Se for Triste Carlos Drummond
A qualidade de vida está ligada ao seu modo de viver, pois se sua prioridade for buscar o conhecimento e desenvolver sua Inteligência emocional, logo sua vida será um espetáculo aos seus olhos.
NILO DEYSON MONTEIRO
Acadêmico da Academia Pedralva Letras e Artes.
Uma flor
Saiba um dia o tracejo
Que em mim te viu nascer
Como a alva da manhã,
Se não me fores
Por contento a bela flor
Que me perfuma o caminho,
Serás para sempre
O crepúsculo vespertino
Que encerras o meu destino.
Nada faço conhecer-te
Deste amor que te desejo
Em minh’alma sem sossego...
Outrora foste pequenina
Com grandes sonhos de menina
Em ti vividos por donzela...
As estações te fazem bela
E se renovam as flagrâncias
Deste amor que em mim revela...
Uma flor,
Uma dor,
Um só amor...
Edney Valentim Araújo
1994...
Quem for paulistano da gema, que viveu na velha e querida Sampa dos anos 50 e 60, vai se lembrar...
E quem só conhece essa loucura que é a Sampa de hoje em dia, pode acreditar que foi assim mesmo...
"Ai que saudade que tenho, da aurora da minha vida..."
Serve para muitas e muitas outras cidades deste nosso Brasil,
basta mudar certos nomes, e lembrar, vale até enxugar uma lagrimazinha teimosa...
Lembranças de um tempo que não volta mais...
Quem viveu, pode lembrar
Ósculos e amplexos,
Marcial
A VELHA SÃO PAULO DA GAROA
São Paulo, que terra boa...
Marcial Salaverry
São Paulo, sempre foi uma das grandes cidades do mundo, e sempre a maior do Brasil. Mas quem vê esta metrópole alucinada de hoje, e a conheceu em outras épocas, forçosamente sentirá a saudade batendo forte no peito.
Era outra vida, era o tempo das serenatas... Aqueles rapazes que pretendiam conquistar suas eleitas, cantando sob suas sacadas, e as donzelas, sempre suspirantes, assomavam às janelas, sorrindo enlevadas para seus apaixonados. Eram lindos romances.
As crianças dessa época apenas sabiam brincar, ignorando totalmente essas coisas de namoro. A infância vivia uma verdadeira infância, sem queimar etapas. Existia algo chamado inocência. Apenas na entrada da adolescência que começava a existir aquele namoro “de portão”, e assim, as serenatas eram um meio para os rapazes demonstrarem seus sentimentos às jovens. Hoje, bate uma saudade incrível desse romantismo gostoso. Piegas, porém muito gostoso.
Andava-se tranquilamente pela cidade. Era possível brincar nas ruas. E existiam aqueles jogos de "sela", “uma na mula”, “dono da rua”, jogava-se futebol nas calçadas, e com bolas de meia. Alguém sabe o que é uma bola de meia?
Claro que havia indivíduos que viviam fora da lei. Eram chamados malfeitores. Mas nem eles agiam com violência, principalmente com essa violência gratuita que vemos nos dias de hoje. Até para isso havia uma certa ética que eles respeitavam. Tivemos alguns nomes que marcaram época, como Meneghetti, Sete Dedos, que entravam nas residências, roubavam e saiam, sem que ninguém notasse sua presença. Tudo dentro da mais estrita “ética profissional”, sem nada de violência.
Não havia esse consumo desenfreado de drogas, essa maldade que se encontra hoje, quando as pessoas de bem precisam viver enclausuradas, com medo da violência das ruas. A rua era nossa, podia-se passear e brincar à vontade. Havia um costume de época, quando vizinhos se reuniam à porta de uma das casas, colocavam cadeiras na calçada, e o papo avançava noite a fora... Não havia a tal da televisão, que tirou esse costume tão gostoso, e agora totalmente inexistente "graças" ao advento do computador e do celular... Pràticamente não se conversa mais, apenas se digita... Havia uma convivência saudável, e havia um enorme respeito das crianças e jovens pelos mais velhos. Sua palavra era quase lei.
São Paulo com seus bondes, com o charme fantástico da Avenida Paulista, e seus palacetes, com que os “Barões do Café” ostentavam sua opulência, sem que precisassem temer serem sequestrados.
