Se Nao for para Voar Nao Tire meus Pes do Chao
Elegia
As árvores em flor, todas curvadas,
Enfeitarão o chão que vais pisar.
E a passarada cantará contente
Bem lindos cantos só em teu louvor.
A natureza se fará toda carinho
Para te receber, meu grande amor.
Virás de tarde, numa tarde linda –
Tarde aromal de primavera santa.
Virás na hora em que o sino ao longe
Anuncia tristonho o fim do dia.
Eu estarei saudoso à tua espera
E me perguntarás, pasma, sorrindo:
Como eu pude adivinhar quando chegavas,
Se era surpresa, se de nada me avisaste?
Ah, meu amor! Foi o vento que trouxe o teu perfume
E foi esta inquietação, esta mansa alegria
Que tomou meu solitário coração...
Amanhecer.
Tem cheiro de plantação
quando o sol está surgindo
pra fertilizar o chão
cada chuvisco é bem vindo
pra quem mora no sertão
todo amanhecer é lindo.
Em plena madrugada, acordada
lápis e caderno em mãos
e o meu coração
caído no chão
Tic-tac do relógio
pinga - pinga da torneira
em meu peito um vazio
pernas em tremedeira
Escrevo aqui sensações
medos e pesadelos
faço aqui minhas orações
esperando aquietar meu
coração
O caderno não me julga
o lápis me é fraterno
talvez agora eu durma
no abraço do meu caderno.
_____Juliana Rossi Cordeiro
Um pedaço do silêncio que dorme no chão da cozinha
Que a garganta arranhe pela manhã
e os azulejos brancos da cozinha sangrem todos os dias,
que os beijos explodam na boca incontáveis,
inconfundíveis, incalculáveis...
E que a dor não seja maior do que as gargalhadas
que ironizam tamanho sofrimento.
Que os beijos explodam da boca, incontroláveis
e feito os vulcões pirem o cabeção!
E que depois murchem sem dó nem piedade,
feito a imagem esmaecendo às três da madrugada,
após o clique no controle da TV que te controlava
e que agora te liberta de tamanha prisão.
Que o refrão infame...
- pedaço do silêncio que dorme no chão da cozinha -
inflame em chamas de lava ardente
e dissolva feito um passe de mágica,
as rochas marrons e duras,
que são pedras em nosso caminho.
Que quem escreveu (ou leu) essa asneira não morra só!
Nem viva só, nem só lamente por toda a sua miserável vida.
E que possa ser também resiliente,
tenha força pra seguir em frente
e mesmo sem prognóstico positivo possa encontrar uma saída,
que possa ver (entender) que toda essa gente só, não é obra do acaso.
Te trouxe flores
Mas estão nesse momento no chão
Junto ao seu corpo
Sem vida, sem razão
Me senti inútil por não conseguir fazer nada
E minhas lágrimas deixo cair então.
Lágrimas de dor, lágrimas de amor
Lágrimas que falam mais do que eu disse em anos
E as palavras continuam grudadas em minha garganta
E nesse momento me causa sufoco
Por eu ter você por tão pouco tempo
Mas agora só quero dizer, eu lamento.
Lamento por não ter ficado do seu lado
Por não conseguir falar o quanto eu te amava
Pois meu orgulho sempre era maior
E vejo que isso só me causou dor
E agora eu choro sobre seu corpo.
Eu te quero de volta meu amor!
Te trouxe flores
Mas vejo que não dá mais tempo
Você já se foi e me deixou aqui
Eu só consigo sentir um vazio por dentro
Mas saiba que eu te amava
E por tudo isso eu lamento.
A face desconhecida
Um corpo nada normal
Expressão de tristeza
Que me deixa sem chão
Ao ver a imagem refletida
Ser tornar apenas um borrão
Meu corpo se enfraquece
Ao sentir a dor que permanece
Se tornar mais forte
Ao reconhecer aqueles olhos
Que consegui ver por sorte
Antes de meu corpo ser
Levado pela morte
Agora me perco entre memórias
E as lágrimas deixo cair
Ao saber que aquela imagem refletida
no espelho
Era meu ser dando um último grito de desespero.
