Saudade de um Velho Amigo
Encostado nas paredes do além,
A olhar para o infinito azul do céu,
Ali está o triste velho Zé Manoel,
Tocando sua arpa dizendo amém.
Amém àqueles que o abandonaram,
Na vil encruzilhada da vida,
Pedindo a Deus rezando na ermida,
Perdoando àqueles que o abandonaram.
Entre soluços cantigas tristes,
Apenas triste olhando o infinito,
Olhando co'o coração contrito,
Sem uma palavra que inferiste.
Apenas uma esperança está em Deus,
Naquele asilo abraçando os irmãos,
Mui unidos todos eles dando as mãos,
E aos filhos não esquecidos último adeus.
É foda não poder compartilhar um sonho, velho.
Ta na ponta da linguá,
nas únicas letras do teclado,
na melhor parte de toda uma musica perfeita.
A frase permanece na boca,
mesmo após a certeza
de que ela nunca será dita.
Quem me inspira está bem longe,
perto de onde meu juízo se esconde.
É foda não poder compartilhar um sonho, velho.
E é assim que tem de ser. O velho, é passado, acabou...Lute pelo novo, pelo hoje, pelo agora. O resultado com certeza será mais que surpreendente...
O primeiro vira ultimo, o grande fica pequeno, o bonito fica velho e o guloso toma veneno. é vivendo e aprendendo que na vida vai crescendo! M.M
Amigos, não perguntem a minha idade porque de fato, não faço a menor ideia.
Crianças, jovens, velhos? Afinal, que idade nós temos?
Nunca saberemos de fato. Entendam, eu não perdi minha certidão de nascimento e fui registrado sim. Acontece que já foram tantas as existências, tantas passagens e missões vividas, tantas conversas e acordos com pai celestial....
Que já nem sei mais...
Somos muito mais do que a aparência física ilustra, embora as marcas ou rugas na pele demonstrem cicatrizes de vida.
A medida do tempo muito pouco importa, mas sim o valor que damos ao tempo.
Idade se faz no somatório das intensidades de cada minuto vivido, seja lá em que mundo estivermos e com quem estivermos.
Já quantos minutos de intensidade eu vivi? Esta resposta sim posso lhes dar...
Incontáveis, eternos e infinitos...
SAMBA NOVO
O samba novo é o samba que dá samba,
O samba velho já está na corda bamba.
O samba novo é a dança do momento,
O samba velho já perdeu contentamento.
Dança samba rock, samba canção e gafieira,
Samba de roda com batuque na madeira.
Pode ser casada, noiva ou solteira,
Sai da cadeira animando a brincadeira.
No salão ou descendo a ladeira,
Risca o chão e levanta poeira.
Tem a primeira, nunca tem a derradeira,
Dança a baiana, a carioca e a mineira.
É na janela, na caçamba ou na soleira,
No quintal, no curral ou na porteira.
Tem muita dança e pouca bebedeira,
Vence a disputa quem sai na dianteira.
Tira o cansaço no chuveiro ou na banheira,
Espera a cama sua nova companheira.
Amanhã cedo vem a gata borralheira,
É samba novo pra curtir a noite inteira.
Não vejo a hora de chegar a quarta feira,
Pra novamente encontrar a gafieira.
A vida é breve não espera a saideira,
Vou quinta feira e também na sexta feira.
É samba novo na jogada de primeira,
Quem tem ataque sempre sai na dianteira.
A flecha fere se tiver sua ponteira,
A língua julga, dilacera e faz besteira.
O samba flui com o parceiro ou a parceira,
O samba novo é madeira de aroeira.
Confiar no outro a dança saí linda e faceira,
Dançar sozinho é dinamite na pedreira.
Com o samba novo acerto o passo e resolvo.
Disfarço o tempo deixo o clima prazeroso.
Sambo com a noite deixo a lua de repouso,
Na madrugada é que o amor fica gostoso.
O samba é nosso e assanha o estrangeiro,
Vem ao Brasil pra dançar com o brasileiro.
O samba novo é de agrado e hospitaleiro.
No barco do amor ele é o timoneiro.
O samba novo tem melodia de sucesso,
O samba velho já entrou em retrocesso.
Afastem as mesas que o samba pede pressa,
Sambar a vida alinha alma e vira festa.
O samba novo tem início, meio e fim,
Tem adereços, Colombina e arlequim.
É Jerimum, macaxeira e sambacuim,
É português, javanês e mandarim.
O samba novo manda a tristeza passear,
Cheio de marra faz o riso assobiar.
É madrugada chegou a hora de acordar,
Que sonho bom, quero sempre recordar.
Élcio José Martins
Toda manhã, ao acordar, saúdo o novo dia com esperança. Daí a quinze minutos percebo que ele é velho de trasantontem.
Se não existisse a miragem, o velho viajante perdido no deserto, nunca iria ter a devida esperança e persistência para continuar seguindo em frente e achar o caminho de sua salvação.
O velho viajante estava perdido no deserto já fazia semanas... Toda a sua comida já tinha se esgotado dias atrás e seu cantil tinha derramado a última gota de água.
Ele tinha certeza de que não iria sobreviver por muito tempo, sem comida e sem água.
Com o passar do tempo ele avistava um ou outro oásis. Mas sempre que se aproximava, o então oásis se revelava ser uma miragem. Gastava então energia à toa, encontrando somente a ilusão...
Ele já estava fraco, magro e desidratado, quando avistou um outro oásis. Porém indignou-se com a sua própria vida e disse para sí mesmo que não gastaria suas últimas forças para encontrar uma outra miragem.
