So Nao Muda de Ideias que Nao as tem
Sao duvidas, sao interrogacoes, agente tenta responder, tenta resolver, mais o melhor e esquecer e deixar Deus prover!
Desejos. Sonhos. Objetivos. Metas. Todos possuimos alguma dessas menções em nossos pensamentos diários. São as nossas aspirações que nos movem, cotidianamente. Existem diversos tipos de ambições, como as materiais, a exemplo de um carro zero kilômetro ou a casa própria; bem como desejos não-corpóreos, isto é, uma saúde em bom estado ou a realização profissional e financeira. Fazem parte, assim, dos combustíveis que movem a locomotiva efêmera da vida. Nesse sentido, as aspirações nos acompanham desde os primeiros minutos de vida, quando procuramos e choramos pelo leite materno, até os dias atuais. Sendo assim, foi dito que muitas pessoas desejam algo novo em suas vidas, mas acordam diariamente e realizam as mesmas atividades. Einstein, mais uma vez, afirmava: "Fazer, todos os dias, as mesmas coisas e esperar resultados diferentes é a maior prova da insanidade". Não existe milagre. Existe dedicação e esforço. O lapso temporal vivenciado por nós na camada terrena, ao contrário do que muitos imaginam, é curto. E passa rápido. Acorde e pense em que novidade agregará a sua rotina para que alcance seus sonhos. Mude. Pense. Escreva. Leia. Ouça. Sorria. Chore. Corra. Caminhe. Durma. Em suma, junte aos tipos verbais escolhidos por você alguma mudança, alguma transformação. A estagnação não combina com desejos. Eu possuo meus desejos, bem como luto para alcancá-los. E você?
A chave para o sucesso é você e ninguém mais. Somente você pode definir ou redefinir seu caminho. Faça dessa busca uma necessidade, uma ambição constante. Você é o dono de seu próprio futuro.
Achar que tudo pode acontecer conforme planejamos ou queremos é dar de encontro com a frustração iminente.
CORAGEM
Dos mestres da espada o corte inquestionável,
como o corte navalhado de um coração sublime,
Nada mais restou do corpo, veja! a foto imprime,
Momento sublime é momento memorável.
Coragem do justo diante de um desatino,
que de corações inflames destoam arbítrios,
Coragem diante de um ultrajar ferino,
Coragem diante de pedras atiradas em vítrios.
Quero crer que do remorso ecoe perdão
que da maledicência feróz de um bandido
há que crer num sim diante de um não.
Quero crer que da coragem se encontre o perdido
Enfrentando com zelo uma desilusão...
E que reste curativo para um coração ferido.
PÉS NO CHÃO
Uniforme qual ave em revoada de migração,
na firmeza do solo implavelmente duro,
um coração mole e os olhos no obscuro...
um retilíneo sentido uma triste situação.
Crespos ventos que delineam os cabelos,
um andar causticantemente leve,
pensamentos revoltos em torno de pesadelos,
como se o marchar fosse um dever que deve.
Na maratona da cadência dos passos,
Pisa firme na carruagem mental,
Pés no chão e mente nos abraços...
Tendo um sonho como meta central
Nada mais tem sentido nos compassos
Quando os pés são como patas de animal.
ILUSÃO
Nos caminhos retos e curvos desta vida,
onde os devaneios se espairam no ar,
onde enganos de sonhos de rosas o mar,
onde o nu despido de uma noite nascida...
Reflete-se sem calma a ilusão rasteira,
como cobra altiva a espreitar a vítima,
no desdobrar de uma paixão certeira,
no arrepiar de uma dor íntima.
Cego dos olhos da mente consciente,
Pardo nos olhos da fronte cismado,
Crente no viso de um ar latente.
Soluços esvairados e buço calado,
Tristeza mórbida de um de repente,
Fosso vazio de um precipício ao lado.
SONETO DA SAUDADE
Lembrança amarga que entristece,
regendo no tempo um dissabor constante...
Reveste-se de incerteza a cada instante,
movendo moinhos de ventos que estarrece.
Lembrança doce que acorrenta,
maldizendo o destino que separa...
procurando o prazer que dessedenta,
em função da dor que não repara.
E assim, no barco de ilusões vertentes,
Desilusão é apenas ponto de partida...
em lúgubres águas correntes.
Tão triste quanto uma estrela sem vida,
a saudade em formas aparentes,
corroídas na dor sem uma despedida.
LAMÚRIAS
Quando o sol se por no longínqüo horizonte,
Desenhando nas nuvens os rubros rabiscos,
Talvéz um pouco de paz junto a este monte
Console meu ser, livre de riscos.
Assim esperarei eterno o momento,
tão alviverde é a infame grama!
Que nos meus olhos sinto o nobre vento,
Vivenciando muito mais o meu drama.
O sinal dos tempos se dá nas horas,
perdido nos atos, me controlo e penso,
Tu noite, por que demoras?
Mas no semblante o incalto senso
Te desfigura... e por que choras?
Pergunto a mim mesmo no entardecer denso.
