É a mais dolorosa resposta para um bom entendedor;
É expressar com um olhar tudo o que sente no coração;
É o momento de oração;
É falar com Jesus;
É suportar o peso da cruz;
É o grito no deserto;
É não dizer aquilo que não vale a pena;
É a noite na cidade em quarentena;
É o porquê que muitos não podem compreender.
E outros não merecem saber.
É,ás vezes, a responsabilidade do que dizemos.
poeta Adailton
Soneto
Meu pai era um homem feliz
Ele nunca precisou de riqueza para viver.
Ele nunca estudou, mas era educado.
Criou a sua família trabalhando no roçado.
Nunca reclamou de nada mesmo no "cabo da enxada."
Tinha Paciência de Jó.
Era homem de uma palavra só.
Ás vezes fingia não ouvir para não discutir.
Gostava de achar graça.
Bebia "as suas cachaças".
Não mexia com ninguém
Aos filhos queria muito bem.
Lutava pela nossa felicidade.
Lembro-me com saudade.
A sua partida era esperada
A doença o venceu.
poeta Adailton
SONETO AO QUE FUI
E se te perguntarem quem fui eu
Diga que fui somente um entusiasta
De pouca prosa e que nunca escondeu
O desejo de ter uma vida vasta
Conte que apreciei cada jubileu
E se me elogiarem muito, diga: basta!
Fale que fui tudo, menos ateu
Diga que a saudade o tempo afasta
E se a poesia lhe cai como uma luva
Conte que eu estava triste ao compor
Sem saber o que era lágrima ou chuva
Não fale que fui poeta pensador
Porque não fui poeta e nem mandachuva
Quando se trata de versos ao amor
QUE COISA PASSEI NO AMOR
Nosso amor era lindo.
Era tipo o soneto do Camões.
E que nenhum compositor compôs!
Nossa romance fazia inveja ao povo,
Você era apaixonada por mim,
E eu até hoje sou por tu...
Não sei o que deu em você:
Que me fez de Bentinho,
E você se tornou a Capitu.
Você dizia pra mim que se
No céu houvesse casamento,
Você casaria comigo novamente.
E eu acreditei nisso.
Só que amar, cada um ama diferente.
O seu amor por mim era uma caricatura de um poeta pintor,
Que com o passar dos anos a tinta desbotou.
E agora veio outra caricatura e lhe pincelou...
A intenção era arder como a chama que Camões eternizou em seu poema, mas acabei em um soneto escrito num papel toalha, manchado pelos pingos de chuva que saíram do peito de alguém que disse “Me traz a garrafa da mais forte que tiver”.
Castro no Bar dos danos sintomáticos.
Chega de saudade
Ame em paz, conjugue o verbo no infinitivo...
Chegue, fale o soneto do amor maior.
Veja você, a ternura do amor que quer voltar (tomara)
E, pela luz dos olhos teus, cante o amor, que chegou.
Não ame sozinho
Chega de saudade.
SONETO DE LEMBRANÇAS
Descrevendo o passado
De tudo que foi vivido
Que nada seja esquecido
Tudo será lembrado.
Talvez numa simples poesia
Deixando tudo guardado
Quem sabe se algum dia
Conheçam o meu passado.
Cada canto tinha sabor
Trazia aquele cheiro
Como se fosse flor.
Tudo está tão ausente
Mas nada será esquecido
Fica guardado na mente.
Irá Rodrigues
Santo Estevão-BA
SONETO DA PAZ
Bendita seja a oração
Palavras que nos traz
Ouvindo com o coração
Trazendo a nossa paz.
Esse nobre sentimento
Embevecido na canção
Eleva a alma e o coração
Ao Senhor pedimos proteção.
Queremos paz e harmonia
Em nosso interior
Com fé em Nosso Senhor.
Esse amor que traz energia
Enviado por Jesus
Nosso guia e nossa luz...
Irá Rodrigues
Santo Estevão-BA
SONETO DOS FINADOS
Dia dos mortos, túmulos... Finados!
Dois de novembro, fé, um ritual.
Almas no céu? Inferno? Funeral.
Cemitérios, os corpos enterrados.
Covas, ossadas, pó... desencarnados!
Orações, rezas... Um tempo no umbral.
Lamentações, espírito imortal...
Mortes, óbitos, ciclos acabados.
Desafinados, só boas lembranças?
Ó sumida pessoa falecida,
Aos teus filhos deixaste uma herança?
