Separação
Esses dias que ficamos separados, percebi que a minha vida é muito boa, mas falta algo para ficar 100% e esse algo é você.
PRECONCEITO BIPOLAR
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Essa gente longínqua, separatista e afetada que me olha por cima como quem investiga sutilmente a origem de um flato, não é pior do que eu. Não, não é, pois também sou distante, separatista e afetado em relação a ela. Também olho por cima, suponho seus flatos e tenho nojo do que essa gente representa ou não, neste mundo que estende o mesmo céu sob a cabeça de todos os mortais... inclusive dos que se comportam como imortais ou até ostentam diplomas e fardões que os classificam assim.
Somos iguais nas diferenças e na questão que fazemos de não ser iguais; o que nos iguala de alguma forma incômoda; inesperada. Seja como for, de uma coisa estou certo: eu e tal gente merecemos cadeia por preconceito social, e se formos presos, pode ser que ocupemos a mesma cela... tanto quanto havemos de ser comidos pelos vermes da mesma terra que um dia nos servirá de mortalha, não importa onde, com que aparato, nem em que tipo de caixa mortuária.
PEDRA E FÉ
Demétrio Sena - Magé
Rejeitei essa fé que separa os afetos,
que reprime os que pensam de forma diversa,
desconversa o que prega sobre o próprio amor,
para quem se desprega do seu engradado...
Uma fé seca e fria, que traz desapego
aos que voam sem rédeas, correntes e ritos,
têm os gritos da vida sobre a flor dos lábios
liberados pro sonho que aprouver à alma...
Essa fé que nos poda e saqueia o poder
de querer todo bem que se quer aos demais,
não importa se os outros divergem em fé...
Tenho fé nas pessoas e na fé que um dia
unirá toda fé no invisível ou não,
toda mão que se doa como mais um elo...
... ... ...
Respeite autorias. É lei
Uma das pontes mais difíceis de cruzar é aquela que separam crianças inconseqüentes de adultos responsáveis.
Éramos uma família, tivemos que brigar e nos separar. Por isso agora nos voltamos uns contra os outros, um prejudicando o outro.
De que forma perdemos o bem que nos foi dado? Como escapou de nossas mãos? Ele se dispersou por descuido nosso.
O que nos impede de estender a mão e alcançar a glória?
Existe um canal que nos liga,
Reafirme: que nada nos separa.
E muito menos não existe,
Alma audaciosa que nos defina.
Existe uma corrente tranquila,
Afirmativa e serena - nos leva
Para onde que ninguém imagina;
O coração vai e sempre solicita.
O encontro de embarcações
Doces e repletas de emoções,
Em busca de grande sensações.
O encontro de tripulações,
Desencontro de sensações,
- Distanciam emoções
Há o encontro de águas,
- um turbilhão de sonhos
Inteiros e macios...,
Livres, e cativos... não te conto!
O quê divide e separa as pessoas ao longo dos séculos não é a etnia, não é a religião e tampouco qualquer outro fator que as diferencia, simplesmente o quê divide as pessoas têm a ver com inveja, ambição, guerrinha por espaço de poder e política.
É preciso ter discernimento e separar críticos dos delinquentes que solapam o Código Penal e a Constituição em nome da liberdade de expressão. Criticar não é ofensa. Criticar não é ameaça. Criticar não é calúnia e nem difamação.
Separar o quê
pode vir a ser
reaproveitado:
É uma lição
que deveria ter
sido aprendida
e ser uma rotina.
Aquilo que não
tem mais vida útil
em segurança
deve se colocado,
É preciso tomar
cuidado para que
ninguém seja cortado.
Não jogar no chão
aquilo que você
não quer mais
levar no caminho
é o mínimo que
deves para mostrar
que tens educação.
Aqueles que não
'vêem' a missão
de quem cruza
pelas cidades
em dias de chuva
ou em dias solares,
não vêem a vida
como é de verdade.
Reconhecer o valor
de quem é capaz
de manter a vida
em ordem tem
a ver com gratidão,
e também sobre
fala tudo sobre você.
Aos coletores só
tenho a agradecer,
porque sem eles
nem mesmo a poesia
poderia sair por aí
e nesta vida respirar:
Os coletores são
indispensáveis aqui
e por todo o lugar.
Resolvi separar a Piaçava
para trançar um colar
com pingente de Jatobá,
Vou fazer também
um bracelete e um
brinco para me enfeitar,
Porque quem quer um
amor tem que se preparar.
Se a Piaçava sobrar vou
fazer um enfeite de cabelo
porque ainda tenho uma
Mutamba para pendurar,
Porque com poesia artesã
gosto sempre de inventar.
Ainda hoje hoje num
Pau-pereira este poema
vou pendurar para ver
se você passa a me notar.
Na tranquila Cayman Brac
sob uma Silver Thatch Palm
folhas separar para trançar
algo e uma arte inventar.
Dos brincos e do colar
de caymanitas se orgulhar,
ter uma boa relação com
o tempo e deixar ele passar.
Deixar na sua companhia
os nossos pés o mar
carinhosamente beijar.
Deixar o espírito da infância
da alegria se encarregar
e com vida não se preocupar.
A saudade é uma estrada longa, que começa e não tem mais fim. Cada dia tem mais distância separando você de mim