FALSOS AMIGOS
Denominam-se falsos cognatos ou falsos amigos "palavras semelhantes em duas línguas,
mas de sentidos totalmente diversos". É o que acontece, por exemplo entre o Espanhol e Portugues e entre Portugues e Inglês . Assim também é na vida: pessoas semelhantes na conjuntura corporal, mas totalmente diferentes naquilo que se pode conceber como amizade, ou seja, pessoas que se vestem de uma máscara, que se fazem de um jeito por fora e outro por dentro. Até aí tudo bem, se levarmos em conta que, como na Grécia antiga, cada ator se escondia atrás de uma máscara, chamada "persona". Somente os tempos mudaram, e hoje parece que a hipocrisia reina numa sociedade que se esconde, por exemplo, atrás de uma religião e na hora do vamos ver faz totalmente o contrário do que apregoa no púlpito.
Perdoar???? Como posso perdoar alguém se não conheço sua face? É preciso tirar a máscara primeiro, para que eu veja se as lágrimas não são de jacaré. O resto... é apenas balela de quem realmente não sabe o que está fazendo. E se a religião é o tema, como disse Jesus: "Perdoa Senhor, porque eles não sabem o que fazem". Eu não sou Jesus Cristo, mas até Ele pediu ao Senhor que perdoasse seus algozes. Eu prefiro dizer a frase que vi na carroceria de um caminhão: "Senhor, daí longa vida aos meus inimigos, para que eles possam aplaudir de pé a minha vitória".
MINHA CADELA O TEMPO E O CÉU
Tenho uma cadela de 8 anos de idade cujo nome é Laika.
Sentimental como sou, resolvi dar tal nome ao animal em homenagem à cadela russa que nos anos 60 teve sacrificada a vida para o progresso da ciência. Colocada num foguete russo, serviu de cobaia às experiências espaciais da época, e o mundo todo acompanhou o sofrimento do pobre animal lutando pela vida dentro da cápsula infame.
Encontrei a Laika comendo lixo em 1997, numa noite de céu claro. Estava ela ali perto de casa, barrigudinha de vermes e tão pequenininha que cabia na palma de minha mão. Não tive dúvidas em levá-la para casa, alimentá-la, vaciná-la, enfim, adotá-la.
Os anos se passaram e Laika já trouxe ao mundo quase 30 filhotes em 4 vezes que ficou prenha. Recordo-me que uma das crias aconteceu na madrugada de 11 de setembro de 2001. Não demorou a que eu pusesse o nome de um dos dois cachorrinhos que nasceram de Bin Laden. Assim ficou e o dono que o adotou continuou com o mesmo nome. Assim, quando chega 11 de setembro não tenho que ficar lembrando somente de mortes e tristeza, mas do nascimento de uma vida, ainda que seja de um cão.
Mas, voltando ao assunto Laika, ela ficou uma cadela enorme. Acho que ela tem ancestrais Pastores Alemães, pois tem cor e estilo dos mesmos, apesar de ser uma reconhecida Vira-Lata. A minha cadela, porém é nobre. Ela sabe ouvir, ela respeita, ela me entende. Os anos se passaram e a idade do animal é diferente da nossa. Ela está ficando uma "senhora de idade". Seus pelos estão embranquecendo, os olhos estão ficando um tanto foscos e as tetas já demonstram que serviram muito bem para alimentar tantos cães. Está verdadeiramente "despeitada".
Tem uma coisa nela que me ensina bastante. Ela me olha e é como se me dissesse: "-Veja, a velhice existe... estou indo na frente para você perceber que também envelhecerá". E também já noto meus cabelos mostrando muitos fios brancos, meus amigos principiando bons "telhados" de neve, enfim, a vida se fazendo presente.
Laika faz-me pensar sobre a fruta que amadurece e sobre o tempo que não cessa. Ela cumpriu com seus instintos animais. Cresceu e procriou, tomou conta da casa e me fez companhia. Ficou alegre e triste quando adoeceu, mas luta bravamente pela vida, sem ter noção que um dia ela se extinguirá, tanto para ela como para mim.
O chato da vida é perder, mas Laika também me ensina que as coisas podem ser encontradas, como eu a encontrei. Talvéz assim eu encontre razões para pensar que exista um céu também para os animais, ou que eu encontre razões para pensar no meu próprio céu, ou algum lugar que se pareça com esse mistério que a gente coloca na mente.
Seja como for, meu cão me ensina que tudo passa, inclusive a vida, mas o sentimento persiste. É este sentimento que perpetua quando lembro-me da Laika russa.Tomara que ele continue depois do túmulo. Tomara que um dia, quando a minha Laika morrer, ela possa encontrar a Laika russa. Será que se estranharão?
Tomara que o céu exista, para eu me encontrar com os amigos que perdi e que nem embranqueceram os negros cabelos... e também aqueles cujos "telhados" ficaram brancos. Nesse dia, eu certamente estarei com minha cadela do lado e passarei a mão no seu pelo macio, que foi colo para mim em tantas noites de solidão e dor."
Ás vezes ferimos nossa pele e é feito uma entrada em nosso organismo para possíveis bactérias...
outras ferimos o Coração e criamos uma entrada em noss'alma para possíveis tristezas!
Você deixar de andar com alguém com quem antes era grudado, ou ter um certo afastamento, pouco assunto não quer dizer que deixaram de ser amigos. Só deixaram de seguir o mesmo caminho, ou com a mesma velocidade. A amizade continua se for verdadeira, ainda haverá lealdade e carinho.
