Rio

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Me amava,
Mas,
Não a minha excêntricidade,
Me amava,
Mas,
Se intoxicava com a acidez de minha inteligência,
Me amava,
Mas,
Não me suportava,
Porque nunca me conheceu de verdade.

Doutor, mas, é grave?

Carrego comigo prolixidade de nascença,
Quase que uma indecência,
Idéias livres,
Suprem a carência,
Carência da Alma,
Que só se acalma,
Feita em palavras,
Sinceras,
Mas,
Nem sempre singelas.

É encantador não é?
A dualidade do amor,
A intensidade do prazer,
A oxitocina tomando o corpo,
Embriagando a mente,
Um assemblage de sentimentos,
Como um bom e redondo vinho,
Medo da queda,
Dor ou abandono, Um coquetel de intensidades,
Não é mesmo?
Tomemos?
Um brinde a vida!

Vc me lê,
Me interpreta,
Porque também se pudesse escolheria o mundo das ideias,
Entende minha dor,
Mito da caverna,
Platão,
Vida em sombras,
Mas, afinal, qual seria o mundo real?
O físico ou o intelectual?

Eu, quebra-cabeça de mim.
Um eu que se mostra em pedaços,
Junte minhas peças,
Dedique-se a entender-me em partes.

⁠Espelho, espelho meu,
Existe alguém tão intrinsecamente prolixa quanto que eu?

Ninguém para bala em movimento após sair de arma de fogo, prazer.
Eu sou a bala.

⁠Às vezes não é sobre a falta, mas, sim sobre a sobra, tudo que é demais sufoca, ou, somente incompatibilidade de necessidades.

⁠Não posso dar o que não tenho,
Não posso ser aquilo que não sou,
Não me cortarei de mim,
Sou o amor,
Se quiser me receber,
De braços abertos assim sou,
Pois, sim,
Vivo da energia de Quem me criou,
Ele é o primeiro Amor,
Eu estou nEle e Ele em mim,
Assim sou,
Não me cortarei para caber em ninguém,
Vou além,
Nesse Amor que já venceu,
E ainda vence,
Prevalece e enaltece,
Abra a porta do seu coração.
Chega de tantos nãos,
Eu já me dei e te dei o seu perdão.

⁠Porque o ser humano sente falta?
Porque as partidas doem tanto?
Porque a dor sempre é mais lembrada do que a felicidade?
E a vaidade é sempre querer o que não se pode ter?

Os momentos cinematográficos foram vividos,
O tempo correu tanto a ponto de gerar o pranto,
Foram tantas as emoções vividas,
Do mais alto gemido de prazer ao grunhir de infortúnio de uma vida ruída,

São tantas as recaídas e despedidas,
Um coração dilacerado de amor,
Rasgado pela tristeza do abandono,
Porque eu escolho sempre o inalcançável?

Porque eu escolho sempre o caminho do sofrimento?
Porque sou compreensiva e não recebo o mesmo,
A vontade de desistir é grande,
Mais um romance?

Quais tons,
Quais toques,
O que mais me espera?
E será que posso surpreendê-la?

Não quero mais me afogar em tantos copos,
Em tantos corpos,
Tão quentes como fornalha em cama,
Tão fúnebres e geladas em outra gama,

Quando se trata de amor,
Meu peito se engana,
A luxúria traz rancor,
No término de quando só um ama.

⁠A dor é o que alimenta,
A dor é a recompensa...
Do Amor,
Maldito Amor,
De ranger os dentes,
Maldita semente que brota,
Da mente,
Semente,
Escorre vazio,
Socorre,
Morre,
Atormenta,
Lamenta,
Se escreve,
Ninguém se não intromete,
Só quero ser leve,
Bigorna.
Sou.

Mistério,
O silencio é um mistério,
Ou será que eu quero descobrir?
ou só sentir?

O meu ser,
Não cabe dentro de mim,
Divido-me em versos,
Espalho-me,
Como pétalas ao vento,
Que com o tempo,
Secam,
Se esmigalham,
Morrem.

O silêncio pode ser a melhor,
Ou a pior resposta,
Tudo depende do aplicante,
E do receptor.

Assim,
É,
Não deveria ser,
Uma alegria em conta gotas,
O gosto de álcool na boca,
Misturado ao sangue quente que corre nas veias,
Do coração que bombeia forte,
Incendeia a paixão,
Paixão de quem só quer perder a razão.

O que eu escolho agora,
Não pode mudar o meu passado,
Mas,
Com toda certeza,
Irá interferir no meu futuro,
Eu sou uma semente,
Só tenho que me plantar em boa Terra.

Como um mundo paralelo,
Só que ninguém vê,
A Psicodelia das palavras,
Como num quadro abstrato,
Só que pintado em versos.

Não são pessoas,
São monstros,
Disfarçados de gente.

Reciprocidade é um tesouro nesse mundo de maldade.

⁠Não acredito em verdades absolutas,
Acredito sim,
Em projeções,
Aquilo que vês em mim é apenas uma projeção do que sou...
Vice e versa,
Nenhum mal,.
Nenhum anormal,
As diferenças são o que nos torna humanos,
E isso me fascina,
Entendo,
Amo,
Mas,
Sou melhor com palavras escritas...
Não ditas,
Digo mal,
Escrevo bem,
Gostaria que as pessoas fossem feitas de palavras.