Fecha caixão, velório, despedida.
Anos se vão... A única esperança:
Reencontrá-los no além, fim da vida.
Este é mais um soneto escrito por Adailton Ferreira
(poeta Adailton).
SONETO : As palavras silenciosas.
Acordo com a ideia na cabeça.
Transcrevo-as para o papel.
Com a caneta dou "vida" aos sentimentos.
Existem palavras tristes ou alegres que nos consomem por dentro.
São palavras que transmitem emoções.
Elas chegam aos nossos corações.
As palavras, em silencio, nos fazem chorar.
As lágrimas começam a escorrer pelo rosto.
Transbordam felicidade ou desgosto.
Meu DEUS! O que é que eu faço?
Dei-me um abraço.
Um abraço forte e silencioso.
Um abraço é o resumo de tudo que eu não pude escrever.
É um dizer silencioso: amigo eu gosto de você.
Soneto para Sua Majestade a Rainha Isabel II de Inglaterra aquando da morte do Principe Philipe.
- O NOSSO AMOR -
Quando o nosso amor já não for o que foi outrora
lembra-te que as cinzas que de nós ficaram
são apenas pó, silêncio, o fim de tantas horas
que as horas da nossa história não marcaram!
Porém verás que serei o que sempre fui pra ti!
O mesmo olhar, a mesma Alma, sempre teu,
nada em mim mudou, além de já não estar aqui,
e de sofrer, sentindo que pra nós tudo morreu!
Adeus! Palavra que me corta o paladar
que me toca no silêncio e na quietude
junto às praias do cansaço, frente ao mar.
Tantas voltas dei ao mundo, foi em vão,
eu nunca encontrei a tua juventude
noutros olhos, nem o toque que tinha a
tua mão ...
Soneto de Alegria
Alegremente vivo o meu dia,
Sempre divertindo a todos, a cada hora,
Comemorando a cada segundo,
Aproveitando a vida a cada momento.
A toda instante olhando o Horizonte,
Observando tudo que posso deixar contente,
Sorrindo para tudo que vejo,
Noto que posso conquistar o meu desejo.
Sei que tenho amigos para me deixar alegre,
Pois deixo a todos animadamente,
E isso tudo me contagia.
Todos que estiverem melancólicos,
Tenho prazer em lhes dar grandes abraços,
Pois o carinho é a única língua que todos entendem.
Você é uma das estrofes mais linda de um poema de Machado de Assis.
O soneto mais que perfeito de Shakespearer .
A moça mais cheia de charme ,que a garota de Ipanema.
Me digas linda moça, como eu um mero escritor não se apaixonaria por ti ?
Se és uma das mais belas obras ,da mais pura perfeição divina .
soneto: lembranças
Este infinito amor que me sustenta,
lembranças bem guardadas, na memória,
que eu quero preservar todo dia,
O amor, que em minha alma, habita
Teu sorriso repousa em mim,
Um amor, que extravasa na pele
Sua melhor essência exale,
o perfume da flor de jasmim.
Recordações que deixaram cicatrizes
Um amor que guardo na alma
De um coração que ama
Momentos bons e felizes
Um sonho registrado
E no coração eternizado
@zeni.poeta
Soneto: Vento
Ventos fortes, penetram no meu corpo
Provoca instabilidade profunda
Rodopia os sonhos em ciranda
E brinca no túnel do tempo
E neste vai e vem constante
No delírio da minha existência
Nesta crise de medo da vivência
Que divago entre passado e presente
Que os ventos levam para longe
Os pensamentos negativos e turbulentos
E deixa aflora momentos solícitos
Que nossos sonhos sejam de alegria
Com manhãs calmas e serena
Numa felicidade genuína
@zeni.poeta
Soneto XV – Luar
O brilho dela, luminoso prateado
O esplendor de sua essência
Seus feixes de luz pelo céu estrelado
Venha até mim fulgor da eminência
Passei-as pelo céu do meu coração
Seu toque me desarma o pensamento
Uma doce voz ecoa, é uma canção
O amor este é o seu elemento
Quanto mais alimento, mais sinto o aumento desse tão poderoso sentimento, que dentro de mim já se tornou mais do que um alento
O tempo pode até passar, mas como haveria eu de esquecer de ti? Sempre virá sobre mim, a lembrança de quando te vi, no meio da rua, observando a luz da lua.
- Eros Delyon
💡 Mudanças reais começam com uma boa ideia — repetida com consistência.
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