Rondo Poesia de Cora Coralina

Cerca de 100164 frases e pensamentos: Rondo Poesia de Cora Coralina

⁠Um ateu pode praticar boas ações tanto quanto um cristão. A bondade está mais ligada à espiritualidade do que à religião.

Cumprir dogmas em busca da salvação revela mais sobre contrapartidas do que compaixão.

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⁠Do interdito ao espetáculo, plataformas e influenciadores fabricam jargões — “pós-verdade”, “cancelamento”, “lacrar”, “fake news”, “discurso de ódio” — que carregam efeitos políticos, emocionais e geram consensos.

A censura antes visível cede lugar a uma linguagem disfarçada de espontaneidade, difícil de perceber. Ela causa fadiga cognitiva: tudo soa calculado, teatral, performático e politizado.

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⁠Projetei no outro o espelho da minha alma, e na sua voz busquei a resposta que acalma:

Diga-me, quem sou eu? — pergunta que reclama, ser eu, senão o eco que no outro se inflama.

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⁠Percorrer a história familiar, social, cultural
do eu que sou, do nós que somos,
herdamos e carregamos.

E do valor que, no outro, tanto esperamos reconhecer
e que almejamos receber.

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⁠Quem somos?

A soma do que vivemos, convivemos, herdamos e juraram que deveríamos ser.

E o valor que, no olhar do outro, esperamos, que nos reconheçam e nos façam crescer.

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⁠Toda queixa carrega um clamor, toda queixa revela um pedido de amor.

Toda queixa disfarça um desejo, todo desejo suplica por amor.

Toda queixa é um grito contido, todo grito é amor não ouvido.

Toda queixa é um gesto velado, todo gesto é amor camuflado.

Toda queixa é um eco tardio, um amor ferido, um vazio.

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⁠Perder referências, perder o norte, perder o apoio, perder o suporte
é quase uma morte, mesmo para os fortes.

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Excesso de estímulos e cobranças apressam
um vazio que avança,
uma solidão que se lança,
um cansaço que não descansa.

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⁠Na vida terrena, a plena felicidade não é missão, nem fruto da criação;
é sentimento em constante transformação.

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⁠Justiça é o limite, o freio e a razão, a ponte que separa o direito da opressão.

Sem ela, o poder se torna tirania, e o direito, apenas face da violência fria.

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⁠Frequentemente, no convívio conjugal, vão surgindo pequenas fissuras que, se não cuidadas, tornam-se abismos. Muitos casais se percebem enredados em rotinas que silenciam afetos e ampliam ressentimentos. É comum que, ao chegar em casa, um dos parceiros busque refúgio nas telas e distrações que anestesiam o cansaço, enquanto o outro se ressente da ausência de diálogo e atenção.

De um lado, há quem se sinta relegado ao segundo plano, como se a presença fosse apenas tolerada, e não desejada. Gestos simples de aproximação — perguntar sobre o dia, trocar carinhos, compartilhar planos — vão se rarefazendo, deixando no ar a sensação de solidão mesmo em companhia. As saídas a dois se tornam exceção, e os momentos de convivência espontânea acabam cedendo espaço à indiferença.

De outro lado, há quem perceba o lar como um espaço tomado por cobranças e comparações. Após um dia de trabalho, alguns sentem que encontram apenas um inventário de críticas e expectativas que não conseguem cumprir. As comparações com outros casais ou modelos de perfeição alimentam sentimentos de inadequação e distanciamento.

Muitas vezes, os mesmos comportamentos criticados se repetem de maneira recíproca, criando um ciclo em que ambos se veem, em diferentes momentos, como vítimas e responsáveis. Não há inocentes absolutos, apenas duas pessoas que carregam frustrações, desejos de serem escutadas e compreendidas, e o receio constante de não encontrar acolhimento.

Para interromper esse movimento, é essencial que cada um possa expor suas percepções com respeito e clareza, sem acusações. Um diálogo paciente, sustentado pelo interesse genuíno de compreender o outro, pode devolver sentido ao vínculo que se fragiliza. Quando a conversa se mostra insuficiente, a busca por apoio profissional, como a terapia de casal, pode oferecer o espaço seguro onde a história comum seja recontada de maneira mais generosa.

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⁠Posso me adaptar sem aceitar, estar de acordo sem aprovar: um corpo que se molda, uma mente que se recusa,
um gesto que obedece, um íntimo que sussurra.

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⁠Posso vestir a forma sem vestir a alma, ceder no corpo, dobrar a vida, mas manter a chama.

A mente que aceita nem sempre se curva, o gesto que adapta nem sempre concorda, o ato que obedece nem sempre abraça.

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⁠A sabedoria de aceitar sem se dobrar,
saber ceder, sem jamais apagar,
viver no mundo, sem se anular.

Abraçar o vento, mas não o desatino,
seguir firme no próprio caminho,
resistindo ao destino sem nunca perder o tino.

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⁠O lado bom da vida que hoje anima e encanta, amanhã cansa e desencanta.

Assim é a vida: um ciclo de brilho e sombra, onde o novo e o velho se encontram

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⁠Não há virtude em teoria; só na prática do dia a dia.

Ética não vive em ideia, mas no agir que a alma irradia.

Virtudes florescem em caminhos turvos e inseguros

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⁠Menos vozes, mais certeza;
mais vozes, mais incerteza.

Menos vozes, mais decisão;
mais vozes, mais indecisão.

Menos vozes, mais atenção;
mais vozes, mais desatenção.

Menos vozes, mais noção;
mais vozes, mais distorção.

Menos vozes, mais solução;
mais vozes, mais discussão.

Menos vozes, mais razão;
mais vozes, mais tensão.

Menos vozes, mais união;
mais vozes, mais divisão.

Menos vozes, mais concentração;
mais vozes, mais distração.

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⁠Reconhecer contextos não é sinônimo de absolvição, mas de compreensão.

A recusa em ponderar nos torna prisioneiros do ódio, da pressa e da incapacidade de enxergar nuances.

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⁠A cultura humana parece uma tapeçaria viva, nunca pronta.

Convenções e consensos construídos historicamente e socialmente se entrelaçam, se cristalizam e depois se desfiam, em processos constantes de construção, desconstrução e reconstrução.

Nada é absolutamente fixo, porque a realidade muda e nos convida a repensar.

Moral, costumes, leis — tudo parece provisório; tudo é relativizado, nada é absoluto.

Quando pensamos ter tecido um consenso duradouro, ele se transforma nos dedos inquietos de novas gerações e nas várias queixas que alimentam um ciclo sem fim.

A crítica constante é também força criadora, que renova mesmo diante do desgaste. Para uns, esse incessante desfiar é desesperador; para outros, libertador.

Inserida por I004145959

⁠Cultura: consensos tecidos, em teia entrelaçada entre passados e presentes.

Nada é fixo, tudo oscila e se desfaz, moral, ética e lei, fios que se fazem e refazem.

Várias queixas num ciclo sem fim, desfiar constante, dor e alívio, enfim.

Para alguns, pranto, trabalho e desespero, para outros, renasce o sonho verdadeiro.

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