Seco
Decocção de areia
Não sei o que sou, só sei quem sou
Pulo em um mar, navego
Seco o mar esta e dentro dele uma planta morta tem
Para o fundo da areia a planta vai
Aquece e se torna uma rocha
Que com o tempo se desgasta e vira pó
Em meio aos pós há um brilho
Se desfaz feito fogo ateado na folha
E o pó com um vento se desfaz como cinzas da folha
O mar seco com areia se torna rochoso
Tudo o que tinha de vivo morreu
No céu não tem nem azul nem nuvens
No céu que reflete o mar vejo meu reflexo
Em um piscar de olhos desapareceu, junto com o sol que se esfria e cai
Suas cinzas desaparecem nas rochas que já foram água
Já sei o que sou, não sei quem sou.
O amor sozinho queima como o fogo ateado ao mato seco. Acompanhado aquece e aconchega na fogueira a dois na noite vendo a lua e as estrelas. Amar sozinho não me serve. Nasci para trilhas que se cruzam para perder o fôlego no respirar do beijo na boca dela. Da energia que se mistura dos nossos corpos. Quanto mais, mais me dou. Quanto menos, menos estou e me vou.
Ir estando no mesmo lugar. Ir, pois é preciso se retirar, mas estar comigo mesmo em todo lugar. Os lugares são os mesmos, pois a rotina esta no dia a dia, mas lugares novos para visitar também me levo para passear. Talvez novas companhias, mas uma sempre esta que sou eu a me acompanhar.
Quem quiser vir comigo enquanto amor pode ficar, do contrário escolho sozinho continuar.
“Quem sabe o fruto dessa solidão,
Que agora engole a seco,
Não seja a arvore que plantou,
No jardim da tua indiferença.”
A cruz de Jesus Cristo te ajudará a atravessar o Jordão a seco, insista e não desista, ela suporta a todos quantos nela se refugiarem!
Chorei rios que não vão se transformar em mares, pois não caiu uma só lágrima, o meu choro foi seco, silencioso, regado a litros de café com gim e cigarros sem fim, é, eu chorei… Esse choro virou samba enredo, mas não teve porta bandeiras, não teve mestre salas. Esse choro acabou com o sonho que eu alimentava, cuidava, mas se tornou um pesadelo que mesmo acordado me perturba. No meio do choro tirei a barba, o sorriso escondido no canto da boca, por de trás do cigarro… Esse choro /samba, me mostrou que não tenho mais nada, até mesmo as lembranças partiram, um vazio fez morada, nada de sonhos, esperanças e nem mesmo a saudade. A saudade que era do nosso amor, a saudade dos seus olhos sobre o meu corpo, do meu riso bobo ao beijar sua boca, saudade da sua mão na minha barba e de você me chamando de seu… O meu samba tem uma nota so… Solidão…
Dias atrás te aclamei o céu
Em tão pouco tempo te tornastes meu féu
Mas eu engulo a seco
Não posso reconhecer
Que eu vi meu peito
Bordado a você
A noite me atordoou
Será que te aludi simpatia?
Mas meu cansaço logo te perdoou
Fiz do teu peito minha companhia
Eis que o tempo foi passando
O teu encanto também
Tu enxugaste o meu pranto
E me chamaste de meu bem
Já era tarde e eu não sentia
Eu não queria estar ali
Mas fui covarde, por covardia
Tomei tua mão e prossegui
E tua mão fria já não doía
Logo no peito eu percebi
Que amar podia, em cantoria
Porque amor não havia por ti
DESERTO SECO
Nado em terras secas, cheias de cactos
Despidas cegas como uma toupeira
Em breves rasgos onde descrevo o mar
Deserto seco de areia fértil ou estéril
Ninguém pode dar aquilo que não tem
Sou pó, ao pó eu voltarei a desfazer-me
Onde a vida tira-me as lascas, que importa
Nasce o sol e não dura mais que um dia
Depois da luz, segue-se a noite escura
Sombras que morrem na sua formosura
Tristezas transfiguradas pela ignorância
Nado no deserto de cactos em terra seca.
