Rio
O rio corria incessantemente, mas parecia secar vagarosamente. Gota por gota, pude sentir se esvaindo de mim. Não somente indo para longe, mas sugando tudo de mim e me deixando com sede e totalmente vazio. Já não tinha mais forças para correr em busca de suas águas e já não podia mais sentir a brisa no meu rosto. O Sol castigava dia após dia e a estiagem se prolongou até hoje e quem sabe até amanhã ou depois.
Meu universo que havia se tornando um pouco azul, voltou a ser acinzentado, agora com traços negros de solidão, algumas texturas vermelhas de traumas, e vários tons de ingratidão.
Meu corpo inerte e sem forças jogado pela imensidão do universo, como um astro desgovernado, perdido no vazio, vagando sem rumo
"Correnteza"
Memórias persistentes
viajam violentamente por um rio,
chove muito enquanto elas passam.
As árvores tortuosas sofrem,
por causa do vento
que está quebrando seus galhos.
Os galhos mortos, caem no rio
e assustam as pobres lembranças.
Tristes, seguem chorando e fortalecendo a correnteza.
Tornando a minha mente tempestuosa
e os meus olhos encharcados.
No dia da Independência do Brasil...
D. Pedro I gritou às margens do Rio Ipiranga: “Independência ou Morte!”
E todos escolheram “Independência”
Mas eu... Se for para escolher...
Eu prefiro a morte do que ter que viver sem você.
Se o amor fosse um rio,
Eu estaria morrendo afogado
No mar da sua sedução.
Se o amor fosse voar,
Eu estaria muito longe da Terra,
Porque você me deixa sem chão.
Se você fosse a maior
Estrela do sistema solar,
Eu seria Plutão
Que me perdi, com o brilho do seu olhar.
Se vivêssemos na antiguidade,
Helena não seria tão farta perto de você
Páris viveria sozinho.
Se a Mitologia grega voltasse,
Eu seria apenas um mortal
E Afrodite ficaria feia,
Pois tão grande é a sua beleza.
Nostalgia
Pra mim o rio já te cansou;
A maré te levou;
O passado te machucou
O hoje já morreu
O ontem sequer ressuscita
Os seus prantos se secaram
As cachoeiras se afugentaram
Por te verem as nuvens
Desmancharam-se
E a pergunta fica
O que tanto te fustiga?
Entre as árvores verdejantes,
observo a chuva cair, intensa e incessante,
o rio seguindo o seu fluxo
passando a fluir com mais vontade,
sinto-me consolado,
meu semblante se enche de serenidade,
como acontece quando derramo
minhas lágrimas,
desabafando um ato de coragem,
e sigo meu rumo, apesar das adversidades.
►Dois Passos
Como um acaso do destino
Sem preparo nenhum
Eu te vi lá na borda do rio
Contemplando o céu azul.
.
Lá fiquei por um tempo
Admirando seus cabelos negros
Quando vi já estava sereno
Parti sem nunca esquecê-los.
.
Ao passar do tempo alucinei
Nunca mais a vi naquele lugar
Não sabe o quanto desejei
Que você novamente estivesse por lá.
.
Saudades meu coração carrega
O fardo o cansa a cada batida
Um nome em minha mente penetra
Lágrimas rolam a cada esquina.
.
Ao tardar senti um vazio
A vontade recaiu sobre mim
Não queria continuar sozinho
Sua falta me deixou assim.
.
Meu amor indescritível percorre
Entre morros, colinas e serras
Buscando incansavelmente seu Norte
Agonizando diante a espera.
.
O tempo não mais me ajuda
Perambulo de um lado para o outro
Preciso que você me acuda
Estou a dois passos ao fundo do poço.
Paes é o prefeito mais feliz do mundo, que dirige a cidade mais importante do mundo e da galáxia. Por que da galáxia? Porque a galáxia é o Rio de Janeiro. A via Láctea é fichinha perto da galáxia que o nosso querido Eduardo Paes tem a honra de ser prefeito.
"Muitas vezes as cargas sobre nossos ombros parecem mais pesadas do que podemos suportar.
Mas com o tempo percebemos que ao contrário do começo, quando nos arrastávamos, agora a passos largos seguimos o caminho e a transposição de cada obstáculo, de cada degrau, fica muito mais fácil.
E não porque o caminho mudou, mas porque adquirimos forças para ir cada vez mais longe rumo ao trajeto final de nossa grande jornada da vida.
Faça o meu desejo
sedento de te seduzir e sentir
como as aguas de uma cachoeira
banham o leito do rio.
Rosto
Rosto nu na luz directa.
Rosto suspenso, despido e permeável,
Osmose lenta.
Boca entreaberta como se bebesse,
Cabeça atenta.
Rosto desfeito,
Rosto sem recusa onde nada se defende,
Rosto que se dá na duvida do pedido,
Rosto que as vozes atravessam.
Rosto derivando lentamente,
Pressentindo que os laranjais segredam,
Rosto abandonado e transparente
Que as negras noites de amor em si recebem
Longos raios de frio correm sobre o mar
Em silêncio ergueram-se as paisagens
E eu toco a solidão como uma pedra.
Rosto perdido
Que amargos ventos de secura em si sepultam
E que as ondas do mar puríssimas lamentam.
Em cada “eu sou gaúcho” ecoa em liberdade... Gaúcho nasceu para ser livre, não há quem o faça escravo!
Nas noites frias do inverno, arde o fogo, ceva um mate, prosa boa, água chiando... vai o minuano galopando.
CIDADE MARAVILHOSA
Cidade maravilhosa
De maravilhas mil, belezas mil.
E também de tristezas mil,
Pobrezas mil, violências mil.
Dentre tantos mil,
Milhões são desviados,
Ou talvez lavados
Enquanto outros mil
São enterrados,
Mortos, massacrados!
Devolva-nos o Rio!
O Rio de Janeiro
Que de janeiro a janeiro
O que se vê é guerra,
Quando o maior
Clamor é paz!
O Rio não é só Leblon,
Nem muito menos Rocinha.
Ele é de todos e todos
Pertencem a ele.
Devolva-nos o Rio!
O Rio de Janeiro
Que de janeiro a janeiro
Só é de todos em fevereiro
Quando som da bateria
Da Imperatriz e Viradouro
Substituem o barulho do morro,
Das disputas de traficantes,
Dos gritos agonizantes
De quem não tem onde se esconder!
Devolva-nos o Rio!
Eu tinha que voltar, mas, antes que percebesse, era verão. Estar com vocês dois… era tão divertido. Foi a primeira vez que vi um rio na superfície. A primeira vez que andei de bicicleta. A primeira vez que descobri quão vasto é o céu. E, acima de tudo, a primeira vez que vi tanta gente num só lugar.
Quanto vale o ser humano?
Quanto VALE? Quanto VALE?
Vale menos que os seus planos, que fizeram a vida inteira, VALE ?
Vale mais do que cada sonho sonhado?
Quanto vale cada desejo, cada sorriso apagado?
Sucumbido numa lama, misturado com o seu gado.
Quanto VALE?
Vale represar o teu rio, de maneira mais barata, e dele levantar uma ira que só mata?
Quanto vale uma voz , um clamor, que pediu para ser apenas um morador, ou um trabalhador ?
Pois, a boca que tentou, foi invadida pela lama da invenção que homem criou.
E que no final das contas, quem pagará a conta, daquele que se foi ? Da mãe e o pai que choram, ou do órfão que ficou?
Eita prosperidade desgraçada, já nasce enraizada de ganância e pavor!!!!
Agora, chora, chora copiosamente, Brumadinho! Deixa escorrer as lágrimas, e lava a lama que restou.
Até onde VALE? Até quando VALE?
Tanto sofrimento e tanta dor?
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