Se eu Fosse Algum Rei
Esse Natal pra mim tá meio sei lá o que ... eu só queria do papai Noel um presente que fosse vc... só vc...
Dizem que sempre fui diferente das outras crianças. Qualquer que fosse o objeto, eu queria desmontá-lo e entender o que estava escondido dentro.
Eu tinha acabado de dobrar uma esquina. Achei que quem vinha, fosse apenas mais um que passava por mim, porém logo à frente descobriria eu que estava totalmente errada. Ao longe consegui avistar a presença de um homem que vinha em minha direção, não pude evitar o meu questionamento, na verdade desde muito pequena me questiono sobre quase tudo e hoje em dia não é diferente, e lá estava eu outra vez me questionando: "-Como um dia tão agitado e corrido duma quarta-feira estivesse tão parado e silencioso como aquele?". Fins de tardes em São Paulo são praticamente portais à caminho para o inferno, principalmente quando todos continuam lutando obstinadamente por uma vaga num dos assentos de um prensor humano absurdamente lotado chamado de ônibus, e isso não é nada comparado com os sacrifícios feitos na segunda condução no meu caso, é como uma mistura grossa de dores, cansaço, descontentamento e insanidade. Está pra nascer um dia de calmaria nessa cidade.
Eu sobrevivi, sobrevivo como todos fazem aqui, e como venho fazendo há muito tempo, se eu sofro por pegar a segunda condução, que adjetivos catastróficos há de ser agregado a quem depende da terceira pra poder chegar em casa e dar aquele beijo de boa noite nos filhos que já adormeceram?
E em meio a turbulência e movimento que esse lugar me traz, vem consigo logo depois o imenso prazer distinto e inigualável de todos os lugares por onde já vivi, e é esse movimento que faz Sampa um lugar fascinante e excepcional.
Este movimento faz com que tudo ao seu redor ganhe vida sem que saiam do lugar, tudo a sua volta é tão energizado que uma parte significante dessa energia é dada a você indiretamente. Essa energia te mostra todos os dias que ainda há vida e que você ainda pode fazer e ser o que quiser, pois enquanto houver fôlego nos pulmões tudo a nós é permitido, afinal, temos apenas uma vida.
É essa batalha contante de fazer melhor a cada dia que a torna maravilhosamente única e original. Todos os dias em que abro meus olhos tenho a plena certeza de que esse lugar é o lugar perfeito pra alguém tão diversificada e tão cheia de vigor como eu, é onde devo ficar, foi por isso que escolhi São Paulo, pela sua fonte de energia inesgotável, ela me faz crer que onde há vida há esperança.
Agora, quem se encontrara longe está a cada passo mais perto. Foi inevitável não olhá-lo, havia uma forte luz que emanava no centro de seu peito, aquele homem que vinha misterioso estava agora acabando com o mistério de sua luz, seu brilho era tão intenso que chegara a incomodar os olhos, e tirar a sua atenção era bem mais que impossível, a luz era forte o bastante pra tocar-me mesmo em meio a essa distância intocável, o sol de fim de tarde era a sua principal energia.
Fiquei atônita, confusa, curiosa. O que era?
Eram passos vagarosos, apertados, pareciam mais querer parar, os pés se molhavam nas pequenas poças que se formaram após um chuvisco leve de fim de tarde. E lá estava ele, vindo em minha direção sem presa, sozinho, num imenso silêncio quase ensurdecedor.
Era simples, porém com uma beleza singular, era quase hipnotizante, estava com uma blusa preta e um casaco semifechado que cobria a estampa que tinha em sua camisa, de calça jeans e um tênis azul surrado que realçavam a sua sensualidade e elegância enquanto caminhava com sua bolsa de costas também preta e uma pequena na mão esquerda, não paro de me perguntar: -O que tem nela?!
Pra ser sincera, eu literalmente pensei alto demais.
"-Mais que droga! Agora ele deve estar pensando que sou uma louca, esquizofrênica e psicopata." Dessa vez pensei baixo e comigo mesma.
Ele possuia olhos que inquietam na calmaria, esses mesmos olhos furtam diretamente e escondem descaradamente toda e qualquer esperança de tentar desvendar os mistérios que neles habitam, o homem com um olhar tão profundo e perigoso que se chegado mais perto, mais sem volta e perdidos se tornará qualquer um que tentar tomá-los a si, sua boca era de uma extrema seriedade que a alma chegava a se arrepiar ao imaginar a esplêndida beleza do seu sorriso.
Apesar da rua ser longa e larga, se tornava pequena e estreita a cada suspiro, era quase asfixiante. Estamos nos aproximando, uma hora isso iria acontecer.
