Sogra Boa Tarde
Não adianta temer a morte, cedo ou tarde ela vem. Para morrer basta estar vivo. Ninguém sabe quando ela vem. Cada suspiro é um triunfar da vida, que heroicamente subsiste sem saber qual será o último fôlego de vida.
DESENCONTROS
Quem sabe, seja tarde...
Não posso dizer que ainda sejamos os mesmos.
Como poderiamos fingir, quando sentimos que muita coisa mudou.
Quem sabe, nunca mais...
Parece difícil que venhamos a sorrir de forma franca e aberta,
Considerando que hoje, por dentro, nossos mundos estão destruídos e desacreditados.
Quem sabe, venhamos a entender...
E um dia, talvez conseguiremos reconhecer um no outro, alguma razão.
Porque a ferida aberta ainda sangra e agora, estamos acuados e com medo.
Quem sabe, percebamos...
O mal que fizemos e o quanto nos ferimos para fazer valer, nossas verdades.
Falsas verdades que foram nossas bandeiras, cravadas a fundo no nosso amor próprio.
Quem sabe, iremos refletir...
E ver que afinal, somos apenas pessoas que possuem sentimentos.
Que assim como qualquer humano, nos abalamos, sentimos, sofremos e amamos.
Quem sabe, um dia...
Nos encontremos em um momento ou em uma rua qualquer.
Iremos tentar sorrir, fingindo que as mágoas já passaram?
Quem sabe, fique claro...
Que apenas estejamos fazendo parecer ser,
Mas um dia será, sei que sim, só precisamos mesmo, de tempo.
Quem sabe, o perdão chegue...
E venha junto com o entendimento, mas agora, ainda não conseguiremos.
Tudo ainda está recente, latente e marcou demais.
Quem sabe, sejamos felizes...
Afinal, sempre perseguimos a felicidade, não é mesmo?
Mas se não for agora, pode acreditar, nossos corações irão abrandar essa dor.
Quem sabe, voltaremos a amar...
Hoje, parece ser impossível, mas o amanhã irá dizer.
Ainda temos muito a entregar e talvez, depois, reencontraremos a paz.
Conheci um velho ateu que todo final de tarde, ao sair do trabalho, era jornaleiro, costumava catar resto de comida, entranhas de galinha, etc. no lixo, juntava para dar a uns bichinhos de ruas, gatos e cães vira-latas. Os animaizinhos já sabiam, quando lhe viam, já saiam seguindo em fila indiana, parecendo um Francisco de Assis moderno. Num dia de festa junina, eu tava perto e vi, ele os alimentando, alguns rapazes, zombeteiramente, as gargalhadas, jogaram uma bomba e foi bicho pra tudo que é lado a correr. Ele olhou pra mim e comentou, desanimado: - Pra que fizeram isso. Disse que quando mais moço trabalhava numa fazenda e costumava entrar mato a dentro e pegar coisas comestíveis para os cavalos do dono da fazenda, que não tinha pedido a ele, nem nada, fazia por sua conta mesmo. O incrédulo senhor era autentico, fazia aquilo porque o satisfazia de certa forma, apenas lhe aprazia, achava bom.
PROSA LENTA
Será tarde pra prosa?
Receio que os anos
Aplainaram os ânimos
Desgastaram a grosa
Alma medrosa?
Não fiques ociosa!
Ressurja nervosa
Bem sem demora
Sempre é hora!!!
Te ver assim faz tudo valer a pena,
Se ao menos tivesse sorte,
Mas foi muito tarde agora,
Pois já morri faz tempo,
As pessoas me julgam,
Não se importam comigo,
Fizeram pelo meu bem?
Sério que fizeram?
Apenas me disseram que pra me salvar só a morte,
Meus pais me mandaram embora.
Aonde isso é para o meu bem?
Todos somos odiados, mas mais alguns do que outros.
Temos que seguir as regras, só por que amamos de jeitos diferentes?
Amar a pessoa certa e as vezes somos julgados só por ser diferentes.
Mas somos iguais, pois sentimos amor, dor, ódio, teisteza, agora pense somos tão diferentes só por você achar que todos temos que seguir a linha que você acha que existe?
Mas para mim eu amo, pois sei que tosos somos livres para amar a quem nos ama e odiar quem fica me impedindo de ser feliz
A lei do retorno e implacavel. Tudo que fizestes ao seu semelhante receberás mais tarde, como recompensa positiva ou negativa. A escolha e somente sua.
a garça voou
sumiu nos telhados do antigo cinema
voou na cidade
às cinco da tarde
me trouxe um poema
NO SERTÃO.
Aqui temos o ar puro
nossa tarde é serena
não precisamos de muro
de TV... nem de antena
cai a noite fica escuro
e todo mundo tá seguro
nem precisa quarentena.
Vida
Vida é ferida que arde e não sangra.
É sentar de tarde em frente uma fogueira, sorrir e chorar.
É o passado que vem ao presente, lembranças.
Sentimentos, ação, escolhas certas e erradas, boas e más.
É como o bater de azas de uma borboleta.
É ser amado, odiado, despresado, um desgraçado.
É dor, prazer, desejo, harmonia, caos.
É questão, duvida, procura, uma longa estrada.
Vem de repente, não nos pertence e um dia deixa de caminhar com a gente.
Inverno
Como as gotas no vidro,
como as gotas de chuva
numa tarde sonolenta,
exatamente iguais,
superficiais,
ávidas todas,
breves,
se ferem e se fundem,
tão, tão breves
que não poderiam acomodar(acolher) o medo,
que o espanto não deveria fazer marca
em nós.
Depois, já mortos, rodaremos,
redondos e esquecidos.
Você bateu os olhos
em mim naquela
tarde subindo
a ladeira da tua rua,
Reconheceu que
sou adrenalina pura;
Talvez o jogo mais
perigoso da tua vida:
presença que alucina.
Ainda sou presença
que te fascina,
Mesmo que a distância
não permita,
Sinto que ainda
com fogo me anseia.
Até hoje você não
consegue me tirar
da tua cabeça
E a tua memória
ainda sente o meu
perfume de Lua,
Tudo por causa
daquela tal tarde
na ladeira da tua rua.
Encontro de alma e paisagem
Como uma tela pintada em tarde de verão comtemplo a vida, brindo amantes e fujo da solidão.
O azul de um céu plana nuvens doces de algodão acalmando como sol que derrama licor de maracujá em minha confusão.
O mar insiste e afronta fantasmas que se aglomeram ali na feia e frágil construção. A fera verde se faz " Forte" como praia, suave feito brisa e intensa como maré de março transbordando a revirar.
Nem céu, nem sol, nem forte e nem mar, Sou navio a deriva sempre pronto a navegar.
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