O que dizer então da Avenida São João, e seus lindos cinemas, como Metro, Art Palácio, Paysandu, programa obrigatório dos fins de semana. O Ponto Chic, e seu famoso “Bauru”... Haja saudade...
E as salas de espetáculo como Odeon, na Rua da Consolação, com as Salas Azul, Verde e Vermelha. No carnaval, os bailes do Odeon eram o ponto alto naquela bela Sampa.
Na esquina da Rua Consolação com a Av. São Luiz, havia a Radio América, onde nos fins de semana assistia-se a monumentais shows musicais. Por exemplo, os Quitandinha Serenaders, um conjunto que arrasava... Não podemos esquecer um jovem que tocava bandolim genialmente, chamado Jacob do Bandolim, e o que dizer dos Titulares do Ritmo, que era um conjunto formado por cegos, e que a todos encantavam com sua arte... Não podemos esquecer uma menina em começo de carreira que arrasava corações juvenis, chamada Hebe Camargo. E um garoto que ela chamou de “principezinho de olhos azuis”, ganhando um gostoso beijo nas bochechas... Inesquecível... Será que ela reconheceria hoje esse "principezinho"? Dos 8 aos 80 mudou alguma coisa...
Nessa época, ainda havia a famosa garoa... Acho que a poluição matou a garoa... E como era gostoso passear a noite, curtindo o friozinho saudável dessa velha garoa... Av. São Luiz, Praça da Republica, Av Ipiranga...
Nos dias de jogo no Pacaembu, o charme era voltar a pé, para uma paquera na Praça Buenos Ayres, um dos pontos mais lindos daquela São Paulo, descer pela Av. Angélica até o Largo do Arouche, para ir patinar num rinque de patinação, que era o ponto de encontro da rapaziada, sempre naquela tentativa de um namorinho com as meninas que lá iam, sempre com seus pais. As meninas “de família”, jamais saiam sozinhas...
Essa era a São Paulo daquela época... Não é para sentir saudade? “São Paulo da garoa... São Paulo que terra boa...”
Marcial Salaverry, com muita saudade, deseja a todos UM LINDO DIA, e a SAMPA, um FELIZ ANIVERSÁRIO...
Uma coisa só pode ser feia se não for reação humana.
Pode ser que reação humana não seja vontade de Deus.....
Poesia: Egoísta
Autor: Weligton Costa
Enquanto não for digno
de todo meu amor
Guardarei todo esse
sentimento para mim.
Pois, prefiro ser
chamado de egoísta
Do que usá-lo de
maneira sem fim.
Sou um oceano
Imensurável
Minha profundidade
é incalculável
Pequenas pessoas rasas
não nadarão em mim.
Não deixemos o tempo passar. Vamos passando juntamente com ele. Aquilo que for bom, levamos com a gente; o que não for, a gente deixa no caminho.
Nunca esqueça do seu passado, porque ele conta a sua historia.
Se for possível prenda um alfinete á sua roupa, para quando você se sentir que é grande demais, aquele alfinete lhe furar e lhe lembrar tudo o que você passou, até chegar ao dia de hoje.
Homem sem historia é fantasia!
Escritor Charles Lins
Durante nossa existência, sofremos inúmeras transmutações, perdas, conquistas e ganhos que foram formando a nossa personalidade, construindo o que somos hoje. Lutamos e enlutamos. Então, olhamos para trás e avaliamos nossas escolhas e vivências. De algumas, nos arrependemos por ter vivido, já de outras, por ter “esquecido” de viver; algumas covardes em investir, ou mesmo ponderados demais para nos deixar envolver.
O que vale é um bom sorriso.
Se não tive, vale um bom coração.
Se o coração não for bom, então não vale mais nada.
"Tenho mil motivos pra chorar,mas eu prefiro continuar sorrindo. Porque chorar só se for de joelhos pra falar com Deus."
O tempo passou
O amor diminuiu
Oque um dia foi lindo
O nevoeiro encobriu
E um sentimento forte e persistente
Quando me deito na cama
Você vem na minha mente
Mas eu não vou começar a chorar
Como tudo na vida
Isso tende a acaba
Então no final
Deixarei de estar mal é ficarei bem
Mesmo amando você como nunca amei ninguém
