Rondo Poesia de Cora Coralina
Criar a vida nas palavras,
Seria tão fácil mentir,
Cultivar o mal daquilo que se desconhece,
Ou só apenas fugir,
Queriam apenas ser elas e sorrir,
Mas apenas julgam conhece.
Corram! Não a lugar pra se esconder.
Virou o dia a noite e são palavras que vão te enlouquece
Onde o temor se
avizinha todo dia
pouco a pouco
até na minha vida.
Venho renovando
discretamente
a licença poética
por nata rebeldia.
Pela trilha da Lua
só fugirei com
a roupa do corpo,
e tomarei banho
toda nua no riacho.
Os meus votos com
Woodstock reiniciei,
porque todos devem
recomeçar do zero.
Não sou diferente
de de ninguém
em busca de um
acordo com o tempo,
e olhos no Universo.
O Sol brilha no mundo e o mundo vive com a luz.
Seja como o Sol, mesmo longe, continue brilhando na vida de quem você ama
Outro final de tarde,
o baile da fumaça
da chaminé através
da janela quadrada
e o receio de não
lidar com os meus
próprios fantasmas,...
Onde o mundo todo
corre sem parar
para tentar salvar
vidas por minuto onde
a cena marcha incerta,
O talvez o êxito de
pôr o pé e a cabeça
nos lugares certos
e na nossa História,
que antes corriam
por pressa e glória:
Para quem sabe
talvez possam se salvar:
obedientes repousam
e nos prados imaginários
todos os dias galopam,...
E assim por cada canto
tendo que desafiar
o meu próprio tumulto,
buscando as trevas
da noite interior
dissipar com a luz do luar.
Para jamais desistir
de esperar
até passar tempestade,
e o sol da liberdade
em berço esplêndido raiar.
Antes de tudo isso
acontecer ao nosso redor,
percebi o teu entusiasmo
eflorescer enamorado,
a cada passo de amor
heroicamente bailado
nesta total imensidão
para tentar alcançá-lo.
O teu inefável candor
me fez te desejar
como meu caminho
sem volta através
da doçura do teu olhar
nas minhas noites
longas de Lua solitária.
Minha deidade elegida
que leva estrelas
nos ombros e uma
história tão linda,
em silêncio te espero
para orbitar na tua vida.
No amor constelação
adentro em noites
de tremenda paixão,
e entregues aos beijos:
que nós dois merecemos.
Quem dera dominar
a arte da música,
para me salvar
de um mundo
que só se sabe gritar.
Sei, a poesia salva
mesmo silenciosa,
mas não é a todos
que de fato ela toca.
Ah, se eu soubesse
tocar no meio desta
humana tempestade,
onde uns depreciam
a própria liberdade.
Sei, a poesia me leva
para onde talvez
nunca vou estar:
lá nos raios de luar.
As minhas veias
são as ondas do mar,
e estão as sereias
que fazem você
o tempo todo pelo
meu nome clamar.
Ah, nesta onda ruim
não vou mergulhar!
O tempo vai melhorar
e o céu se abrirá
ao nosso amor que virá.
Ao sentir o teu corpo perto do meu
Senti calor.
Olhei nos teus olhos,
Ganhei confiança
Nessa noite serena me apaixonei…
(...)
Parte da poesia "Onde está o teu corpo".
(...)
Observei tua boca,
olhos,
orelhas,
nariz…
De cima a baixo
Começo quase sem fim…
Porque em um certo dia,
Não cheguei a ver nem os teus pés.
Mas onde esta o teu corpo
Que estava perto de mim?
Parte da poesia "Onde está o teu corpo".
(...)
Começo quase sem fim…
Porque em um certo dia,
Não cheguei a ver nem os teus pés.
(...)
Parte da poesia "Onde está o teu corpo".
O que é pra ser não te (r)acha, te mantém. O que é pra ser, está sendo, não é só quando (con)VÉM.
Não é só quando vem.
A noite outonal pairou
na mente transformada
em um aldeamento
repleto de demônios,
e os loucos fantasmas
dançando ao som
do conjunto de cigarras,
Quem tem a ventura
de ver na vida in natura
a graça da beleza,
no abismo não pula
num mundo em transe
viciado em agressão
por mera repetição,...
A noite outonal inspira
para no céu da tua
mente ser a Lua fixa
mesmo com a minha
num estado de turbilhão,
da loucura do mundo
sou a eterna foragida,
Porque das loucuras
existentes prefiro viver
eternamente refugiada
na minha própria,
como quem vive
numa cidadela perdida
no meio do nada
e por antigos espíritos
há muito tempo ocupada.
