Sertão
Coração de renda
Nos sonhos me perdi
Aqui no cerrado goiano
Como pás de moenda
Britei sertão e oceano
Da sorte tive oferenda
Do destino está opção
Se a solidão abriu fenda
O amor coseu emoção
Num coração de renda
MIGRANTE TRISTE
Eu deixei a minha terra,
Minha mãe e o meu sertão.
Vim parar nesta cidade,
Em busca de felicidade,
Que loucura, que ilusão.
Fui mais um migrante triste,
Afebrantado de ambição.
Retirante amargurado,
Coração aquebrantado,
Sem amor e sem paixão.
Minha mãe, deixei magoada,
Triste, só, abandonada,
Quanta dor no coração.
Qualquer dia mãe eu volto,
Pra poder lhe abraçar,
E ganhar teu aconchego,
No seu colo de ninar.
Festa Junina
Prá dançar quadria no sertão é mais mió
sanfoneiro e violeiro tomam conta do forró
não precisa orquestra pra animar a festa
o fungado da sanfona vai-se até o nascer do sol(bis)
Piriri piriri piriri
Toca o fole na palhoça
piriri piriri piriri
como é bom São João na roça(bis)
O NORDESTE É BEM MAIS...
Nesse mundo de beleza,
De sertão e chão rachado.
O humor nasceu aqui
É aqui que vivem os apaixonados,
É nesse mundo nordeste
Que o sol fez seu achado.
Grandes praias paraíso
É o calor do nordestino,
Praias de enormes belezas
Que desperta em todos o fascino.
Conhecer o meu nordeste
Com certeza é o seu destino.
Das praias aos lençóis
Tudo é belo de morrer,
Nas cachoeiras do Maranhão
Veja o sol a nascer
Trazendo brilho e energia
Pra todos e pra você.
Lá no Maranhão também
Temos os índios e os cocais,
O bumba-meu-boi tradição
E no litoral os corais,
E nas matas maranhenses
Muitos tipos de animais.
O humor se apresenta
Lá mesmo no Ceará,
É o berço dos humoristas
Não tem como duvidar
A alegria esta no sangue
Do povo que vive lá.
No Rio Grande do Norte
O que é belo e natural
E indispensável a todos
É o nosso saboroso sal
Que alimenta o Brasil
Do interior a capital.
No Piauí podemos
A nossa história conhecer
Com as pinturas rupestres
Que se apresentam a você,
Mostra a arte do passado
Para podermos entender...
Sergipe e Alagoas encantam
Com suas praias de calor,
Com suas belezas naturais,
Com o amor que acumulou
E tudo isso com alegria
Com sol e muito sabor.
Na Bahia do axé
De alegria sem igual
Vive o povo mais feliz
De todo o nosso litoral
Que festeja o ano todo
Nosso lindo carnaval.
Em Olinda no Pernambuco
A arquitetura se apresenta,
Em período de carnaval
A alegria sempre aumenta,
De Olinda a Recife
De frevo o povo se alimenta.
A Paraíba é nordeste
E não fica fora não
É referencia nas festas juninas,
Campina faz o maior São João
É festa e muita alegria
Acompanhado do sabor do sertão.
Então por que ficar
Sozinho ai pensando?
Venha logo pro Nordeste
E vá se emocionando,
Venha pro São João
E já venha festejando.
Pois o Nordeste é bem mais
Que fome e chão rachado,
Temos muito mais
Que caatinga e cerrado
Temos um povo do bem,
O caboclo arretado.
Chega de estereotipo
E de preconceito também
Somos pobres e também ricos,
Do mal e também do bem,
Pois o povo nordestino
É brasileiro Também.
Gosto de moda de viola e das coisas do sertão;
Gosto de pessoas simples que tenham educação;
Cuidar da natureza é a minha profissão e a minha paixão;
Gosto de mulher bonita que tenha simpatia e muita dedicação;
Gosto de falar de amor e das coisas do coração.
Fé do vaqueiro.
Sertão do meu encanto
tua origem não se nega
por aqui enxugo o pranto
dessa dor que não sossega
vaqueiro não tem espanto
vê seca por todo canto
sofre, mas não se entrega.
Chegou a chuva!
O sertão hoje enriquece
toda planta ganha vida
Deus ajuda quem merece
cura a dor dessa ferida
a seca enfim desaparece
e o sertanejo agradece
pela chuva prometida.
Armas da seca!
O sertão ainda encara
o sol forte e cristalino
a água distante e rara
tem as armas do destino
e a seca é quem dispara
a bala da dor que vara
o coração do nordestino.
Lá e cá
No sertão a vida é assim
é desse jeito seu moço
há dias que brota capim
as vezes já seca o poço
no meio desse descarne
um dia se come a carne
no outro só rói o osso.
No sertão.
Cada planta em seu canteiro
no arado deste chão
os apetrechos no celeiro
e a lenha no fogão
como é bom sentir o cheiro
dos orvalhos do sertão.
Vaqueiro.
Saga de um povo guerreiro
pelas brenhas do sertão
a vida de um vaqueiro
é mais lazer que profissão
por não existir dinheiro
que mova o seu coração.
O sertão tem algo que me encanta
e não é o sol
e não é a seca...
muito menos as cidades.
O que me encanta de verdade no sertão
são os sertanejos,
é o jeito deles,
aquele jeito simples de levar a vida.
Anoitecer no sertão!
No sertão é uma barra
ao chegar do fim do dia
a porteira a gente amarra
na cocheira guarda a cria
e na noite não tem farra
no silêncio só a cigarra
é quem faz a cantoria.
No sertão!
Cedo a gente se levanta
seja o dia bom ou ruim
cada passarinho que canta
nasce uma flor nesse jardim
entre o almoço e a janta
a comida não é tanta
mas a honestidade sim!
Nordeste verde!
Muita gente ainda acredita
que o nordeste é só sertão
que a seca braba é infinita
e não escapa uma região
mas essa terra é tão bonita
que até mesmo quem visita
quer ficar mais que o verão!
SERTANEJO FORTE
Sob o sol ardente do sertão vasto,
Vidas resistem no calor nefasto.
A terra seca, chão de batalha,
Que o povo abraça, enfrenta e trabalha.
Na dureza do solo, desponta a esperança,
É no suor do rosto que brota a confiança.
Homens e mulheres, de fibra, valentes,
Carregam nos olhos histórias latentes.
Quando a chuva cai, milagrosa e rara,
O solo se renova, a alegria dispara.
A terra fértil transforma-se em festa,
Floresce a vida, a natureza se manifesta.
No sertão árido, o verde renasce,
O coração do nordestino se aquece.
E entre risos e preces, o sertanejo forte,
Celebra a vida, dança com a sorte.
Plantei um sítio
No sertão de Catolé
Acredite se quiser
Mas eu posso inté jurar
No meu roçado não tem cova de semente
Vou contar daqui pra frente
O que plantei no lugar
Plantei as pernas de uma cobra corredeira
Um 30 de fevereiro
Os ossos de um aruá
Penugem nova da orelha de uma freira
A buchada de um siri
E o coice de um preá
Plantei tutano do mocotó da traíra
Metade de uma mentira
O cheiro bom de um gambá
Honestidade de um político das antigas
O não de uma lagartixa
E neve do Ceará
Plantei esmalte dos dentes de um banguela
Duas pilhas de uma vela
E a dobra de uma esquina
Plantei os lábios da boquinha de uma noite
230 volts da luz de uma lamparina
Plantei chulé vindo do pé da barriga
Os motivos de uma briga
De Tamy Gretchen a fimose
Plantei o fêmur tirado da borboleta
Marcha ré de uma lambreta
E motor bom de um scort
Jardel Cavalcante
No chão do jardim, eu plantei uma flor do meu sertão,você com o seu olhar , plantou seu amor no meu coração.
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