Eu era como uma gangorra, quando estava no chão lutava para tirar todo o peso que pairava sobre mim para poder me reerguer. E quando eu conseguia finalmente alcançar o topo, lutava sempre para me manter leve.
Que atire a roupa no chão do meu quarto se você me quer, posso sentir os seus suspiros ficando intensos no meu pescoço. A mão que percorre o meu corpo já não está bem intencionada, e eu posso ouvir o seu coração dançando em um ritmo acelerado. Calma, meu bem! Me ancorei no seu abraço, desse cais eu não parto.
— Lua Kalt (Deliberar).
Maria
Quando tem um pedaço de chão
Vai, que é teu
Mundo inteiro
Nas voltas que ele dá
Faz nascer, faz brotar seu vintém
Mas tem dia que é duro também
Chão da Cozinha
Uma paixão impetuosa surgiu, noites e mais noites ao telefone, a espera do encontro.
Calor, paixão, tensão, dúvidas... mistura de sentimentos a busca de uma resposta certeira, até que veio o nosso primeiro encontro, frio na barriga se fazia necessário para o momento, olhares e olhares, sorrisos e sorrisos.
Imaginávamos a nossa primeira vez de várias maneiras, mas quis o destino que o chão da cozinha fosse o palco, cada toque, cada gesto, os pequenos detalhes eram encaixados pelos nossos corpos, tudo que outrora era sonho se tornava realidade.
Poderia ser em vários lugares, mas no chão da cozinha eu encontrei o seu instinto mais selavagem, faminto por amor.
Quem diria que no chão da cozinha te amaria por longos dias.
“O vento caudaloso que sopra e impulsiona, doravante, a vela do barco conduzindo-o ao chão... imaginem só... é o mesmo que, intrepidamente, atiça e tenta apagar a vela que põe luz à escuridão.”
Enquanto houver
Um palco
A rua
O chão
Amor e utopia
Contramão
A força de uma voz
Quando o sinal fechar
Não estaremos sós
"Sejas tu
O andarilho do teu chão
e tenha em mente
Que o maior brilho existente
É sempre aquele
Que reluz na escuridão"
Edson Ricardo Paiva.
Ara chão!
Surgi o sol na alvorada
com seus raios de quentura
quem no sertão faz morada
investe na agricultura
deixa o chão da terra arada
que na primeira chuvada
no plantio vai ter fartura.
Lembre-se que a cada 3 amigos, 2 são a principal plateia q quer te ver no chão.
Afinal "amigo" é igual "amor" palavras que se houve todos os dias, mas que poucos põe em prática.
Inconstante
Ficava ali, presa ao chão, porque nela morava a inquietude permanente amarrada aos ventos.
Fecharam todas as portas e janelas para que não viajasse desavisadamente e flutuasse entre as fechaduras espalhando segredos.
De vez em quando era posta ao sol a aliviar bolores e choros que avisavam os anjos de sua dor, dos quais sempre conversava.
Eles a espreitavam e comungavam com sua dor.
Seu lamento estava inconveniente e colocava a felicidade no embaraço.
E não adiantava água benta, somente lágrimas salgadas silenciavam sua inquietude.
Ninguém a alcançava, dançava solitária com seus pensamentos.
Navegava.
E os acontecidos passados espirravam em seu rosto como recordações enganadas.
Muito tempo se passou e amanheceu diferente, com os olhos claros de cílios alongados de negro.
Na porta alguém trouxe a correspondência.
No desembalar, uma carta sem remetente, amarfanhada, com uma pérola quase imperceptível dançando entre letras descritas, grafada nas sílabas:
“Única”.
E o sorriso de sua boca eclodiu como resposta.
Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury
"Se em algum ponto do caminho você escorregou, ali marcou, cuide para ninguém apagar e o chão te marcar mais uma vez".
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