Sertão

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No sertão!

Cedo a gente se levanta
seja o dia bom ou ruim
cada passarinho que canta
nasce uma flor nesse jardim
entre o almoço e a janta
a comida não é tanta
mas a honestidade sim!

O sertão tem algo que me encanta
e não é o sol
e não é a seca...
muito menos as cidades.

O que me encanta de verdade no sertão
são os sertanejos,
é o jeito deles,
aquele jeito simples de levar a vida.

Armas da seca!

O sertão ainda encara
o sol forte e cristalino
a água distante e rara
tem as armas do destino
e a seca é quem dispara
a bala da dor que vara
o coração do nordestino.

O sertão nordestino era como um colírio para os meus olhos, sempre pronto alimentar a minha alma. O povo humilde e sempre bem disposto, que a fim da tarde se sentavam nas esplanadas dos bares para beberem e rirem das suas vidas tão sofridas.

Fonte do sertão!

A cacimba é uma cultura
que tem na nossa região
tem a água limpa e pura
que brota em nosso chão
é a fonte da agricultura
que alimenta a plantação.

Palavras de ordens

"Patativa do Assaré poeta do sertão, reivindicando seus direitos rumo a revolução"

Deus chegou de mansinho em pingos de chuva nas terras secas do meu sertão.

O NORDESTE É BEM MAIS...

Nesse mundo de beleza,
De sertão e chão rachado.
O humor nasceu aqui
É aqui que vivem os apaixonados,
É nesse mundo nordeste
Que o sol fez seu achado.

Grandes praias paraíso
É o calor do nordestino,
Praias de enormes belezas
Que desperta em todos o fascino.
Conhecer o meu nordeste
Com certeza é o seu destino.

Das praias aos lençóis
Tudo é belo de morrer,
Nas cachoeiras do Maranhão
Veja o sol a nascer
Trazendo brilho e energia
Pra todos e pra você.

Lá no Maranhão também
Temos os índios e os cocais,
O bumba-meu-boi tradição
E no litoral os corais,
E nas matas maranhenses
Muitos tipos de animais.

O humor se apresenta
Lá mesmo no Ceará,
É o berço dos humoristas
Não tem como duvidar
A alegria esta no sangue
Do povo que vive lá.

No Rio Grande do Norte
O que é belo e natural
E indispensável a todos
É o nosso saboroso sal
Que alimenta o Brasil
Do interior a capital.

No Piauí podemos
A nossa história conhecer
Com as pinturas rupestres
Que se apresentam a você,
Mostra a arte do passado
Para podermos entender...

Sergipe e Alagoas encantam
Com suas praias de calor,
Com suas belezas naturais,
Com o amor que acumulou
E tudo isso com alegria
Com sol e muito sabor.

Na Bahia do axé
De alegria sem igual
Vive o povo mais feliz
De todo o nosso litoral
Que festeja o ano todo
Nosso lindo carnaval.

Em Olinda no Pernambuco
A arquitetura se apresenta,
Em período de carnaval
A alegria sempre aumenta,
De Olinda a Recife
De frevo o povo se alimenta.

A Paraíba é nordeste
E não fica fora não
É referencia nas festas juninas,
Campina faz o maior São João
É festa e muita alegria
Acompanhado do sabor do sertão.

Então por que ficar
Sozinho ai pensando?
Venha logo pro Nordeste
E vá se emocionando,
Venha pro São João
E já venha festejando.

Pois o Nordeste é bem mais
Que fome e chão rachado,
Temos muito mais
Que caatinga e cerrado
Temos um povo do bem,
O caboclo arretado.

Chega de estereotipo
E de preconceito também
Somos pobres e também ricos,
Do mal e também do bem,
Pois o povo nordestino
É brasileiro Também.

Hoje levantei com uma imensa saudade de um sertão que não conheçi, saudades de um tempo que ainda não vivi e que me faz pensar que as vezes sentimos saudades do que ainda está por vir...

Sertão é uma terra de quem é forte, com as astucia, Deus mesmo quando vinhe que venha armado.

Vaqueiro.

Saga de um povo guerreiro
pelas brenhas do sertão
a vida de um vaqueiro
é mais lazer que profissão
por não existir dinheiro
que mova o seu coração.

No sertão.

Cada planta em seu canteiro
no arado deste chão
os apetrechos no celeiro
e a lenha no fogão
como é bom sentir o cheiro
dos orvalhos do sertão.

MIGRANTE TRISTE

Eu deixei a minha terra,
Minha mãe e o meu sertão.
Vim parar nesta cidade,
Em busca de felicidade,
Que loucura, que ilusão.

Fui mais um migrante triste,
Afebrantado de ambição.
Retirante amargurado,
Coração aquebrantado,
Sem amor e sem paixão.

Minha mãe, deixei magoada,
Triste, só, abandonada,
Quanta dor no coração.

Qualquer dia mãe eu volto,
Pra poder lhe abraçar,
E ganhar teu aconchego,
No seu colo de ninar.

⁠Seria eu o sertão? De solo árido batido quebradiço
Terra sofrida
E poucos pássaros por aqui hão de cantar
Mas a questão é, oque a fez se encantar
Por tamanha e devasta terra que chamo de lar
Não sei, mas o teu caminhar
Faz dos sulcos da terra água brotar
E o verde começa a espalhar
Logo aparecem os rouxinóis a cantar suas melodias pelo ar
Árvores a crescer, onde fará ninho o sabiá
Talvez tamanha mudança seja feita de amor?
Tenho certeza que sim!
E logo a terra devastada, se torna vasta e densa de vida
Que tu trouxe, e logo parto contigo
Rumo ao infinito
Duas ararinhas vermelhas a voar
Os céus a desbravar, e seguindo as estrelas a nos guiar
E lá vamos
Juntos
Eternos amantes a voar
Eternamente se amar
E ver aos poucos a vida brotar

⁠SERTÃO!

No meu sertão irrigado
de tudo brota no chão
tomate tem de bocado
coentro, alface e agrião
cebola tem no roçado
e tudo vai pro mercado
em troca Deus dá o pão.

⁠Boi com sede no sertão,
É de partir o coração,

Ver os quarto arriar,
Sem um pingo de água pra dar,

Ver o bicho chorar,
E não ter como consolar,

Ver tanto lugar com água a fartar,
E tanta gente a desperdiçar..

⁠Hoje é o seu dia,
Minha princesa do sertão,
Deusa da minha vida,
Filha do meu coração.

⁠O dizido das horas no Sertão por Jessier Quirino
Para o sertanejo antigo,
O ponteirar do relógio,
De hora em hora, a passar,
Da escurecença da noite,
À solnascença do dia,
É dizido, ao jeito deles,
No mais puro boquejar:
Se diz até que os bichos,
Galo, nambu, jumento,
Sabe as hora anunciar!
Uma hora da manhã,
Primeiro canto do galo.
Quando chega duas horas,
Segundo galo, a cantar.
Às três, se diz madrugada,
Às quatro, madrugadinha,
Ou o galo a miudar!
Às cinco, é o cagar dos pintos,
Ou, mesmo, o quebrar da barra.
Quando é chegada seis horas,
Se diz: o sol já de fora,
Cor de Crush, foi-se embora…
E tome o dia, a calorar!
Sete horas da manhã
É uma braça de sol.
O sol alto é oito em ponto,
O feijão tá quase pronto
E já borbulha o mungunzá!
Sendo verão, ou, se chove,
Ponteiro bateu as nove…
É hora de almoçar!
Às dez é almoço tarde,
Pra quem vem do labutar.
Se o burro dá onze horas,
Diz: quase mei dia em ponto!
Às doze é o sol a pino,
Ou o pino do meio dia.
O suor desce de pia,
Sertão quente, de torá!
Daí pa frente, o dizido,
Ao invés de treze horas,
Se diz: o pender do sol.
Viração da tarde é duas,
Quando é três, é tarde cedo,
Às quatro, é detardezinha,
Hora branda, sem calor.
O sol perde a cor de zinco
Quando vai chegando às cinco,
Roda do sol… a se por!
Às seis é o por do sol,
Ou hora da Ave Maria.
Dezenove, ou sete horas,
Se diz que é pelos cafús.
Às oito, boca da noite,
Lá pras nove, é noite tarde,
Às dez, é a hora velha,
Ou a hora da visage!
É quando o povo vê alma,
Nos escuros do lugar.
É horona pirigosa,
Fantasmenta e assustosa,
Pro cabra se estupefar!
Às onze, é o frião da noite,
É Sertão velho, a gelar,
Meia noite é meia noite
E acabou-se o versejar.
Mais um dia foi-se embora
E, assim, é dizida as horas
Neste velho linguajar!

RIQUEZA DO SERTÃO

Nordeste de lampião
Terra seca e Juazeiro
Cuscuz tripa e buxada
Canta galo no celeiro
Rapadura com farinha
No meu sertão forrozeiro

⁠A chuva no sertão

Faz tempo que não via,
a chuva cair sem parar,
vendo a terra encharcada
sem o sol avistar.

E no sertão se faz festa,
quando esverdeia a plantação,
e quando saía a dor cinza,
nós dava pulos de emoção.

Porquê não há nada mais lindo,
do que ver todos os meninos,
se molhando no terreirão,
até os véios virava menino,
naquela grande diversão.

Hoje é assim que me sinto,
então pra chuva partindo,
pulando, correndo e sorrindo,
Agradecendo e me divertindo.

Porquê fazia tempo que aqui
não chovia tanto para molhar o chão.