Rotina
Andava dividida entre duas pessoas
Uma delas eu e a outra você
Já não conseguia mais viver apenas por mim
Quando percebi, me esqueci de te esquecer
Já era rotina pensar em nós dois
Mas eu não sabia que o amor era assim
Olhando agora o meu antes e depois
É impossível por você não dizer sim
Cheguei a confundir amor com amizade
A minha vaidade não queria assumir
Que metade de mim era eu te amando
E a outra metade só em você pensando
Ao mesmo tempo em que sair da rotina é sadio e de fato necessário, fugir da rotina tem um contexto oposto que pode ser nocivo, e até fatal, na essência de um relacionamento a dois. No primeiro caso, pontuamos a rotina com expedientes ou programas que aliviam nossas tensões diárias e o tédio que perpetra os nossos dias. Depois, é imperativo que retornemos à chamada realidade, que nada mais é do que a própria vida, e convenhamos, urge viver. Sair da rotina tem que ser viagem de ida e volta.
Já no segundo caso, a fuga institui uma agonia sem fim, por fugirmos dessa realidade que nos persegue; jamais nos deixa. É fato inerente aos nossos passos. Essa fuga nos torna semelhantes a foragidos da lei. Autenticamos por meio dela o pânico e a infelicidade, ao estabelecermos outra rotina, muito pior que a detestada por nós. Trata-se de uma rotina de fuga da rotina. Uma busca insaciável. Um vício que tende a estabelecer o caos na vida a dois, resultando a fuga definitiva. Separação.
Não consigo, não me adapto, não me conformo. A rotina jamais me fará satisfeita porque eu tenho uma claustrofobia absurda de lugares e tempos. Estalo os dedos, batuco nos móveis, balanço freneticamente os pés. Preciso de ar.
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