Sem Eira Nem Beira
Eu quero sair por aí sem eira nem beira, sem prumo e nem rumo, esbarrando em tudo, levando o que tiver de melhor no caminho, se por acaso tropeçar, levantarei sem esquecer o que conquistei, se algo começar a pesar muito eu deixarei pra trás sem nenhum ressentimento, pois chega de se importar demais, a partir de agora me importo de menos, nada de chegar ao ponto de me magoar à toa, isso não leva a nada, vou me importar o suficiente para tirar o pé do chão e continuar a lutar pelo que valer a pena.
Às vezes poderei me sentir sem forças e ajudarei, com o pouco que tenho, o meu próximo, pois nos momentos de fraquezas que amadurecemos e vemos que todos passam por situações difíceis.
Deixando-me levar desejo que Deus ordene aos céus que traga ventos favoráveis me guiando levemente por bons caminhos.
Em minhas orações sempre há de ter palavras de bem, paz, amor e fortalecimento.
Alma Minhota
Sou
Assim,
Sem eira
Nem beira,
À minha maneira!
Não vou mentir,
Não sou poeta,
Nem quero ser,
Apenas digo
Com prazer,
O que me vai
Na alma...
Acontecer!
Não que eu seja um indivíduo “sem eira nem beira”...
Mas sempre vivi, diuturnamente, “à minha maneira”...
Quando sofri, quando sorri só a mim culpei...
Alcancei e perdi amores que eu mesmo desejei...
Caminhei por estradas muito lindas e nelas fui muito feliz...
Já em outras, mal escolhidas por mim, não morri por um triz...
Porém, o que é um homem, senão o resultado de suas vontades...
Hoje, mais maduro, sei que vivi uma vida cheia de grandes tempestades...
Entendi que não existe forma de seguir normas que ensinem as escolhas...
Porque toda escolha depende da nossa capacidade de suportar perdas!
Anda sem rumo, eira nem beira, senta em qualquer roda de fogueira e nem vê a o tempo passar, cumpre os horários, um tanto se limita por em alguma dia ter de se enquadrar na rotina...
Acorda antes do dia clarear e ver o sol nascer é o que faz despertar em nela que mais uma vez la esta de pé, correndo atrás dos ganhos, lidando com as perdas, sofrendo a dor do mundo como se fosse sua, e lá dentro dos olhos da menina Lua quando refletem as cores do céu matutino ali habita a esperança, onde mora os sonhos que correm dentro dela, enquanto esta esmagada em algum quanto do ônibus junto de muitas outras pessoas que sonham, ou que nem isso mais fazem, apenas sobrevivem, aceitam e fazem, esqueceram até o seu próprio nome, o que gostam, e sentem
- o que você faz nas horas vagas? (Ela se indaga)
- horas vagas? O que é isso? A hora que estou transitando até o trabalho (que enche minha barriga e me veste) do trabalho pra escola (onde me esforço pra pra estudar o que não em vou usar, pois dizem ter ordem e progresso, mas eles mentem. Há vestibular) da escola pra cama, da cama um pisco e já vem: acorda menina, mas não deixe os sonhos dormindo, os carregue, ainda que sufocados, não os deixe apenas para a hora de dormir, é acordando que se realiza, mas se não dormir, não vai existir tempo para sonhar, por isso, dorme agora, é só um vento lá fora.
MAR
Pousa no mar como se
Fosse a rainha-mãe, és.
“És o vento que paira
Entre a eira sem beira”.
Seus olhos afogueados
Envaidece o brilho das
Estrelas! Tem teto seu céu.
Mergulhas na paixão
Como se um mar de
Ondas te consumissem
Devotamente o coração.
O tempo, as canções,
Os amores, a poesia,
São as suas verdadeiras
Raízes, do gáudio a soledade.
Indiguine-se!
O Brasil está morrendo à deriva, sem eira nem beira. Sem projeto, sem comando.
Força Manaus!
Vida passageira
Vida passageira
Sem eira nem beira
Nessa imenso caminho
Cheio de espinhos
Sigo meu destino
Sempre sorrindo
Pois mais vale sorrir
E nunca desistir
Do que vale chorar
Se não podes mudar
Então é ir de conforme a maré
E não ficar aí parando em pé
Vida vai passando
Não podemos ficar esperando
Seguir esse é o dilema
Nesse mundo de gente pequena
A razão me faz perder a linha
fico sem eira nem beira
tropeçando por besteira
por mais que eu não queira
caio aos prantos por recantos
onde não vejo mais os encantos da paisagem
pois sei que só estou de passagem
CHATICE
mas que repetitiva chatice! Cá comigo
compor um amor sem eira nem beira
o qual tenho cantado, cheio de asneira
e sempre lamentando como um castigo
se penso que do coração digo, só digo
algumas baboseiras de dor hospedeira
nos versos de uma sofreguidão inteira
ah, como posso ser este meu inimigo
e mais que duas frases duma fantasia
de um sussurro na poesia sentimental
é a inspiração tão pálida e tão vazia...
e nem mesmo a sensação é especial
vem carregada de culpa e de utopia
sem alegoria, e sem o tal conto real!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
12 outubro/ 2021, 04’55” – Araguari, MG
Porque não te ter
me deixa sem eira nem beira
quieta, calada...
porque não te ter,
me faz se jogar nos versos
viver de prosa
porque não te ter
me faz driblar o tempo,
me faz viver do ontem
reviver hoje,
lembranças, passado!
AMIGO DO REI
E foi assim sem eira nem beira
Que nesta terra alvissareira
Mangue na astúcia do caranguejo
Preciso nas garras do desejo
Pensando já estar tudo no papo
A coaxar a mulher do sapo
Muito cuidado em Pernambuco
Onde a pexeira te faz defunto
Antes de deitar em cova rasa
Segue teu rumo noutra Pasárgada!
- Relacionados
- Beira Mar