O jardim estava seco e quase sem flores
Encontrei uma pequena simples e singela
E presenteei a moça mais linda e bela
Flores são como poesia
E você uma linda melodia
Eu faço tudo pra chamar sua atenção, de vez em quando eu meto os pés pelas mãos, engulo a seco o ciúme, quando outra apaixonada quer tirar de mim sua atenção
Caminho.
Água pouca quase nada
chão rachado vida dura
caminho seco pela estrada
segue o sonho que perdura
de ficar na terra amada
e viver da agricultura.
"Quer saber cara? Acho que te amo. Desculpa te dizer no seco assim, mais eu te amo. É, eu te amei naquela nossa briga chata. Te amei naquela madrugada.te amei no silêncio que você deixava.Te amei no dia que você não apareceu.Te amei quando você foi embora. Te amei quando você voltou. Te amei durante aquela musica e no filme de amor. Te amei de manhã, a tarde e a noite. Te amei no banho, no sono e na correria.Te amei nos segundos disponíveis. Te amei nos números nas letras e nos logaritmos. Te amei chorando e te amei rindo. Te amei ate mesmo quando te odiei. Me desculpa mais foi oque meu coração aprendeu a fazer, te amar durante todo o tempo. Dói ,e vai doer por mais um bom tempo.mais certezas mudam de lugar e mais horizontes se abrem. Portas se abrem, sorrisos se abrem. E eu não vou mais abrir mao disso por você. Não é cansaço,e não seria mesmo depois de correr vinte voltas em um campo de futebol.é que aos poucos o tempo corroí. E tudo se torna pó, e isso o vento leva,mais nao e capaz de trazer de volta. Nada consegue juntar novamente o inteiro que éramos. Fomos muito ainda que nao éramos nada. Hoje nos tornamos tão pouco, tao desconhecidos.E por isso paro por aqui. E dessa vez além de desistir de você , estou desistindo de nois."<br>
— Anna Maria Hausenback
Troca de pessoa.
Mudança, avança
A longo período seco.
Meto
Nariz onde não sou "chego"
Chegado de confiança!
Amor cansa?
Moeda compra tudo que não se sente...
Planta a rigor de pessoa
Que manifestou boa
Lembrança...
Ventania no Cerrado
Chia o vento no cerrado seco
Num grito fugaz de melancolia
Zumbindo a sequidão num eco
Nos tortos galhos em poesia
Este vento que traz solidão
E também traz especiaria
Dando aroma a esta emoção
E combustão a esta ventania
Calado pelo canto da seriema
Que com o sertão tem parceria
Choraminga o cerrado em poema
Das folhas secas em sua correria
Desenhando no vasto céu dilema
Do rústico e o belo em poesia
Musicando a natureza suprema
Da diversidade em sua agonia
(Vai o vento em sua romaria.)
Luciano Spagnol
Mistura de calor, frio, seco, molhado, verde, marrom...
Cochicho de folhas que se desprendem, se soltam, sem a preocupação de onde pousar.
Árvores despindo-se num silêncio gostoso, sem a preocupação se a primavera há de voltar.
Nesse ar, o cheiro do café, do chá e do chocolate são mais saborosos.
Sim, o cheiro tem sabor, e dos bons.
A cama dificilmente arruma-se e o sofá sempre possui um travesseiro.
Se eu fosse uma estação, seria Outono de carne, ossos e sangue!
Chão cerrado
Seco ou molhado
Jatobás, Ipês, pequis
Plano ou enrugado
Quaresmeiras, buritis
Chão cascalhado
Mangabas, sucuris
Me vi besuntado...
Multíplice cerrado
Diversidade...
Vida diversa, virilidade
Luciano Spagnol
21/05/2016
Cerrado goiano
Não se irrite porque o poço está seco e não pode te dar água. Antes se pergunte, porque você continua insistindo em retirar água de onde, está claro, que não podes obter.
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