Tensa, trémula e inquieta. Estávamos próximos demais, embora estivéssemos em lados opostos com alguns metros de distância. Meus olhos se fincaram aos teus, se eu tirasse sei que poderia doer, então continuei a olhar, o tempo pode parar no momento mais sagrado da vida, coisas assim só acontecem uma vez na vida, assim dizia a minha vó de coração, e de fato estava certíssima. O sol estava dando-nos um "até daqui à pouco" fazendo-se brilhar pela última vez do dia no peito do secreto, e tive o privilégio de saber o que tanto carregava, o que tanto resplandecia, o mistério que tanto ecoava em mim, a ansiedade era um medalhão, mas não um qualquer, era um escudo representando o inabalável e em seu centro havia a palavra secreta que do "nada" é que se faz o "tudo".
Olhou. Secou-me a garganta, levou minha voz, foi desse jeito que passou por mim, tudo escureceu e agora me encontro no final da esquina, não pude evitar, nem tão pouco deixar de olhar pela última vez, existem situações, visões e sensações tão impossíveis na vida, que muitas das vezes é preciso voltar, olhar e sentir pela última vez o que ainda é alcançável.
Olhou, sorriu e trouxe esperança, foi assim que o vi desaparecer na esquina.
Se eu pudesse voltaria, apenas pra sentir tudo outra vez, mas era tarde demais, algumas oportunidades ocorrem em frações de segundos. É preciso aproveitar cada momento, mesmo os que parecem não ser tão especiais, mas que só pensamos nisso quando o ocorrido já se fora.
Agora estava só, porém mais forte. Sua passagem me trouxe o brilho no escudo inabalável da "FÉ", a palavra secreta que apesar de pequena terá sempre um poder sem medidas, foi com ela que voltei pra casa.
Se eu pudesse voltaria e mudaria esse final, quem dera disso tudo ser real, foi apenas uma metáfora pra enfatizar o que realmente tem valor, esse foi um dos sonhos perdidos que tive a honra de lembrar.
A FÉ é o combustível, a fonte real dessa energia poderosa que faz todo o mundo acordar, levantar e saber que ainda tem vida pro novo dia que está por vir, é com ela que todos voltam pra casa com a esperança pregada no peito crendo na possibilidade do impossível.
E quanto ao rapaz!?
-Ah, ainda não sei quem é, mas adoraria conhecê-lo.
eu sinto meus olhos encherem d'agua e escorrerem pelo meu rosto como se fosse um mar de tanta "agua" e pelo seu gosto salgado, é engraçado que uma coisa tão simples possa virar poesia, assim como uma lágrima possa ser o começo, e apenas um ***** o finak de tudo.
se pararmos pra pensar muitas pessoas ja estão mortas a tempos, e ninguem nunca liga ou se importa, sinceramente parece q as pessoas so veem toda nossa dor quando nossos batimentos cardíacos vão a estaca 0, quando se deparam com a gente deitado em um caixão, sem respiração alguma, sem nenhum batimento, apenas um silêncio doloroso e lagrimas escorrendo por todos os lugares, as pessoas só iram se dar conta de que amam alguem verdadeiramente quando verem que essa pessoa partiu, independente da maneira que for, é sempre a mesma coisa, basta refletir, pensar, e tentar mudar em relação a isso, eu so peço uma coisa para você que esta lendo, apenas uma coisa, dê valor as pessoas que você ama enquanto elas estão ao seu lado, pois não adianta lamentar após a morte de se ente querido, a pessoa não irá ver ou sentir nada do que esta acontecendo então aproveite o momento do agora, não deixe para fazer amanhã oque você pode fazer hoje.