Mas então ele ouviu uma voz que lhe dizia: -Vá até o oásis, ele é a sua salvação!
O viajante relutou com a voz: -Não vou mais a lugar nenhum, sei que é mais uma outra miragem. Lembre-me que nesta parte do deserto não existem oásis, foi duro crer nisso, até tentei encontra-lo mas somente me iludi... Prefiro morrer com orgulho nestas areias a morrer sofrendo em meio à ilusão.
Porém a voz voltou somente a insistir: -Vá até o oásis, ele é a sua salvação!
Mesmo indignado e sem esperança, o viajante resolveu seguir o conselho da voz. Mesmo assim tinha a certeza de que morreria ao chegar lá e não encontrar nada...
Gastou suas últimas forças e ao chegar realmente não encontrou o oásis, mas encontrou uma caravana que o ajudou e salvou a sua vida!
Muitas vezes tentamos achar o caminho de nossa salvação,o caminho do sucesso, de nossas conquistas... Mas quando chegamos ao fim dele e não encontramos o que queríamos, achamos que a vida é injusta com nós. Isso porque não sabemos que o caminho não termina ali, mas sim nos interliga com o verdadeiro caminho de nossas conquistas. Deixamos de ouvir a voz da esperança e nos conformamos com o fim. Sendo de que o fim não é onde está escrito que é o fim, mas sim até onde cada um acha que pode chegar.
Grande sede lhe e assola e cerca
Corrente sazonais sopram ao velho continente da terra, de origem singular da terra dos Benguelas
Condensação de eflúvio ao sopro em direção ao continente, faz com que sua secura seja constante
Saibro rubro mais que meu irmão do Norte o Saara, sem chance para o esfriamento da água
Fósseis são companheiros de nenhum lugar no mundo encontrar em seu esplendor
Cemitério daqueles que já se foram a bastante eras, cauterizador ardiloso, porém com os arcaicos foi um pai
Fez morada em seu seio proteção aos esquecidos pelo tempo, dos seus habitantes abrigo amigo
Se fez frio ao dia para aliviar a exaustão da coroa do rei Sol
Na noite aqueceu com seu abraço afago, do terrível vigia que o cerca por todos os lados
Baobá sagrado que faz brotar o nada a vida cerque as fronteiras marcando o termino do fim, seu sangue jorra pelo solo anunciando as suas tribos que a vida vai voltar
Bosquímanos usam como lar daqui tiram louvação, sustento é até amor fazem soprar a esperança de existência no meio do nada
Conscientes que és traiçoeiro, falsa areia no meio da terra dar a vida e mata sede em períodos em incomum, como a morte tira tudo que foi construído sem aviso algum
Grandes vales de aparência inóspita tornam enfastiante para o observador, mas é sua beleza apenas a simplicidade da natureza
Energia dos cristais vai encontrar em nenhum lugar no mundo urânio mais puro o chão foi tão generoso
Dos metais equalizar sua força com a força desse povo pelejador, depositam sua memória ancestral em suas raízes e por mais que a árvore da vida morra já ironizando o destino
Assim como aconteceu com seus antepassados nada será esquecido, como o oponente no juízo final nessas areias tudo será cobrado
Fraquejou e uma vez respeito um romance uma lenda entre os povos se formou uma depressão causou no seu coração
Lapidado para a perfeição brilhante diamante alotrópica do carbono, para riqueza de valor
O mito continuo e em seu íntimo morada fixou para que o mundo inteiro saiba que em terras perdida no continente do desprezado pelo mundo
Em que suricatas e hienas a tem como amigo e vento vermelho cortante tem uma preciosidade que não mede o tamanho de seu quilate
Deserto contigo sem comer, beber, mais pronto para a missão até desgastar, sem que haja forças para sustentar de pé mais estarei lá Kalahari.
No velho continente, depois do inverno e hora de renascer
Na primavera quando as frutas brotam das cerejeiras
Contraste na sua vida
Busca insana da sua condição
A caçada da verdade profunda
A ternura de se descobrir
Nada lá fora importa, apenas si mesmo
Onde na morada dos sonhos, já foi traçado nosso trajeto
Um silêncio assolador em si, vai fazer entender-se espiritualmente
Conectando a lugares aonde você mesmo não se conhece
Para com suas insuficiências serem mais fortes e multíscio.
Eu moço de corpo,
Velho de alma,
Calejado de experiências,
Servo de Deus,
Apaixonado pela ciência,
Faria-me diferença;
Séculos, dias ou crenças,
Quando por brilhantismo,
Méritos e sacrifícios,
Faço-me rosas, dentre espinhos.
Rodrigo S Rosa
Novidades do velho mundo
Abro a janela, enxergo o que passou
No horizonte, prédios cortam a visão
Um poderoso calor ofusca o inverno
Aquecimento global não é invenção
Se o amor é para sempre, tudo bem
Nada terminou sem motivo aparente
Ainda encontrarei uma alma comum
Para ter esconderijo além da mente
As placas direcionam ao precipício
À direita ou à esquerda há sangue
Jovens intolerantes são engajados
Não comovem disparos de tanque
Se nada for para sempre, tudo bem
Estamos adaptados à efemeridade
Amigos cabem nos bolsos da calça
Fácil descartar quando der vontade
Fui condenado à chatice moderna
Cumprirei a pena enquanto puder
Que novidades animam o mundo
Se são velhas diante do que vier?
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp