Sinto o Vento na Janela
A porta está aberta, na janela a brisa entra e zumbe no meu ouvido. O espelho permanece sem reflexo, na torneira uma gota, depois outra, e mais outra. Tudo tão quieto, tudo tão vazio, não havia diferença entre minha casa e minha alma.
O telefone está lá na bancada, na porta não há quem bata, a brisa invade a janela e sorri, e baila, e dança, e se vai. A maresia traz calma, um silêncio reconfortante. Não existe mentira, enganação, falsidade, nada. É só você e você, sendo feliz uma vez na vida e imaginando ser feliz pra sempre.
A JANELA
Dois homens, ambos gravemente doentes, estavam no mesmo quarto de hospital.
Um deles podia sentar-se na sua cama durante uma hora, todas as tardes, para que os fluidos circulassem nos seus pulmões. A sua cama estava junto da única janela do quarto.
O outro homem tinha sua cama logo ao lado, porém, distante da janela, e era necessário que ficasse sempre deitado de costas, sem ter visão para a janela. E os dois conversavam horas a fio.
Falavam das suas mulheres e famílias, das suas casas, dos seus empregos, onde tinham passado férias... E todas as tardes, quando o homem da cama perto da janela se sentava, ele passava o tempo a descrever ao seu companheiro de quarto, todas as coisas que ele conseguia ver do lado de fora da janela.
O homem da cama ao lado começou a viver à espera desses períodos de uma hora, em que o seu mundo era alargado e animado por toda a atividade e cor do mundo do lado de fora da janela.
A janela dava para um parque com um lindo lago. Patos e cisnes chapinhavam na água enquanto as crianças brincavam com os seus barquinhos. Jovens namorados caminhavam de braços dados por entre as flores de todas as cores do arco-íris. Árvores antigas e enormes acariciavam a paisagem, e tênue vista da silhueta da cidade podia ser vista no horizonte.
Enquanto o homem, da cama perto da janela, descrevia isto com tudo com extraordinário pormenor, o homem, no outro lado do quarto, fechava os seus olhos e imaginava a pitoresca cena.
Um dia o homem, da cama perto da janela, descreveu um desfile que ia passar. Embora o outro homem não conseguisse ouvir a banda, ele conseguia vê-la e ouvi-la na sua mente, enquanto o outro senhor retratava através de palavras bastante descritivas.
Dias e semanas passaram. Uma manhã, a enfermeira chegou ao quarto trazendo água para os seus banhos, e encontrou o corpo sem vida do homem perto da janela, que tinha falecido calmamente enquanto dormia. Ela ficou muito triste e chamou os funcionários do hospital para que levassem o corpo.
Logo que lhe pareceu apropriado, o outro homem perguntou se podia colocado na cama perto da janela. A enfermeira disse logo que sim e fez a troca. Depois de se certificar de que o homem estava bem instalado, a enfermeira deixou o quarto.
Lentamente, e cheio de dores, o homem ergueu-se apoiado no cotovelo, para contemplar o mundo lá fora. Fez um grande esforço e letamente olhou para o lado de fora da janela... Que dava, afinal, para uma parede de tijolos!
O homem perguntou à enfermeira o que teria feito com que o seu falecido companheiro de quarto, lhe tivesse descrito coisas tão maravilhosas do lado de fora da janela. A enfermeira respondeu que o homem era cego e nem se quer conseguia ver a parede. “A talvez ele quisesse apenas lhe dar coragem...”, finalizou ela.
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Moral da história: Há uma felicidade tremenda em fazer os outros felizes, apesar dos nossos próprios problemas. A dor partilhada é metade da tristeza, mas a felicidade, quando partilhada, é dobrada.
Da janela desse quarto vejo o mar.Parece que nunca tem fim.É uma imensão do paraíso.Nunca para de se mover.Sobrevive a todo tipo de tempestade.Tem seus dias de fúria.Dias de calmaria.Tem companhia do Sol e da Lua.Das estrelas e dos frutos do mar.Nunca está só! É um dos corações que mais cabem coisas.
O coração às vezes parece ter uma janela, que podemos fechá-la ou deixá-la aberta.
Existem sentimentos que por mais que saibamos que ele precisa dar as mãos ao tempo e partir, pois está arrancando mais lágrimas do que nos fazendo sorrir, mesmo assim a gente reluta em abrir a janela e deixá-lo ir, ver um sonho, uma esperança se desmanchar como poeira no ar, porque no fundo o destino esperado era um abraço amparado, um beijo demorado, encontro de vidas, porém nem todas as histórias tem final feliz.
Não existe mais o arco-íris e nem vai existir, a tempestade há tempo já passou, o céu está azul sem nuvens, é hora de abrir as janelas, deixar o sol entrar e a vida continuar.
Memória presente...
Silencio na noite cálida a luz da lua
entrava pela janela
Iluminando a minha solidão e saudade
E eu me debruçava nos sonhos
Numa descuidada harmonia com a brisa que toca
Meu rosto... Quais afagos de outrora
Dos dias inesquecíveis em que nos
Amamos intensamente...
Felicidade feita de momentos encantadores!
E eu continuei sorvendo a beleza da
Memória presente tatuada em meu corpo
E no meu coração...
Desse grande amor que me eterniza a alma !
Hoje fui fechar a janela do quarto e vi a lua cheia. Percebo agora que o tempo se esvai, como eu queria. O tempo simplesmente está passando sem eu perceber. O meu tempo, a minha vida, se esvai sem eu perceber. Exatamente o que eu queria...
Ela é maluca por ele. Ele é maluco por ela. Mas ambos estão parados em frente à janela tentando entender porque acordaram longe um do outro. Longe outro do um. Não desgrudam dos celulares e nesse exato instante consideram saudade o pior de todos os males.
Quando o sol entrou pela janela, clareando seu rosto, ela acordou lentamente e olhou ele adormecido, dormindo torto e com um semblante feliz. Levantou em silêncio, recolheu suas roupas, as vestiu na sala e saiu de fininho. Descendo as escandas, ela balanceou o medo da vontade de ficar e o que vivera ali naquele aptº. Pensou alguns minutos e retornou, fez um belo café da manhã e levou ao quarto para aquele belo rapaz. Pela primeira vez conseguiu sair da zona de conforto de sempre sair de fininho, sem deixar rastros e ficou pra pagar o preço da escolha, que porque não, ser a felicidade!?
Hoje parei e olhei pro horizonte logo depois daquela janela pequena no canto do quarto, percebi o quão curta é a vida, quão poucas são as pessoas que passam por ela, dificilmente uma fica, outras viram lembranças e se perdem num album velho de fotografias, quão curto é o tempo que temos, são tantos os problemas, tantas historias, encontros e desencontros, as vezes nem sobra tempo pra sorrir depois de tomar uma bebida, hoje eu me perdi nesse horizonte, encostado à janela, sentindo o vento, o vento carregando tudo, ate o ultimo beijo, o ultimo suspiro, belo mesmo é o fim que nos aguarda, sem pressa e calmo, como um bebê dormindo.
Meu cantinho especial...
Há dias,
que fico assim,
olhando pela janela
sem desejar muito,
afinal,
este é o paraiso.
Ouço o canto dos pássaros
que voam de um lado ao outro,
algumas borboletas passeiam
depois, vão beijar as flores.
Há também um bem-te-vi
que mora no jardim
e canta o dia todo.
Muitas vezes,
neste observar sereno,
abro minhas asas
para poder voar também.
Depois,
volto e continuo ali,
bebendo meu chá de jasmim
neste cantinho diferente
onde o sol da manhã
chega bem cedo,
me abraça, me aquece,
me faz companhia.
by/erotildes vittoria
Ares varam minha janela.
Fico teclando enquanto
o espaguéti não cozinha.
Eu quero mais chuva.
Pra lavar a terra
e a minha alma
empoeirada..
O dia está triste......
As lágrimas escorrem......
Pelos vidros da janela.......
E limpa a minha alma.....
A noite chora.......
E brilha escura sem luar.....
Mergulho nas lembranças...
Sentindo o seu perfume......
Voltando aos tempos de criança.
Posso correr.....dançar.....
Subir aos montes....
Sentir-me livre......
Mergulhar nas águas do rio....
Sentir uma voz distinta.....
Que vem ao meu encontro.
Tão suave e cristalina.
Canta melodias....
Fala de amores...
Perdidos no passado das lembranças....
De riso e pranto......
Das flores colhidas....
À beira das estradas.....
Dos caminhos....
Amar em ser criança....ser mulher...!!!!
Na minha janela (minha Alma) enfeitada com flores coloridas e bem cheirosas crescem os dias e os pássaros voam de forma correta, leve, agradável, risonhos, indiferentes às intempéries do tempo. Quando chove, ficam quietos e outros cantam mesmo com a chuva. Muitas vezes falta comida e abrigo e mesmo assim, não deixam de cantar. A Natureza sempre fala, nós é que muitas vezes não ouvimos. Eu vou cantar como os pássaros cantam e continuar o meu trabalho sob o Sol.
Tem gente que esquece da própria vida e vai plantar espinhos na janela do outro. Isso é falta de regar às flores de dentro, carinho na alma e é indispensável.
É preciso entender que vez o nosso jardim está florido e vez o do outro está. O equilíbrio está em saber admirar o tempo de primavera um do outro e principalmente saber regar o 'outono alheio'.
Eu volto pra casa mas fica na lembrança:
Lua cheia na janela
Frango com pequi na panela
A vaca leiteira na cancela
Morcego entre o forro e o telhado
Cheiro de carneiro assado
Ruminar do cavalo malhado
Da vizinha a risada
Muqueca de peixe improvisada
Alvorecer da passarada
Manga madura amolecida
Broa doce amanhecida.
Escova de dente vencida
Ao longe ver a chuvinha
Jabuticaba docinha
Internet perto da cozinha
Saber que vou embora
Mas voltarei outrora
Quiçá sem muita demora...
Mel
Da janela
Hoje, no meu trabalho, eu fiquei com a janela só pra mim...
Meu colega não veio e eu pude observar, vez por outra, a cidade na manhã ensolarada.
Os telhados cinza e laranjas, os pássaros voando e as antenas, capturando os mais diversos sinais.
Prédios altos, prédios baixos, igreja, quartel, corpo de bombeiros, tudo isso eu vejo da janela.
E no meio de tudo as árvores, se esticando entre as construções, buscando um lugar ao sol...
O céu está azul, com nuvens esparsas, branquinhas como algodão.
As bandeiras do nosso país e do nosso estado tremulam ao vento.
Pessoas e carros passando. Ônibus, caminhões...
E, atrás de tudo, a silhueta dos morros da minha cidade...
Dia de inverno, porém quente, cheio de vida. Um quadro em movimento.
Isso, minha janela é um quadro, multicolorido, em incessante movimento.
Movimento que os meus olhos claros captam, impassíveis: passa o tempo, e também o vento...
Campos...
Olhando a vida,
através da janela,
foi por ali
que um sonho voou
e nunca mais voltou.
Perdeu-se de amores
pelos campos
por onde andou
e certamente a saudade,
ainda não o encontrou.
by/erotildes vittoria
Certo dia a Paixão sentiu-se só...
E olhando pela janela de sua casa, contemplava o horizonte ao longe,na busca pelo fim de sua solidão.
Fixava seus olhos no sol, que majestosamente escondia-se atrás das montanhas,e vinha a lua e suas canções, e as estrelas e suas sapequices...
Novo dia acontecia, e ali estava a Paixão, tentando entender a solidão...
A Rosa toda discreta, a dias observava a amiga
Fazia de um tudo para ser notada, mas a Paixão olhava longe, não se fazia presente!
Foi então, que num esforço sobrenatural, o maior e mais belo botão se formou, e era tão viva sua cor, que impossível não chamar atenção!
Neste dia, a Paixão entendeu que a solidão nada mais é que o resultado do não querer ver, que em algum lugar, alguém te ama, olha por você!
E que nas coisas mais simples, talvez mais perto do que se possa pensar, o Amor se revela de forma sublime...
Foi tão intenso o aprendizado, que a Paixão virou Amor, e a Rosa...
Ahh a Rosa...
Esta dedica-se até hoje a nobre missão de aproximar os corações solitários, a fim de que troquem olhares, para que no meio disso tudo, o Amor enfim aconteça!
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