-apenas uma vida sem arrependimentos. (sqn)
Era manhã quando desabei, percebi que eu era ninguém
Talvez eu ainda fosse alguém, ou somente um resquício
Um espectro de quem queria ser mas nunca me esforcei a tal
Na deprimente luz fraca da manhã vi o quanto eu havia mudado
E por Deus, não queria que isso tivesse me deixado tão conturbado
Mas então o sol apareceu imponente, e tudo de repente ficou tão pequeno
A tarde gelada chegou, um sopro de ar, uma chuva fina, um poema de amor
Novamente me perguntei quem era, numa reflexão nefasta que a nada espera
Só então compreendi os meus erros, num ato de lucidez ou talvez desespero
Porém, eu sabia, não tem como mudar o passado, talvez aceitar fosse a melhor opção
Obrigar a mente a esquecer as memórias ruins, e o coração os amores sem finais
Mas então a lua pairou no céu, e duvidei se não estava fazendo de tudo um escarcéu
Na bela noite procurei por descanso, mas nada era fácil além da incerteza
E as dúvidas apareciam aos montes, num circo impensável de tristeza
Eu sabia que tudo que precisava era de um pouco de clareza, talvez alguma diversão
Só que nem mesmo toda a felicidade passageira impedia a mente de girar em turbilhão
E nos livros enfim, encontrei um pouco de amparo, na quietude da noite, na profundidade da palavra
Mas então o sono chegou e com ele não tive vez, e ao abrir os olhos já era manhã outra vez
Circunstâncias do meu reflexo
Se assim fosse eu olhar - me no espelho
Então não encontraria meu reflexo
Sê fosse meramente meu eu, eu ali espelho
Mas, talvez existisse tantas faces no reflexo
E ser eu mesma talvez seria a lógica
Da minha mera e simples existência
Ou talvez fosse minha arrogância
O propósito, a intenção ou a tática
Porque existir e me continuar sendo
Seria no mínimo a máxima elegância
Mas, no reflexo esteja eu só sendo
E minha imagem sendo minha existência
Quando na verdade não me vejo ali contido
Porque posso ser somente a circunstância
Se eu fosse um gênio teria a receita do porquê o amor termina... mas, como simples poeta e amante da vida, digo que o amor não acaba, nem morre, ele apenas se exila.
Se eu fosse um pássaro
eu voaria pelo céu azul
mas quando voltasse para casa
sei que ele estaria cinza e eu veria a chuva cair
ninguém viria para me alimentar
pois eu seria um pássaro, que já sabia voar
porém não sou
nunca voei, ninguém me ensinou
nunca comi
se eu fosse vivo...
Hoje, se eu fosse me definir seria como as águas que jorram da nascente do rio... nada, nem ninguém detém o meu esplendoroso percurso...
Todos os dias são segunda-feira e eu os trato como se fosse domingo, pois luta sem desfrute não é luta, e sim escravidão.
E se fosse o contrário?
Se fosse você a gostar de mim
E eu por não corresponder a esse
sentimento fosse "normal" (fria) contigo?
Será que eu conseguiria me portar assim?
Se esse é o meu normal, então, sim.
Contudo, talvez eu buscasse muitas formas para não te magoar.
Ainda que eu não correspondesse
ao seu gostar.
Sei que de sua maneira, você busca não me fazer chorar...
Com tantas coisas para fazer, parei no
tempo compondo poemas pensando em você.
– Se você fosse meu marido, eu envenenaria o seu chá.
– Hey querida, este chá envenenado esta tão doce quanto seu sorriso!
Se eu fosse proprietário dos céus,
Faria as nuvens de tapete em nossa nova casa
A todo pássaro que nos visitar,
Convidaria para a você cantar
Diria que toda aquela imensidão
É de propriedade da dona do meu coração,
Que faz dos meus dias junto a você
Algo que jamais poderei me esquece
Pois do simples ao belo, você torna
E a cada volta, meu coração fala contorna.
Você é preciosa e a mim é apresentada como a jóia mais valiosa!
Campo Verde, 8 de Fevereiro de 2022
Se fosse eu...
Se fosse eu nunca teria feito aquilo com ninguém, mas aí eu entendo nem toda agente consegue por a mão na consciência e saber que errou por isso é que sempre terás o coração cheio de culpa e um dia todos os sentimentos maus que provocas-te viram em dobro
Um dia eu quis
que a vida
fosse fácil.
Mas logo
compreendi
que somente na
dificuldade
eu iria crescer.
Se eu fosse...
Roberto Costa
*
Um anjo
*
Um anjo quem me dera eu fosse,
E teu sono delicado e doce,
Velaria eu todo dia sem cessar...
E amparar-te-ia como a uma criança,
E sopraria nos teus sonhos a esperança,
E em sonhos, te ensinaria o que é amar
E se muito mais que um anjo eu fosse...
*
Quiçá um rei eu fosse...
*
Ordenaria que habitasses minha corte
E um quarto em ouro todo teu construiria,
E em cedas e setins tu dormirias,
E eu velaria sem cessar, os sonos teus..
*
Mas a verdade é que ...
*
Não sou anjo e muito menos um rei
Sou apenas um homem
Um simples homem
"Apaixonado por sua beleza"...
Não desejaria eu outra coisa senão que o teatro fosse tão estreito quanto a maroma de um funâmbulo, para que nenhum inepto ousasse nela subir, ao contrário do que ocorre agora, quando qualquer um se sente apto o bastante para se exibir em público.
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