COVID (soneto)
Madrugada. Silêncio. A agonia
A treva no aflito recolhimento
A ânsia dum outro momento
Sacode a quietude da poesia
Deveras outro sentimento
Numa contaminação do dia
E então outro tempo teria
Nova era, novo nascimento
A voz de Deus Pai grita
E a das almas responde
Nesta labareda infinita
No peito o medo esconde
Num ruído saído da escrita
Dispersos, filhos de Eva... pra onde?
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Maio, 2020- Cerrado goiano
Eu não escrevo; deixo, apenas, que minh'alma transpareça em palavras aquelas coisas que estão guardadas lá no fundo. Talvez, escrever seja realmente difícil.
Eu não escrevo; expilo sentimentos em um caderno velho.
(...)
Vamos aproveitar
Segundos, minutos, horas, o fim, o começo
Como estivéssemos vivenciando
O gosto do último gole
De um prazeroso vinho
E passar a sentir a essência
De um grande perfume
Vou mostrá-lo que a vida
Não precisa ser tão longa
Para ser tão amada
Mas ela é curta
Para se ter
Inimigos.
Da poesia "Coração de pedra", essa poesia se encontra no livro "Toque de Acalanto: Poesias, Valter Bitencourt Júnior, 2017, Clube de Autores/Amazon, pág. 09, ISBN: 9781549710971.
Ah quem não se perde na mulher que dança
Nada é mais lindo que a mulher que dança
Nada pode ser mais lindo que a mulher que dança
Ela flutua com sólida precisão, mas flutua,
ela é rarefeita, bem feita, perfeita
Ela tem imã no pé,
que não a deixa encostar
no chão
E entre cruza e descruza de pernas,
ela mistura cisão com fusão
Ela mexe com a cintura, e também com meu
Coração, que pula pula pula e sai pela boca
Eu vejo a mulher que dança, e penso em nada,
porque me perco naquela visão
Ela é só sensualidade,
embalada numa canção
Eu amo a mulher que dança,
Eu quero a mulher que dança
O corpo da mulher que dança
ahh é pura emoção,
ele é todo desenhado a mão
Ah se eu pego a mulher que dança,
é cama dança e paixão
É carnaval no meu coração
É sorriso até morrer,
é dança sem dança no chão
“Notas de saudade”
Chorar eu choro
E quando a chuva cai
Acho que é você chorando daí também.
Dentro da gente
Tem gente
Que já não está mais aqui.
Tem saudade que só pode ser curada
Na prece
Tem lembrança que faz a gente despertar lágrima.
Tem conselho que a gente queria
Só mais uma vez escutar.
Tem coisas que a gente queria
Só para aquela feição confessar
Tem gente que vai,
Mas fica no coração.
Muzambinho
terra de gente que vive sorrindo
cidade tão pequena
mas com almas tão serenas.
Lugar de gente de bem
quem conhece,vai além
gente simples,de coração nobre
cidade do carnaval,
festa em alto astral
Me diz?!
Quem nunca foi rezar lá na matriz,
ou visitar o chafariz
Quem não sente saudades daquele delicioso doce de leite
temos também o instituto,
um bom lugar para se "colher bons frutos"
É muzambinho ....
para muitos, é lembrança,
de uma doce infância...
Muzambinhense:
Tem o charme do olá, a leveza do caminhar e aquele jeitinho airoso de brilhar.
Faz do dia, intensa melodia. Tem história comprida pra contar e doce “baum” pra compartilhar.
Vencido pela idade, dura saudade.
Quando na rua, ganha alma pura...
Segue sereno ao caminhar,
Pois sabe que a cada esquina, um novo riso irá encontrar.
Já pensei em desistir
do caminho que tracei,
mudar o rumo e seguir
para Pasárgada, onde conheço o rei
No ritmo universal
do nosso íntimo
refúgio silencioso,
nos possuímos
em nossa galáxia,
nós que temos
a certeza do infinito
Nos identificamos
e não importamos
quando chamam
a gente de lunáticos
Na crença sideral
que cultivamos,
somos os exilados
de um mundo triste
que não liga
mais para o futuro
Nos encontramos
e nós dois confiamos
no que há de etéreo
sublime e mais eterno
No espírito igual
ao da Lua alinhada
com a querência
de morar na delícia
da tua quentura
não me permitirei
outra coisa na vida fazer.
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